A crise econômica mundial abalou profundamente o mercado de veículos de grande porte ao redor do mundo, especialmente no segmento de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas. Apenas os mercados considerados emergentes, como o Brasil, ‘se salvaram’ dos resultados negativos. O total de 8.324 caminhões e 770 ônibus Scania comercializados por aqui representaram respectivamente aumento de 4% e retração de 6% em relação ao ano de 2008.
Com este resultado a marca se consolida como líder no segmento de pesados, com 26,3% de participação de mercado (share), 6 pontos percentuais a mais, também em relação a 2008. Do total entregue, 27% dos caminhões foram para o setor de grãos, 21% para o transporte de carga industrial e 11% para o transporte de líquidos, porcentagens estas as mais expressivas.
Além dos bons resultados em caminhões e ônibus (pois a Scania foi a única marca que conseguiu registrar crescimento no período, frente a uma queda de 20% do mercado total), o volume de vendas de peças, motores e serviços foi o maior da rede no mundo todo. Desta forma o Brasil é atualmente o maior mercado para a marca.
Quanto ao setor de serviços os avanços evoluem a cada dia, devido a uma política agressiva para o alcance da excelência e padronização imposta pela matriz Sueca, sendo que 65% do total das 100 Casas Scania (como a rede de concessionárias é chamada), já detém o reconhecimento como ‘dealer padrão’ (revenda padrão). Em 2010 a meta é atingir 100% das ‘Casas’. Segundo o diretor de vendas de serviços da Scania do Brasil, Sidney Basso, “todo um trabalho de capacitação de mão de obra através de parcerias com escolas técnicas espalhadas por todo o Brasil fortalecem a busca pelo que desejamos oferecer dentro das nossas Casas, a excelência, rapidez e agilidade na prestação do serviço”. Outra preocupação de Basso é pelo preço das peças, que atualmente está em patamar semelhante a concorrentes não originais, pois o programa ‘Boas notícias para velhos amigos’ tem como prioridade oferecer soluções tanto na forma de kits, como em peças individuais para as séries 2 e 3, que estão nas mãos de caminhoneiros e transportadores independentes de menor poder aquisitivo.
O diretor de vendas de serviços da Scania, Sidney Basso
Em 2009 foram vendidos no restante do mundo 36.807 caminhões (redução de 45%), e 6.636 ônibus (redução de 9%), o que resultou num acumulado de 41% a menos nas entregas dos veículos 0 km. Apesar da retração, o resultado operacional foi positivo, de 239 milhões de euros, fato este diretamente relacionado à reestruturação interna do grupo, que conseguiu reduzir em 30% as despesas internas.