Movimento nas oficinas registra ligeira alta na primeira quinzena de abril

A CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade de pesquisa do Grupo Germinal, divulgou nesta semana que o Índice Gerador de Demanda (IGD) da primeira quinzena de abril ficou em 0,82 ponto, o que representa alta de 1,24% (ou 0,01 ponto percentual) em relação à segunda quinzena de março, quando o IGD medido foi de 0,81 ponto.

Apesar disso, em comparação a igual período de março, o IGD ainda registra recuo de 2,38% ou 0,02 ponto percentual. Na época, o índice medido foi de 0,84 ponto. No entanto, o Índice de Produtividade subiu para 0,53 ponto nesta primeira quinzena de abril, contra 0,46 ponto medido na primeira quinzena de março. Isso significa melhor aproveitamento da mão de obra no período.

Assim, é certo dizer que os primeiros 15 dias de abril foram um pouco mais agitados nas oficinas e centros automotivos de São Paulo e região Metropolitana. Tanto que a quantidade de orçamentos e atendimentos realizados foram 7% maior em relação à segunda quinzena de março, e o número de serviços executados cresceu 6%.

A quantidade de horas também foi 0,2% maior em abril em relação a março, assim como o número de dias trabalhados, que cresceu 9% no período.

Peças

As lojas de autopeças voltaram a registrar preferência dos reparadores em detrimento às distribuidoras e concessionárias. Segundo a pesquisa CINAU, na primeira quinzena de abril, 82% dos entrevistados adquiriram mais componentes no varejo, ante 70% na quinzena anterior, e 72% em igual período de março.

Já o movimento nas distribuidoras caiu para 11% neste início de abril, e interrompeu a tendência de alta que o canal vinha obtendo desde a segunda quinzena de fevereiro, quando atingiu o menor índice de preferência, com apenas 7%. No primeiro período de março tinha 13% da preferência do reparador e, no segundo, 15%.

A aquisição de peças originais também sofreu uma queda grande no período. Apenas uma parcela de 4% das compras de peças de reposição aconteceu nas concessionárias na primeira quinzena de abril, ante 12% que foi o volume declarado pelos reparadores ouvidos na segunda quinzena de março. Tal como ocorreu com as distribuidoras, esta queda interrompeu a tendência de alta do canal, que vinha se recuperando desde a primeira quinzena de fevereiro, quando obteve os mesmos 4% das compras do mecânico.

Em compensação, o reparador tem recebido mais componentes do cliente. Nos primeiros dias de abril, esta prática foi mais frequente com 3% dos entrevistados, ante 1% na segunda quinzena de março e 5% no primeiro período de março.

IGD

Medido pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade de pesquisa do Grupo Germinal, o IGD é produto de cálculo estatístico extraído do número de ordem de serviços abertos, da quantidade de atendimentos efetuados pela oficina, da quantidade de horas trabalhadas por dia, do número de dias trabalhados, da variação dos preços das autopeças adquiridas no período e o total de orçamentos apresentados aos clientes.

Quanto mais elevado o IGD, melhor a demanda de serviços na oficina, sendo que 1 é o número ideal. Índice abaixo de 1, significa que há potencial de vendas de serviços a ser executado, e acima de 1 é uma condição excelente por excesso de demanda.

A pesquisa, inicialmente, contempla um universo de 50 pontos de serviços na macro região da Grande São Paulo. A coleta é feita quinzenalmente. Com a evolução do índice, o universo de oficinas será ampliado para outras regiões e Estados. Segundo dados do Sindipeças, a frota dessa região amostral equivale a 18,63% da frota circulante nacional e a 52,5% da frota do Estado de São Paulo.

 Realização CINAU: CONRE 3ª/5616
Responsável técnico: Alexandre Carneiro – CONRE 3ª/6691-A/SP