Notícias
Vídeos
Fórum
Assine
A injeção eletrônica já é uma realidade nos veículos com motor Diesel. Isso torna a manutenção mais complexa, principalmente para as oficinas independentes, pois cada montadora apresenta particularidades e as informações técnicas acabam sendo mais restritas. Dessa forma, o reparador precisa conhecer bem o sistema de injeção eletrônica Diesel para conseguir elaborar um diagnóstico preciso.
Com o aumento da utilização do sistema de alimentação Common Rail as oficinas precisão se preparar para atender a frota de veículos que cresce a cada ano. Somente em 2008, foram vendidos mais de 110 mil caminhões e 25 mil ônibus segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o que representa crescimento de 27% e 19,3%, respectivamente. Isso sem falar nas picapes Diesel que representam algo em torno de 120 mil unidades, ou cerca de 5% do total de automóveis comercializados em 2008.
A Fonsecar, oficina certificada pelo IQA, CETESB, SINDIREPA e participante do programa PMMVD (Programa de Melhoria da Manutenção de Veículos Diesel), possui dois scanner de diferentes fabricantes (Rasther da Tecnomotor e Kaptor Flex da Alfateste) para efetuar diagnose e manutenção nesse tipo de injeção. "Com a chegada dessa tecnologia tivemos que investir em atualizações e aparelhos para atender essa nova frota de veículos" informa um dos proprietários da oficina Fonsecar, Vladimir Cassiano. "Alguns modelos ainda não é possível realizar diagnósticos com scanner, somente com equipamento da original da montadora".
Em alguns veículos equipados com a injeção eletrônica Diesel o reparador pode verificar a falha verificando o código de piscadas no painel. Para isso, é necessário pressionar um botão no próprio painel por aproximadamente 3 segundos e em seguida visualizar a quantidade de piscadas da lâmpada.
Segundo Rildo Nogueira, da oficina RTamburine, o reparador pode conseguir diagnosticar um defeito com o multímetro, mas pode gastar até 5 horas, porém, com o scanner, o problema pode ser solucionado em 15 minutos. "A maioria dos defeitos armazenam códigos de falhas na central eletrônica, assim, o reparador pode até conseguir solucionar o defeito somente com o multímetro, mas vai precisar do scanner para apagar as falhas" informa.
Existem reparadores que preferem substituir a peça antes de concluir o diagnóstico, esse procedimento é incorreto e pode danificar outro componente. Para não cometer este tipo de falha o reparador deve utilizar aparelhos e realizar testes além de conhecer o sistema.
Matéria da edição Nº215 - Janeiro de 2009