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  5. A influência da temperatura na vida útil do fluido para transmissão automática (ATF) – Parte II

A influência da temperatura na vida útil do fluido para transmissão automática (ATF) – Parte II

REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Carlos Napoletano Neto
13 de novembro de 2012


Segue a continuação da matéria sobre o fluido de transmissão automática, iniciada na edição anterior (Outubro/12)

5) Procedimento para verificação do ATF
Como medir o nível do ATF corretamente:
a) Estacione o veiculo em uma superfície plana.
b) Aqueça o veiculo até a temperatura normal de funcionamento (em torno de 70 a 80ºC)
c) Mantenha o motor funcionando em marcha lenta
d) Posicione a alavanca seletora de marchas em cada posição por pelo menos 30 segundos (para encher de ATF cada componente interno). Posicione a então a alavanca em “P” (na maioria das transmissões).
e) Retire a vareta medidora, limpe-a e insira-a novamente, medindo então o nível. Ele deverá estar entre as marcas “MIN” e “MAX” da vareta.

No procedimento acima, está descrito o procedimento de verificação do nível do ATF. Tenha em mente que:

  • Verifique o nível somente após o aquecimento do fluido da transmissão.
    Quando a transmissão está funcionando, a temperatura do ATF aumenta causando expansão térmica do ATF.
    Por exemplo, se o nível do ATF for verificado enquanto a transmissão estiver fria, a leitura do ATF indicará nível baixo.
  • Suponha que o nível seja completado nesta ocasião. Então, quando a transmissão aquecer, o volume do ATF estará acima do máximo devido à expansão térmica. Assim, o ATF entrará em contato com as partes giratórias da transmissão causando espuma no fluido. Se a espuma (ar diluído no óleo) for aspirada pela bomba, isto causará cavitação e conseqüente baixa pressão do sistema, queimando os componentes internos da transmissão. Além do mais, a espuma causará aumento de fricção e patinação, gerando mais calor, que por sua vez causa a deterioração do ATF. Excesso de ATF pode ser espirrado para fora da transmissão, girando risco de incêndio. Para evitar todos estes problemas, somente verifique o nível do ATF com a transmissão na temperatura normal de trabalho.
  • Se por outro lado o nível do ATF estiver muito baixo, em curvas ele poderá faltar na linha de sucção da bomba, causando patinação e vazio nas marchas, queimando os conjuntos de embreagem. Ocorrerá patinação dos conjuntos pela manhã, quando o veiculo estiver frio, mas após seu aquecimento, ele funcionará normalmente. Se o veiculo funcionar continuamente nestas condições, as peças internas sofrerão desgaste muito alto causando patinação constante e outros problemas.
  • Nunca utilize estopa ou panos que liberem fiapos para limpar a vareta medidora de fluido da transmissão.
    Ao limpar a vareta medidora, de preferência a panos de nylon, pois os fiapos poderão penetrar no fluido, causando entupimento do filtro ou interrupção do movimento das válvulas no corpo de válvulas. Ou utilize uma pistola de ar comprimido para isto.
  • Verifique o nível do ATF com o motor em funcionamento.
    É necessário que o fluido esteja em cada peça da transmissão. Note que o nível do ATF varia de acordo com o funcionamento do motor. Por exemplo, mesmo se o nível do ATF verificado na transmissão parecer estar OK com o motor parado (dentro das marcas), ele poderá descer muito abaixo do mínimo com o motor funcionando, em virtude do enchimento do conversor e de outras peças internas da transmissão, causando falta de fluido e problemas com a transmissão ao longo do tempo.
  • Meça o ATF algumas vezes com o veículo em uma superfície plana.
  • Sempre estacione o veiculo no plano, para evitar falso resultado na medição do ATF. Meça-o algumas vezes. Com o motor funcionando, pingos de ATF caem das engrenagens causando flutuação na superfície do ATF. Se o volume do ATF for insuficiente, certifique-se de inspecionar a transmissão também quanto a vazamentos.

6) COMO SUBSTITUIR CORRETAMENTE O ATF
Descarregue o ATF soltando o bujão de dreno
Para remoção do ATF desde o cárter, solte o bujão de dreno.
A simples substituição do fluido contido no cárter não garante a troca total do fluido da transmissão, mas é suficientemente efetivo para assegurar uma operação normal da transmissão automática.
O ATF remanescente no conversor de torque não poderá ser substituído somente soltando-se o bujão do cárter. Quando o motor funciona após descarregar o ATF presente no cárter, o ATF do conversor não retorna ao cárter. Quando não houver ATF no cárter, a bomba somente sugará ar e não aplicará pressão ao ATF do conversor. Abastecendo o cárter com fluido ATF novo, a bomba conseguirá empurrar o fluido velho gerando pressão nesta ocasião, e só então ele voltará para o cárter.
Note que o ATF que estava no conversor de torque não poderá ser removido somente retirando-se o fluido velho do cárter.

Substituição através da mangueira de retorno no radiador do ATF
Em muitas transmissões automáticas modernas, é utilizado o método de arrefecimento através da água do radiador. O ATF que retorna do conversor de torque vai diretamente ao radiador através da tubulação própria. A conexão desta mangueira poderá ser utilizada para esvaziar o ATF velho do sistema pelo novo. Remova o tubo de retorno do ATF que sai do radiador e entra na transmissão, e conecte um dispositivo trocador de fluido nela. Posicione uma bacia limpa de alumínio debaixo do veiculo e funcione o motor. O ATF velho irá ser recolhido pelo reservatório. Utilizando o trocador de fluido, alimente com ATF novo seu reservatório de acordo com o volume de ATF descarregado. Quando certo volume de ATF for descarregado, pare o motor. Monte então a mangueira de volta, desconectando o trocador de fluido, tomando cuidado para não deixar nada vazando, e complete o nível do ATF na transmissão.

Esperamos aqui ter esclarecido algumas dúvidas comuns com respeito ao ATF e seu procedimento de troca, bem como fornecido informações pertinentes aos técnicos reparadores para executar um melhor serviço aos usuários de veículos automáticos no Brasil. Até a próxima.

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