Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Vídeos
Treinamentos
Jornal
Para indústrias
Quem Somos
EntrarEntrarCadastre-se
Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Banner WhatsApp
Comunidades Oficiais
WhatsApp
Oficina Brasil

A plataforma indispensável para uma comunidade forte de reparadores.

Atalhos

NotíciasComunidade

Oficina Brasil Educa

Cursos e Palestras

Outros Assuntos

Oficina Brasil EducaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum

Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Técnicas
  4. /
  5. Analisando o que o fluido da transmissão automática tem a nos revelar

Analisando o que o fluido da transmissão automática tem a nos revelar

Existem muitas coisas que podemos aprender a diagnosticar pela observação do fluido contido na caixa de transmissão automática

Carlos Napoletano Neto - [email protected]
16 de agosto de 2016

Temos recebido muitas consultas de técnicos reparadores sobre como analisar o estado de uma caixa automática com base principalmente nas condições de seu fluido.

O fluido novo de transmissão (ATF) é usualmente transparente, e relativamente sem cheiro ou com um cheiro levemente característico. Até há poucos anos atrás, virtualmente todo fluido ATF era de coloração vermelha. Os técnicos reparadores de transmissões automáticas descreviam corretamente a cor do fluido como sendo de cor cereja.

Hoje, muitos fabricantes começaram a se distanciar da tradicional cor vermelha. Os fluidos ATF hojem podem ser verdes, amarelos, alguns até mesmo de cor azul, como é o caso do fluido para as transmissões Mercedes mais modernas. Mas para cada caso, fluido limpo tem de parecer limpo, e ter cheiro de óleo limpo. Portanto, verificando a cor do fluido e seu estado geral, e cheirando-o levemente, é uma maneira certa de se determinar se a transmissão sob diagnóstico está em boa forma ou necessita de serviço.

Aqui estão algumas condições básicas que devemos procurar:

FLUIDO LIMPO E CLARO, VIRTUALMENTE SEM CHEIRO DE QUEIMADO

O fluido parece novo (imagem 1). As chances são de que a transmissão esteja operando corretamente. Verifique a quilometragem ou o tempo em que o fluido foi trocado pela última vez para determinar quando realizar uma nova troca. A APTTA Brasil possui uma tabela de “Especificações Técnicas”, que ajuda nesta pesquisa de quantidade e período de troca do fluido da transmissão, bem como qual fluido é recomendado pela montadora.

Imagem 1

FLUIDO LEVEMENTE AMARRONZADO, COM UM LEVE ODOR DE QUEIMADO

O fluido está começando a se deteriorar (imagem 2), e é provavelmente pelo tempo de uso ou condições mais severas de utilização. Se o fluido de sua transmissão automática não foi totalmente reposto na última troca, considere a possibilidade de trocá-lo assim que for possível. O filete do óleo, quando removido da transmissão e depositado em um copo ou recipiente adequado, deve mostrar que não existem partículas de carvão ou material sólido em suspensão no fluido. A figura mostra bem como uma transmissão com saúde deve se apresentar através do fluido. Embora a coloração do fluido tenha se alterado com o trabalho, o filete de óleo deve permanecer translúcido, e não opaco.

Imagem 2

FLUIDO PRETO, COM UM CHEIRO DE QUEIMADO MUITO ACENTUADO

O fluido está severamente queimado (imagem 3), com matéria sólida dos discos e cintas em suspensão nele, e com certeza a transmissão já passou do ponto de uma simples troca de fluido. Com certeza a transmissão apresentará trancos, patinações e mudança de comportamento quando fria e quente. Uma troca de óleo e filtro nesta altura será um completo desperdício de tempo e dinheiro. O fluido ATF está indicando que a transmissão necessita de uma reforma completa. E ainda existe a possibilidade de problemas relacionados a isto, como o trocador de calor da transmissão completamente obstruído por limalhas e sujeira, ou problemas no sistema de arrefecimento do motor. Quando a reforma da transmissão for feita, o técnico deve se certificar que as mangueiras, radiador e conversor de torque também sejam limpos para evitar danificar a transmissão reparada.

Imagem 3

FLUIDO OPALESCENTE DE COR LEITOSA

Quando o fluido da transmissão se apresentar segundo a imagem 4, é evidência de que houve intrusão de água na transmissão. Neste caso, deve-se procurar a causa da entrada de água, que normalmente é causada por enchente ou trocador de calor danificado e substituir o que for necessário. NUNCA se deve recomendar somente a troca de fluido numa transmissão que recebeu água, pois os componentes internos da mesma já estão em processo de deterioração e não durarão muito tempo, mesmo trabalhando com fluido novo. A água danifica os eixos e pistas de rolamentos, solenoides, vedadores, juntas, etc. e a despesa gasta com fluido novo não será recuperada quando a transmissão vier a falhar. 

Imagem 4

É importante lembrar que um trocador de calor danificado frequentemente tem uma causa mais profunda, ou seja, é apenas a CONSEQUÊNCIA de um sistema de arrefecimento em mau estado, sem manutenção periódica.

COMO EFETUAR UMA TROCA COMPLETA DE FLUIDO

Na prática, temos 3 maneiras de efetuar a troca do fluido ATF, caso a transmissão permita isto.

1- Fazendo várias trocas seguidas,  com intervalos de uma hora entre elas. Retire o fluido do cárter, meça sua quantidade e abasteça a transmissão com a mesma quantidade de fluido limpo. Funcione o veículo por meia hora, mudando a posição da alavanca várias vezes para circular o fluido. Retire o fluido novamente, abastecendo novamente com a mesma quantidade removida, até que o fluido saia limpo. Embora esta seja uma maneira efetiva de trocar todo o fluido da caixa, o custo deste e o tempo de troca podem tornar proibitivas a troca do fluido de algumas transmissões.

2- Pode-se utilizar uma máquina de troca de fluido, presentes em nosso mercado, para executar esta tarefa. É uma maneira preferencial de se substituir o fluido da transmissão, porém o custo elevado inicial da máquina está muitas vezes fora de alcance da maioria das oficinas brasileiras, por enquanto.

3- Fazer a troca do fluido ATF utilizando um adaptador na mangueira de retorno do sistema de arrefecimento da transmissão.  Este método possibilita substituir o fluido ATF  utilizando a própria bomba da transmissão, adaptando-se um “Te” com um orifício calibrado de cerca de 1,5 mm de saída e colhendo-se o fluido em um recipiente graduado. À medida que o fluido velho for saindo pelo orifício, abastece-se a transmissão com a mesma quantidade de fluido novo. O motivo de se utilizar um orifício calibrado é para que o sistema mantenha uma certa pressão de trabalho. Caso se liberasse a mangueira diretamente, o sistema trabalharia sem pressão, danificando a bomba, buchas e componentes envolvidos. A figura 5 mostra a utilização deste recurso.

Imagem 5

Esperamos, com esta rápida apresentação, informar aos técnicos envolvidos no processo de reparo das transmissões automáticas, alguns procedimentos que com certeza ajudarão em seu trabalho.

Até o próximo mês

 

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Técnicas
Técnicas
Falhas funcionais e características técnicas do sistema de lubrificação do motor EA111 da Volkswagen
Técnicas
Técnicas
Diagnóstico técnico do sensor de rotação nos motores EA211 da Volkswagen
Técnicas
Técnicas
Sensor de rotação VW EA111 em diagnóstico avançado com falhas comuns e técnicas de teste