Desenho externo da picape reforça a imagem de robustez. Itens de série fazem deste um veículo de conforto e luxo ímpares. Na oficina não haverá grandes novidades
No primeiro semestre de 2012 a Toyota disponibilizou no mercado os novos modelos da Hilux e de seu SUV SW4. Ambos sofreram alterações no design interno e externo e ganharam equipamentos de conforto e segurança que tornaram os modelos ainda mais competitivos em seus respectivos segmentos. O modelo cedido para nossos testes era uma Hilux SRV 4x4 Diesel, mas nesta matéria abordaremos um geral das tecnologias e características técnicas desta picape que há quase duas décadas frequenta nossas oficinas.
APENAS DESIGN MUDA
Pequenos detalhes diferenciam a nova Hilux de seu modelo antecessor. A região frontal ganhou faróis menores e mais quadrados, avançando para além das dimensões da Reis carroceria, ganhando ainda novo desenho do parachoques, deixando a Hilux com um visual mais agressivo. O capô também ganhou um “recorte” que, junto a nova grade, harmonizam o conjunto sem perder a identidade peculiar ao modelo. (Foto 1)
Uma novidade é que a frente da SW4 possui detalhes diferentes de sua irmã de carga. O parachoque também recebeu alterações estéticas, os faróis são do tipo máscara negra e possuem luz de xenônio autoniveladores e com lavadores de faróis. (Foto 2)
Na traseira, as lanternas receberam nova redistribuição das lâmpadas e com vincos demarcados e o brake-light, antes vermelho, agora é translucido. (Fotos 3 e 3A)
No caso da SW4, as lanternas traseiras, além de receberem novo desenho, agora possuem a tecnologia LED, dando o ar de modernidade requerido ao modelo.
MOTOR E CÂMBIO
Podemos dizer que a grande inovação é a introdução dos motores 2.7 VVT-i Flex-Fuel para ambas as versões.
Segundo a Toyota, este foi desenvolvido exclusivamente para o nosso mercado para a aplicação em comerciais leves. Este desenvolve 163 cv a 5.000 rpm quando abastecido com álcool e 158 cv a 5.000 rpm quando abastecido com gasolina. O torque máximo com etanol ou gasolina é de 25 kgf.m a 3.800 rpm.
A mesma é disponibilizada ainda com o moderno 3.0L 16V D-4D, que equipa a picape ou o SUV nas versões SR, SRV e SRV TOP, com potência de 163 cv a 3.400 rpm e torque de 35 kgf.m a partir dos 1.400 rpm até 3.200 rpm. (Foto 4)
Há também dois tipos de transmissão disponíveis, uma manual de cinco marchas e uma automática de quatro marchas. (Foto 5)
SUSPENSÃO
O principal diferencial da suspensão desta picape japonesa para as demais rivais está no conforto do veículo mesmo com a caçamba vazia. Geralmente veículos com este tipo de carroceria, quando estão com a caçamba vazia tendem a apresentar muitos solavancos na traseira, por este motivo esta possui conjunto mais reforçado para suportar a carga quando assim for necessário.
Na Hilux, esse excesso de rigidez não ocorre e mesmo possuindo conjunto preparado para o trabalho pesado, esta possui conforto superior.
O sistema dianteiro é independente, com barra estabilizadora, braços duplos triangulares e molas helicoidais, configuração presente geralmente em automóveis de passeio. Além de suavidade ao rodar, proporciona à ela uma melhor manobrabilidade. (Foto 6)
A suspensão traseira é formada por um eixo rígido com molas semielípticas de duplo estágio. O diferencial na SW4 é a utilização de suspensão traseira do tipo independente com braços “4-link”, otimizando ainda mais o conforto dos ocupantes.
TRAÇÃO PARA TODO TERRENO
O sistema de tração apresenta uma caixa de transferência capaz de distribuir torque entre as quatro rodas. Com esta é capaz trafegar nas configurações 4x2 (traseira), 4x4 e 4x4 reduzida. Este engate é permitido através de uma alavanca à parte presente ao lado da caixa de mudanças convencional. (Foto 7)
A picape possui ainda desacoplamento do diferencial (ADD), um sistema automatizado que acopla e desacopla o semieixo dianteiro do diferencial de acordo com o tipo de tração selecionado, isso sem que o motorista tenha que descer do carro para efetuar a operação manualmente.
No caso do SW4, este possui tração 4x4 permanente, dotado de diferencial central do tipo Torsen com desligamento limitado (LSD – Limited Slip Diferencial) que distribui o torque entre as rodas de acordo com a necessidade de tráfego em pisos de variados tipos.
MANUTENÇÃO E EXPERIÊNCIA NA OFICINA
No caso de manutenções periódicas, filtros em geral, correias e demais sensores possuem fácil acesso, tanto no superior, quanto no inferior, tendo a intervenção do reparador apenas para a retirada do protetor de cárter.
O histórico desta picape é dos mais favoráveis possível, não tendo reclamações de problemas recorrentes, nem histórico negativo.
Na inspeção veicular é o veículo a Diesel com a maior taxa de aprovação.
Nas costumeiras acelerações à rotação de corte, quase sempre a fumaça não chega nem a emitir coloração negra, como é de costume aos outros veículos.
No caso da suspensão, apesar dos componentes superdimensionados, como é de se esperar em veículos desta natureza, sua manutenção não é difícil. Possuindo um elevador capaz de erguer picapes, este é um carros que no quesito manutenção, não apresentará dificuldades para o profissional da oficina.