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De acordo com balanço da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), entre janeiro e novembro de 2015 o volume de vendas de pneus para montadoras caiu 23,4% em relação ao mesmo período de 2014. "É um produto de alto valor agregado, cuja redução nas vendas impacta fortemente as receitas do setor", avalia Alberto Mayer, Presidente da ANIP.
As vendas de pneus de carga caíram em todos os canais: para montadoras (-49,5%), no mercado de reposição (-2,5%) e nas exportações (-19,6%). "Quanto mais caminhões nas ruas, maior a riqueza gerada e distribuída e, portanto, maior a utilização dos pneus de carga; o que estamos vendo, no entanto, vai na direção contrária", pontua Mayer.
No segmento de pneus de passeio, houve redução de 22,2% nas vendas para as montadoras, um declínio de 9,9 milhões de unidades vendidas para 7,7 milhões (2015). Já o mercado de reposição de pneus de passeio cresceu 15,8% em vendas no período avaliado. "O consumidor tem optado por manter o veículo que já tem, realizando manutenções que levam à troca de pneus. Como essa substituição não é feita todos os anos, a expectativa é de que o mercado de reposição caia no médio prazo", explica.
As exportações de pneus também caíram, de 11,42 milhões de unidades para 11,09 milhões este ano. "Há um esforço para se aumentar a exportação de pneus, porém ainda enfrentamos elevados custos operacionais do país, que acabam limitando a competitividade do produto no exterior", destaca Mayer.
A necessidade de políticas que aumentem a competitividade do setor de pneus levou a ANIP a lançar o documento Livro Branco da Indústria de Pneus, com propostas para alavancar o crescimento do setor, como a redução do custo logístico, desoneração do processo de logística reversa, melhor acesso a insumos essenciais para a produção de pneus, estímulos à exportação, implantação de margem de preferência para a indústria nacional nas compras públicas, entre outras. O documento está disponível no site da ANIP (www.anip.org.br).