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Quem é parceiro da oficina?


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Por: Cassio Hervé - 25 de outubro de 2012


Pelo 4o ano consecutivo a CINAU promove uma pesquisa para avaliar junto as reparadoras a relação destas com seus fornecedores de peças. O levantamento deste ano ouviu mil profissionais de todo o país e o trabalho nos permite traçar um cenário da percepção da oficina em relação à Industria. Acompanhe

 

Há um consenso no mercado de reposição que o elo mais importante e que mantém a indústria “em pé” é a oficina mecânica, porém na prática, dada à quantidade de oficinas no Brasil e às dimensões continentais de nosso país, aproximar-se da oficina é uma tarefa cara e que exige muito esforço por parte da indústria e elos comerciais.

Pois este trabalho realiza uma sondagem na “percepção” dos reparadores quanto aos esforços de seus fornecedores nas ações de relacionamento com as oficinas. O trabalho, apesar de ter consistência estatística, pelo formato em que foi realizado, não tem a pretensão de ser definitivo, pois, como dissemos, trata-se apenas de uma percepção, e não há um aprofundamento da análise dos resultados.

Em face desta realidade recomendamos a avaliação criteriosa dos resultados que nos permitem algumas interpretações interessantes e devem servir de base para outros trabalhos específicos de pesquisa, pois esta sondagem indica tendências que precisam ser melhor estudadas, porém num mercado tão carente de informação ajudam os executivos das indústrias e elos de comercialização a entenderem um pouco mais sobre este elo da cadeia que sustenta nossa indústria do aftermarket.

Importante ressaltar que a exemplo de outros trabalhos da CINAU não há premiações, tampouco vencedores ou perdedores, pois todos ganhamos quando investimos na busca de informações.

O levantamento foi realizado junto a estabelecimentos de linha leve apenas.

Principais conclusões

A seguir pontuamos alguns destaques amparados em nossa avaliação dos resultados:

- as compras das oficinas nas concessionárias estão no patamar dos 20%;

- o reparador não compra na concessionária por “preço”, tampouco por promoções ou relacionamento, mas por questão de disponibilidade;

- como fornecedores das oficinas os dois grandes competidores são as lojas e os distribuidores, ficando mais evidente o tremendo conflito existente dentro da cadeia tradicional;

- a percepção de “qualidade” é muito forte nas peças fornecidas pelas concessionárias das montadoras;

- graças às ações de relacionamento, algumas montadoras (Fiat, VW e GM) já são “confundidas” pelo reparador como fornecedores clássicos de autopeças. Assim, não há por parte da oficina uma divisão entre fornecedores da rede independente e concessionárias;

- a percepção do reparador em relação à BOSCH é um destaque positivo em várias áreas;

- no quesito “preço” quem ganha é o distribuidor/atacadista;

- o “filé” das peças de menor elasticidade são comprados nas concessionárias e importadores;

- 20% das oficinas ouvidas, justamente as de maior faturamento (curva “A”), compram mais de 25% de seus itens na concessionária em função da “qualidade”, “ser genuína” e “disponibilidade”, “ser tratado como cliente” e por fim o preço;

Como em todo o trabalho da CINAU não há a intenção de promover premiações ou ações comerciais, o foco é aprofundar o estudo do mercado de reposição a partir de percepções do seu elo gerador de demanda, ou seja, a oficina;

- Para a oficina o preço continua em quarto lugar no processo de decisão de compra, ficando a disponibilidade em primeiro lugar.

Neste sentido, nos colocamos à disposição do leitor caso tenha alguma dúvida, crítica ou contribuição que poderá registrar pelo e-mail cinau@oficinabrasil.com.br ou pelo telefone (11) 2764-2891.