Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Vídeos
Treinamentos
Jornal
Para indústrias
Quem Somos
EntrarEntrarCadastre-se
Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias
Fórum

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Banner WhatsApp
Comunidades Oficiais
WhatsApp

Oficina Brasil

NotíciasComunidadeFórum

Oficina Brasil Educa

Treinamentos

Jornal Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil

A plataforma indispensável para uma comunidade forte de reparadores.

Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Técnicas
  4. /
  5. Como trocar o fluido de câmbio corretamente

Como trocar o fluido de câmbio corretamente

A troca do fluido de transmissão é uma das importantes manutenções em veículos, embora muitas vezes seja negligenciada

Victor Sanchez
01 de agosto de 2025

A troca do fluido de transmissão é uma das importantes manutenções em veículos, embora muitas vezes seja negligenciada. O fluido é essencial para garantir a lubrificação dos componentes internos da transmissão, controlar a temperatura gerada pela fricção, transmitir força (no caso de câmbios automáticos), e proteger contra corrosão e desgaste. Com o passar do tempo e a quilometragem, o fluido se degrada, perde eficiência e pode provocar falhas se não for substituído no intervalo correto.

Nos câmbios manuais, a recomendação geral é que a troca do fluido ocorra entre 40.000 e 80.000 km, mas isso pode variar conforme o fabricante. Já nos câmbios automáticos, o intervalo costuma ser entre 60.000 e 100.000 km, embora muitos fabricantes anunciem sistemas "sealed for life" (vedados para toda a vida útil). Ainda assim, a experiencia técnica mostram que trocar o fluido preventivamente pode evitar falhas e danos de alto valor no futuro. Sinais como dificuldade de engate, ruídos incomuns ou fluido escuro com odor de queimado podem indicar a necessidade de substituição.

A escolha do fluido correto é fundamental. Os câmbios manuais geralmente utilizam óleos com viscosidades como 75W-80 ou 75W-90, enquanto os automáticos utilizam fluidos ATF (Automatic Transmission Fluid) com especificações como Dexron, Mercon, ou fluidos específicos para CVT e DCT. É essencial seguir rigorosamente a especificação recomendada pelo fabricante, conforme indicado no manual do veículo, e realizar a substituição dos filtros — procedimento mais comum em transmissões automáticas. O uso do fluido errado pode comprometer seriamente o funcionamento da transmissão.



Procedimento geral de troca em transmissão manual:

Para realizar a troca do fluido, o processo inclui algumas etapas principais. Primeiro, recomenda-se aquecer o veículo com uma curta condução, o que torna o fluido menos viscoso e facilita a drenagem. Em seguida, com o veículo elevado de forma segura, o bujão inferior é removido para permitir o escoamento total do fluido antigo. O bujão superior deve ser aberto para permitir a ventilação e facilitar o processo. Após a drenagem completa, o bujão inferior é reinstalado com o torque especificado, e o fluido novo é adicionado até o nível indicado pelo fabricante. O motor pode ser ligado e as marchas engatadas com o veículo parado, para verificar se tudo está em ordem e sem vazamentos.



Procedimento geral de troca em transmissão automática:

Em câmbios automáticos, o procedimento pode ser mais complexo. É necessário a utilização de maquinário específico responsável por realizar a drenagem e o abastecimento do fluido novo. Deve ser verificado junto ao manual do fabricante do veículo os pontos de dreno e abastecimento e se existe algum tipo de observação para realizar o procedimento. Conectar o maquinário ao veículo e seguir as instruções. Algumas transmissões não têm bujão de dreno, então o cárter precisa ser retirado para esgotamento parcial do fluido, nesse momento é possível realizar a substituição do filtro interno. A troca completa é realizada com motor em funcionamento. Durante o processo, é importante limpar o cárter e os ímãs internos, que retêm limalhas metálicas. Após a reinstalação do cárter e substituição do filtro, o fluido novo deve ser adicionado cuidadosamente, com o veículo em funcionamento e monitoramento da temperatura da transmissão via scanner, para ajuste preciso do nível.

Em muitos modelos, não há vareta para medir o nível, exigindo ferramentas de diagnóstico ou procedimentos específicos de medição com o câmbio em determinada temperatura.

Não se deve misturar tipos diferentes de fluido, e produtos químicos de "flush" só devem ser utilizados se forem homologados pelo fabricante do veículo. Além disso, o excesso de fluido pode causar sobrepressão interna e resultar em falhas, enquanto a falta dele compromete a lubrificação e a refrigeração do sistema. Em transmissões automáticas modernas, sintomas como patinação ou solavancos após a troca podem indicar a necessidade de reprogramação da unidade de controle da transmissão (TCM).

Em resumo, trocar o fluido de câmbio corretamente exige conhecimento técnico, o uso das ferramentas adequadas, e a escolha precisa do tipo de fluido conforme especificações do fabricante. Embora pareça uma manutenção simples, ela tem impacto direto na durabilidade e no desempenho da transmissão. Seguir o procedimento correto ajuda a evitar falhas caras e mantém o funcionamento do sistema em alto nível por muitos quilômetros.

Acessar Manuais Técnicos
NOTÍCIAS RELACIONADAS
Técnicas
Técnicas
Como é Feita a Troca da Correia Dentada do EA211 1.6 na Prática
Técnicas
Técnicas
Diagnóstico avançado do sistema ABS e suas falhas mais comuns
Técnicas
Técnicas
Turbina dos motores CSS Prime 1.0 Turbo: Sintomas de Desgaste e Boas Práticas na Manutenção