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O excesso de peso dos caminhões que trafegam nas rodovias brasileiras causa prejuízos não só para a economia, que precisa investir cada vez mais em reformas de infraestrutura, mas também coloca em risco a vida dos usuários. Esta é uma afirmação do Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga no Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, que explica que cargas 30% mais pesadas que o permitido diminuem de dez para dois anos a vida útil do asfalto. “Por possuírem um limite de suportabilidade, as estradas acabam sofrendo deformações, fissuras e até rupturas no pavimento devido a essa prática. Além disso, trafegar acima do peso permitido prejudica seriamente a suspensão e o sistema de freios do caminhão e gera desgastes prematuros nos pneus, colocando em risco a vida do motorista e dos usuários das rodovias”, destaca.
Nunes comenta que o sobrepeso nos caminhões, além de prejudicar as rodovias, é uma forma de concorrência desleal com as empresas que trabalham corretamente, na medida em que as pessoas que trabalham irregularmente tiram faturamento dos demais caminhões. “A melhor maneira de se combater esta prática é criar uma política nacional mais sistemática para instalação de balanças rodoviárias, fixas e móveis, e punir rigorosamente aqueles que colocam excesso de peso nos caminhões”, afirma. Segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), existem apenas 44 postos de pesagem em operação em todo o Brasil. O Departamento de Estradas e de Rodagem do Paraná informa que, nas estradas do Estado, existem 25 plataformas de pesagem de caminhões. Destas, 24 são móveis, para ações itinerantes, e uma fixa. Já nas rodovias pedagiadas são 16 plataformas fixas e duas móveis. De acordo com o Setcepar, cerca de 70% dos caminhões irregulares cometem excesso de peso por eixo.