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Diesel – caminhão e combustível evoluem para se manterem por mais algum tempo no mercado

O futuro dos caminhões depende de inovações contínuas, aumento da eficiência e menores emissões através de avançadas tecnologias aplicadas nos veículos equipados com motores do ciclo diesel e no combustível

Antônio Gaspar de Oliveira
28 de setembro de 2020

As condições das estradas e climáticas do nosso país levam ao extremo qualquer caminhão que esteja transportando as produções agropecuárias e industriais. Para que isso aconteça, as novas gerações da tecnologia diesel continuam a evoluir para garantir que os caminhoneiros possam entregar sua carga em qualquer lugar, a qualquer hora e sob quaisquer condições.

Assim como o caminhão é exigido ao máximo, o mesmo acontece com os motoristas que sabem que muitas viagens se tornam um verdadeiro desafio a ser vencido.

Alguns destes desafios envolvem diretamente as tecnologias aplicadas no caminhão e no combustível que oferecem desempenho, conforto, economia e preservação do meio ambiente com menos poluição.

O diesel, como combustível extremamente poluidor, já passou por várias etapas de melhorias e atualmente contribui muito no funcionamento dos avançados motores instalados nos caminhões que oferecem a melhor eficiência energética quando comparado com outros combustíveis disponíveis no mercado. (Fig.1)

O setor de transporte tem o domínio do diesel como a melhor opção de combustível durante muitas décadas, isso se deve a: eficiência do combustível, viabilidade econômica, potência, confiabilidade, durabilidade, disponibilidade, fácil acesso aos postos de combustível e serviço, além da redução de emissões, que ficaram próximas de zero.

As tecnologias aplicadas no setor de veículos diesel são permanentes, desenvolvendo motores mais limpos e eficientes, produzindo uma nova geração avançada tecnologicamente, sempre visando um futuro sustentável.

O diesel mais limpo, combinado com biocombustíveis avançados, oferece mais benefícios quando aplicados com as novas tecnologias dos motores a diesel, resultando em menores emissões de dióxido de carbono e reduções consideráveis de material particulado.

Para veículos diesel de pequeno porte, não há espaço para eles no futuro e esse futuro pode ser muito breve. Esta afirmação está justificada pelas emissões de gases poluentes causadas pela queima deste combustível em ambientes urbanos.

A tentativa de prolongar o uso do motor diesel nesses veículos de passeio com aplicação de sistemas de pós-tratamento instalados nos escapamentos trouxe muitos problemas de manutenção devido ao uso por períodos muito curtos, gerando ineficiência destes sistemas, com a consequente insatisfação dos seus proprietários. 

Para os reparadores que atendem estes veículos, é comum atender clientes que se queixam da luz do DPF acesa no painel, além da perda de potência do motor. 

Nas buscas para tornar os motores a diesel mais limpos, algumas inovações acabaram gerando problemas em veículos equipados com o filtro de partículas diesel (DPF), instalados no escapamento que capturam o material particulado gerados no processo da combustão. 

Com o passar do tempo, esses filtros começam a ficar entupidos de fuligem, aumentando a contrapressão no sistema de escape e reduzindo o desempenho do motor. Quando isso acontece, o filtro deve ser regenerado, um processo no qual a temperatura de exaustão é aumentada para queimar a fuligem.

Isso pode ser alcançado passivamente durante a condução em rodovias de alta velocidade, à medida que o calor dos gases de escape se acumula, mas para os carros que transitam em ambientes urbanos, deve-se recorrer a outros métodos. Isso é chamado de regeneração ativa, na qual o diesel extra é injetado no escapamento ou o motor é acelerado e mantido em altas rotações por um período de tempo. Para a oficina isso é bom mas para o dono do carro é uma situação nova que não era esperada e não agrada, gerando uma opinião negativa sobre os veículos diesel. 

O setor de veículos diesel estava indo bem até o início dos anos 2000, as montadoras divulgavam os benefícios da recente tecnologia que gerava economia de combustível, a utilização do sistema de redução catalítica seletiva para solucionar o problema do NOx, preservando a saúde e o meio ambiente.

Com o uso de motores diesel em grande escala nos centros urbanos e o monitoramento dos níveis de poluentes causados pela queima do diesel, somaram-se os escândalos internacionais das montadoras que alteravam o software de controle dos motores que os deixavam mais potentes, porém, mais poluentes. De forma muito rápida, os veículos diesel passaram a ser vistos como sujos e poluentes, diante do escândalo internacional envolvendo montadoras de grande expressão no setor automotivo.

Estes eventos fizeram muitas montadoras pré-determinarem o fim da produção de veículos diesel, principalmente os do segmento de passeio, planejando eliminar gradualmente os veículos que utilizam combustível fóssil. Nesse cenário difícil, não é provável que as montadoras estejam dispostas a fazer os investimentos necessários para levar a tecnologia a diesel muito mais longe, reduzindo a produção lentamente à medida que as regulamentações ambientais ficam mais rigorosas. 

Para os caminhões de porte médio que são muito utilizados em ambientes urbanos para a distribuição de produtos, há uma forte tendência de serem substituídos por veículos elétricos que são favorecidos pelas viagens curtas e facilidade de renovar a carga das baterias. 

Os caminhões de longo percurso de porte grande ainda possuem um espaço no mercado presente e futuro. Um conjunto de condições permitem seu uso em ambientes abertos como as rodovias, a elevada eficiência obtida pelo uso do diesel mais limpo, avanços tecnológicos do motor e sistemas eletrônicos que gerenciam todo o funcionamento do motor, desde a entrada do ar e do combustível na câmara de combustão, até o sistema de pós-tratamento de gases do escapamento.

O transporte rodoviário no Brasil faz pleno uso de caminhões e isso se deve a potência dos motores diesel que se destacam quando comparados com outros combustíveis. A combinação de confiabilidade, potência, durabilidade, emissões muito baixas fazem do caminhão o preferido pelo setor.

O elemento comum e negativo nos veículos diesel de todos os portes é a emissão de gases poluentes que são lançados na atmosfera. O controle destas emissões depende da tecnologia aplicada ao motor e no combustível. O que pode determinar a sua continuidade é a viabilidade econômica e ambiental, havendo um equilíbrio destas viabilidades para os veículos mais pesados, certamente teremos caminhões transportando cargas por bastante tempo, mas para os pequenos e médios já existe uma limitação da sua utilização que seja para passeio ou trabalho.

Na Europa já há restrições no transporte internacional,  não é permitido o uso de caminhões equipados com motores abaixo da especificação Euro VI, isso força a renovação da frota e o ganho ambiental se torna evidente. 

O controle das emissões veiculares segue padrões locais e internacionais, levando a uma padronização dos motores diesel, aqui no Brasil temos a norma PROCONVE P-8 que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2022, especificando limites máximos de emissão para gases de escapamento, partículas, ruído e também estabelece os requisitos de durabilidade.

A norma atual no Brasil é PROCONVE P-7 que é equivalente à Euro V e está em vigor desde 2012, já a norma P-8, será equivalente à Euro VI. O controle de emissões dos veículos diesel torna-se evidente quando observamos os níveis de emissões deste tipo de veículos. Como exemplo, os caminhões e ônibus no estado de SP representam apenas 4% da frota estadual, mas são responsáveis pela emissão de cerca de 80% dos materiais particulados (MP) e óxidos de nitrogênio (NOx).

A expectativa com a implantação da norma Proconve P-8 é que se obtenha uma redução considerável dos níveis de emissões de gases, que pode garantir a continuidade do uso de veículos diesel por um bom tempo. Lembrando que o fator de impedimento do uso de veículos diesel está relacionado diretamente com o controle de emissões.

Outro item que eleva a qualidade dos veículos fabricados aqui no Brasil está nos requisitos de durabilidade da norma P-8, os fabricantes ou importadores de veículos devem estar em conformidade com os limites de emissão até uma determinada quilometragem ou tempo de duração de operação mínimas, o que ocorrer primeiro, sendo que esses requisitos são diferenciados pelo tipo de uso que pode ser de passageiro ou de carga, considerando o peso bruto total em toneladas:

 » 160.000 km ou cinco anos para veículos de passageiro com menos de 5 toneladas; 

» 300.000 km ou seis anos para veículos de carga entre 3,856 toneladas e 16 toneladas e para veículos de passageiro entre 5 toneladas e 7,5 toneladas; e 

» 700.000 km ou sete anos para veículos de carga com mais de 16 toneladas e para veículos de passageiro acima de 7,5 toneladas. 

Finalizando as novidades do Proconve P8, também estabelece os níveis máximos de ruídos emitidos por veículos comerciais. 

Serão três fases: a primeira em conjunto com o início do P8 em 2022/2023, a segunda em 2027/2028 para todos os veículos e a terceira e última em 2033. Outra novidade é a obrigatoriedade de dispositivo que desliga automaticamente o motor após cinco minutos de funcionamento em marcha lenta e o veículo parado (podendo este ser desativado quando o motor em funcionamento for essencial para o funcionamento de equipamentos como bomba hidráulica ou sistema de refrigeração de carga.) 

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