Apesar da sazonalidade do mês de férias, que reduz a demanda por serviços nas oficinas o índice confirma um crescimento de 45% em relação ao mesmo período do ano passado na Grande São Paulo.
O monitoramento de mercado criado pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) que avalia o desempenho das oficinas mês a mês e desde o final de 2008 está mostrando resultados muito animadores para o setor, pois comprova que o aquecimento continua.
O mês de julho não costuma ser um período bom para as oficinas, pois é a época de férias, e muitos dos serviços são realizados preventivamente para as viagens de férias o que lota os estabelecimentos em junho.
Mesmo assim, e em função da demanda proporcionada pela implantação do programa de inspeção veicular no município de São Paulo, as oficinas continuam lotadas e trabalhando num ritmo acelerado, não tão acelerado quando o mês de junho quando nosso índice bateu seu recorde histórico atingindo 1,54, julho registrou 1,04.
“Uma avaliação apressada do IGD de julho pode parecer que o serviço caiu muito, porém numa análise mais apurada vai confirmar que a queda é típica do mês de julho, mas mesmo assim o patamar é 45% superior ao mesmo período do ano passado o que não muda nossa estimativa de que a demanda deve dobrar até o final do ano” explica Alexandre Carneiro gerente da CINAU e estatístico responsável pelo estudo.
O acompanhamento da preferência da oficina quanto ao canal de compra de peças, também avaliado pelo IGD, indica que a mutação mais significativa aconteceu no segmento “Distribuidor” que caiu do patamar de 28% (recorde histórico) para 19% e quem ganhou com isso foram as lojas de autopeças que subiram de 48% para 58% da preferência da oficina como fornecedor.
Quanto a preferência de compra de autopeças quem se manteve num mesmo patamar (ainda que elevado pelo histórico do IGH) foi a concessionária que registrou os mesmo 22%, patamar já alcançado no mês de junho e repetido em julho.
Já no quesito “falta de peças” 50% dos reparadores denunciaram a situação sendo que as montadoras mais citada foram: Ford (10,9%), Peugeot (8,8%), Renault (5,2%), GM (2,6%), Fiat (2,3%) e Volkswagen (1,2%). A dificuldade em encontrar peças é maior nos veículos importados, uma vez que representa 50,2% das citações.
Outro destaque diz respeito ao valor do ticket médio que continua em alta alcançando o patamar recorde de R$ 435,00 o que indica que as oficinas da região estão faturando mais do que nunca experimentando mais serviços a um custo maior.