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O sistema SCR é composto por três elementos principais:
Esses sistemas usam um redutor químico que é a ureia, também conhecido como Fluido de Exaustão Diesel – DEF ou AdBlue, que converte-se em amônia no fluxo de escape e reage com NOx sobre um catalisador para formar gás nitrogênio e água, inofensivos ao ambiente. Fig. 1
Os gases nocivos emitidos por veículos diesel tem sido monitorados há muito tempo e devido aos padrões internacionais de controle e também com o empenho do governo brasileiro, a queda tem sido acentuada, se observar que no início da década de 90 as emissões de NOx(g/Kw.h) era de 18,00 gramas, em 2010 era de 3,5 gramas e atualmente podemos considerar como um poluente controlado chegando a 2,00 gramas ou menos de emissões. Fig. 2
Apenas para comparar o avanço nas reduções de emissões de NOx entre 2006 e 2009 foi de 60% e isso ocorreu pela ação do governo através do PROCONVE- Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores entre as Fase P5 e P7. Fig. 3
Basicamente o que temos é a redução do NOx pelo Agente Redutor Líquido Automotivo, conhecida como ARLA 32 - ou DEF nos Estados Unidos e AdBlue na Europa.
É uma solução composta por agua desmineralizada e ureia, não é tóxico e não é prejudicial ao ambiente, na proporção de 32,5% de solução aquosa de Ureia e 67,5% de água desmineralizada
O motores construídos com novas tecnologias priorizam a economia de combustível, redução de emissões de poluentes, não formação de material particulado e para controlar as emissões de NOx, o Arla 32 é injetado no sistema de escapamento antes do SCR que transforma em gás de amônia , provocando uma reação com o NOx no catalisador SCR, resultando em nitrogênio e água que são lançados na atmosfera sem nenhuma agressão ao ambiente. Fig. 4
Como se chegou à esta concentração de 32,5% é uma boa pergunta. Em países frios onde as temperaturas facilmente chegam abaixo de zero, pode causar o congelamento da solução que congela perto de -11C, com esta concentração se garante que a Ureia em solução aquosa irá congelar ao mesmo tempo, não gerando duas fases na solução, ou seja, a Ureia iria se “separar” da água.
A decomposição do ARLA 32 pode ser acelerada pela presença de calor e luz solar, o condutor do veículo só deve adquirir o ARLA 32 de fontes confiáveis e que esteja dentro do período de validade.
O módulo da injeção utiliza a referência de concentração de 32% em seus cálculos, e em concentrações diferentes o módulo não poderá calcular corretamente a necessidade de ARLA 32 para injetar no sistema, portanto, nem pense em diluir mais a solução colocando mais água, isso pode ser danoso para o sistema e para o meio ambiente.
O SCR funciona com uma central eletrônica (ECU) que se conecta ao PCM (Power Control Module), que calcula qual a quantidade da solução necessária em dado momento e dosa a bomba do componente para que a solução seja aspergida no SCR. Fig. 5
Injeção de ARLA 32 na quantidade diferente do desejado pode aumentar a emissão de NOx pelo motor para o meio ambiente. O sistema se autorregula para não permitir que isso aconteça desde que todos os parâmetros estejam sob o controle da PCM e da ECU do SCR que nem sempre são separados, ou seja, podem estar na mesma unidade física.
Uma das características de um veículo equipado com o sistema SCR é que o seu tanque deve ser abastecido em intervalos regulares, sendo que estes intervalos dependem das características do tráfego, ou seja, como o condutor dirige seu veículo.
Como exemplo, em trânsito pesado (anda e para) o consumo será maior, em viagens de longas distâncias com acelerações constantes, o consumo será menor.
As montadoras estimaram o sistema SCR de pequenos caminhões, nos quais o espaço disponível é menor, deva ser abastecido a cada troca de óleo (na maioria a cada 10.000 km) o que economizaria ao cliente o deslocamento até a oficina, mas isso depende muito do tipo de tráfego em que o veículo estará sujeito.
Por conta do aumento brutal das emissões quando o ARLA não estiver presente, as ECUs envolvidas informam ao condutor de que o veículo irá ser paralisado se o ARLA não for abastecido. Depois dos avisos convencionais no painel (luminosos e sonoros) o motor será travado na posição LIMP MODE (luz MIL acesa) e limitará a rotação e a potência máxima que o motor pode fornecer, com a intenção de diminuir a emissão, protegendo o meio ambiente e até mesmo o próprio motor.
EGR e SCR
Nos motores mais modernos aplica-se um ou outro sistema, o EGR como um tratamento dentro da câmara de combustão e o SCR como um sistema pós-emissão, tratando os gases expelidos pelo escapamento.
Impossível não mencionar que a legislação das emissões está sempre evoluindo a fim de melhorar o ar que respiramos, é muito importante termos consciência de que burlando os sistemas de emissão estamos somente prejudicando a nós mesmos e a nossos familiares, a melhor qualidade do ar deve ser responsabilidade de todos, mesmo não havendo fiscalização por parte do governo.
Problemas com o ARLA 32
Casos de abastecimento de diesel no tanque do ARLA são comuns, imaginem colocar um combustível em contato direto com as altas temperaturas do escapamento!