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Em um ano que a indústria automotiva mundial experimenta uma das mais graves recessões da história, e muitas montadoras já anunciaram a saída das competições automotivas, como Honda, na F1, e Subaru, no mundial de Rally, a temporada 2009 da Fórmula Truck tem início este mês no autódromo de Guaporé (RS), com tanque cheio e pé fundo.
Tanto que entre as novidades, uma nova marca de caminhões surge no grid, com a participação de dois pilotos estrangeiros. O caminhão é o MAN, fabricado na Alemanha e construído sob o regulamento da F-Truck brasileira na oficina da ABF em Santos.
O MAN já estará no grid de Guaporé pilotado pelo austríaco Egon Allgauer que junto com o argentino Gaston Mazzacane, que já correu na temporada passada. Egon Allgauer tem um título na Super Truck européia em 2002 e três vice-campeonatos. “Não vejo a hora de estrear na F-Truck brasileira e conhecer o potencial dos meus adversários”, desafia Egon, que ficou amigo de Aurélio Félix em 2002 quando visitou pela primeira vez a F-Truck brasileira. “Minha participação é mais um passo para a internacionalização da categoria brasileira”, diz animado o novo piloto austríaco.
Esse é o 14º ano da categoria que alcançou os maiores índices de público nos autódromos e revolucionou o modo de promover um evento de automobilismo esportivo no país estabelecido então, pelo seu criador Aurélio Batista Feliz, falecido exatamente há um ano na etapa de Guaporé do ano passado. Segundo a organização do evento, boas novidades para o ano já mostram que a competitividade deve ser ainda maior em 2009 entre as equipes, marcas e pilotos.
Nunca houve tantas alterações de pilotos e equipes como neste ano em que a crise pegou vários setores do mundo, incluindo naturalmente o esporte a motor. Uma ou outra mudança pode ter sido ocasionada pela crise mundial, que com certeza exigiu um reposicionamento com relação às contas administrativas de todas as equipes.
Mas a maioria delas parece mesmo que foi em função da competitividade e reestruturação dos times que sempre se profissionalizam cada vez mais nas viradas de ano. Outras novidades começam pela mudança de equipe do pernambucano Beto Monteiro, que depois de ter sido campeão em 2004 com um Ford, correu no ano passado pilotando o Scania da Roberval Motorsport e agora assume um dos Iveco da Scuderia Iveco, ocupando a vaga de Adalberto Jardim que deixa a categoria. “Vai ser um novo desafio que estou encarando com muito otimismo.
O caminhão é novo e estamos trabalhando no seu desenvolvimento”, disse Beto Monteiro que fez o primeiro e único treino em Interlagos na semana passada antes da sua estréia em Guaporé, onde venceu no ano passado. O paulista Roberval Andrade continua com o apoio da Scania e sozinho no time que comanda, agora com novo nome, RVR Motorsport (iniciais de Ro- berval, Vitor, seu fi lho e Rejiane, sua esposa).
No entanto pode-se dizer que Roberval não fi cará tão sozinho assim. Sua equipe montou uma parceria com o novo time goiano de José Maria Reis, agora com o criativo nome de Original Reis Motorsport.
A estrutura da RVR vai dar todo o apoio tecnológico para os novos caminhões Scania que José Maria e seu sobrinho Leandro Reis trocaram pelos Volkswagen que correram no ano passado. “Dividimos para multiplicar. Agora são três Scania para cuidarmos”, explicou Roberval Andrade.