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Blindagem para pesados


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Marco Antonio Silvério Jr.
13 de setembro de 2010

 

 

 

As transportadoras têm equipado os caminhões com blindagem para inibir os roubos de mercadorias e preservar a vida dos motoristas. A prática já se tornou comum e o investimento é mais do que justificado quando se trata de cargas de alto valor agregado e, principalmente, da vida do motorista.

 

 

Segundo o gerente de produção da Auto Life Blindagens, Leandro Lucki Gedanken, são feitos na empresa por mês cerca de cinco blindagens de cabine de caminhões. O valor fica entre R$ 45 mil e R$ 55 mil. O trabalho demora cerca de 30 dias úteis para ser concluído e o aumento de peso é de pouco mais de 200kg. As empresas que mais solicitam o serviço são as transportadoras de cargas especiais, tais como remédios, eletrônicos, cobre, informática, entre outras.  Também é possível fazer a blindagem do baú conforme solicitação do cliente.  

No ano de 2009 houve um pico de roubo de cargas no Brasil, com 17% de aumento em relação a 2008, e com uma média de 648 ocorrências por mês, enquanto a média desde 2006 era de 524 ocorrências mensais. No primeiro semestre de 2010 houve uma redução que acompanhou a queda na criminalidade em geral, porém ainda se mantém maior do que na média dos anos anteriores ao pico de 2009.


Os prejuízos em 2009 superaram os R$ 280 milhões e os tipos de cargas mais roubadas foram as de produtos alimentícios com 912 ocorrências e cargas fracionadas com 461, porém as que causaram maiores prejuízos foram as de eletro-eletrônicos que passaram dos R$ 35 milhões. As cargas de autopeças aparecem entre as de maior valor agregado, pois em 141 roubos foram levados R$ 12 milhões, enquanto as de produtos têxteis que tiveram 195 casos geraram R$ 6 milhões de prejuízo.

Para a blindagem de caminhões de transporte de carga no Brasil esta disponível a blindagem de nível III-A, que pode suportar desde disparos de pistolas calibre 9mm até Magnum 44. Para níveis maiores que suportam disparos de fuzis é necessária uma autorização especial do exército. As blindagens mais efetuadas são as de cabine, mas também podem se estender ao baú para dificultar arrombamentos. Os benefícios vão desde uma redução no seguro da carga, dispensar o uso de escolta até o maior de todos, que é preservar a vida do motorista.


“Como se trata de um conceito novo, ainda é cedo para saber dos clientes os resultados, mas a nossa experiência diz que será como o conceito da escolta armada, que era tida pelas empresas como um exagero e que depois virou regra para que o seguro fosse aceito. Nossos clientes que já fizeram a blindagem estão dispensando a escolta armada, pois o custo é só na hora da compra podendo ser diluída nos anos do seu uso. Acho que iremos ter no futuro metade da frota blindada e a outra metade com a escolta armada”, explica o gerente da Auto Life, Leandro Gedanken.

A proteção da cabine é feita utilizando manta balística, que é um composto de fios de Kevlar e possui grande capacidade de dissipação da energia cinética do projétil quando está colada ao aço das peças do veículo. Para garantir essa capacidade é necessária que uma área de no mínimo 30x30cm de manta esteja colada a peça, por isso nas partes onde não seja possível fixar um pedaço de manta com essa área, é utilizado aço inoxidável.


A manta balística possui a vantagem de ter menor peso, além de precisar apenas de cola para ser aplicada. Por isso são utilizadas na maior parte das peças, como portas, teto e para lamas. Já onde são aplicadas chapas de aço inox é preciso fazer furos e fixar com parafusos. Também é colocada uma camada de feltro entre o aço do veículo e o da blindagem, e nas emendas das chapas, cola de vidro, para evitar barulhos indesejáveis. As blindadoras recomendam que o veículo retorne periodicamente para um reaperto dos parafusos.


O aço inox é utilizado nas colunas de portas, fechaduras, nas partes do teto que são divididas pela estrutura da carroceria, e nos contornos dos vidros para formar o overlap, que é uma sobreposição entre o vidro e a porta para evitar os chamados gap’s, ou seja, os possíveis vãos desprotegidos. O overlap normalmente é feito nas portas, mas já existem alguns modelos de vidros blindados chamados Steelglasses, que já possuem a sobreposição de aço no próprio vidro.


Os vidros utilizados na blindagem III-A têm 21mm de espessura e são formados por três camadas de vidros unidos por uma resina e uma última camada de policarbonato, que impede que os estilhaços se soltem para dentro do veículo. Os vidros costumam ser montados com uma proteção no lado interno do vidro onde está esta última camada, que só é retirada na fase final de acabamento para evitar riscos, pois não é possível fazer polimento no policarbonato.

Carro Forte
Os veículos para transporte de valores, conhecidos como carros forte, utilizam blindagem nível III, que suportam até tiros de fuzil AK-4. A carroceria é construída quase toda artesanalmente, utilizando o conjunto de chassis e powertrain fornecidos por

alguma montadora pela qual a empresa de blindagem é homologada. Esse conjunto pode ser o mesmo utilizado em caminhões pequenos, com leves adaptações para receber a carroceria blindada.


A própria fornecedora do chassi é quem determina as modificações que poderão ser feitas, e normalmente ficam limitadas a instalação de pontos de apoio para a carroceria. O trabalho começa com o corte por plasma das chapas de aço em equipamento computadorizado que possibilita uma uniformidade entre as peças e melhor aproveitamento da matéria prima.


Após ser cortada, a chapa vai para a dobradeira, onde um profissional molda a peça a partir de um desenho técnico que indica todos os pontos e ângulos a serem feitos. A montagem da carroceria começa a partir do assoalho, que é posicionado sobre um gabarito com o formato do chassi. Depois de montada, toda a estrutura blindada é levada por uma talha para ser posicionada sobre o chassi, para em seguida ser feita a funilaria e a pintura.


Na fase final são colocados os vidros de 41mm de espessura, são feitas as instalações elétricas e todo o acabamento interno. A carroceria é montada de forma a facilitar os procedimentos de manutenção, por isso possui partes que podem ser removidas completamente e seguem as orientações da fornecedora do chassi, que estabelece critérios para que os serviços na suspensão e powertrain possam ser feitos da mesma forma que nos outros veículos que utilizam o mesmo chassi.

Qualidade
Todos os materiais utilizados para a blindagem são controlados pelo exército, e segundo Leandro, são feitas análises constantes no túnel de testes balísticos para comprovar a eficácia dos componentes. Neste túnel é possível testar os materiais em condições extremas, pois podem ser posicionados na distância onde o projétil causa maior impacto, que dependendo do calibre é cerca de 15m. O disparador é o mesmo para todos os calibres e possui mira para atingir os cinco pontos indicados pela norma.


“Além de estar em condições extremas e atingir os pontos estratégicos do material a ser testado, ainda estabelecemos mais 30% de margem de segurança. Sempre é bom lembrar que estamos lidando com vidas, se algo der errado, alguém pode morrer, então todo cuidado é pouco”, afirma Gedanken.




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