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Aumento da frota circulante indica que o setor continuará crescendo nos próximos anos, mas as novas tecnologias exigem capacitação profissional da reparação, distribuidores sofrem com as distorções da tributação imposta pela substituição tributária e varejo deve se preparar para entrar na era fiscal digital.
O GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) realizou em Agosto, no Teatro Ruth Cardoso, na FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em São Paulo/SP, a 18ª edição do Seminário da Reposição Automotiva, onde reuniu mais de 500 pessoas, entre reparadores, distribuidores e varejo de autopeças e representantes de montadoras e indústria, bem como entidades do setor. “O evento se consolidou como a principal voz do aftermarket brasileiro”, afirma Francisco de La Tôrre, presidente da edição 2012 do Seminário e do Sincopeças-SP, acrescentando que o evento apresenta a síntese de temas fundamentais para o setor, como o sistema de tributação, que tem comprometido a saúde financeira das empresas.
Tributação - Varejo e Oficinas devem se preparar para as novas regras fiscais com a chegada do cupom fiscal eletrônico. Até 2015 todo o sistema digital implantado pelo governo denominado SPED – Serviço Público de Escrituração Digital, deverá estar operando totalmente, o que permitirá a troca de informações fiscais nas esferas municipais, estaduais e federais. “Isso significa que o governo terá todas as informações dos contribuintes, pessoas físicas e jurídicas”, enfatiza o consultor do Sincopeças, Luiz Pereda, durante a sua apresentação. Formado em engenharia mecânica e pós-graduado em administração automotiva, com mais 30 anos de vivência no setor automotivo, ele conta que o planejamento de política fiscal do Governo teve início em 2000 e vai levar quinze anos para ser totalmente concluído. “É um caminho sem volta, varejo e oficinas devem ser preparar para as mudanças, tendo atenção redobrada com a gestão administrativa, bem como devem investir em equipamentos e softwares adequados, além de contar com a consultoria de um contabilista de confiança”, alerta Pereda.
Temas relevantes como as mudanças no setor de reposição, relacionamento entre oficinas e clientes e treinamento foram levantados pelo mediador Sérgio Alvarenga, diretor executivo da Andap, no debate de encerramento do Seminário de Reposição Automotiva. Para o conselheiro do Sindipeças, Ronaldo Teffeha, é dever do fabricante contribuir para qualificação do reparador, que depende cada vez mais de informações técnicas para reparar o veículo.
O vice-presidente da Andap e Sicap, Rodrigo Carneiro, também concorda com a opinião de Teffeha, e acredita que fabricantes e distribuidores devem investir em capacitação e informação, para que varejo e oficinas estejam qualificados, uma forma de revitalizar o mercado, lembrando que a reposição é responsável pela manutenção de 80% do total da frota circulante estimada em 45 milhões de veículos. “Precisamos ter competência e se preparar e investir para atender a demanda”, completa Carneiro.