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Para saber se os parafusos podem ser reaproveitados, é importante consultar as recomendações do manual do fabricante referente à reparação do motor. Há casos que é necessário medir. Em outros, a troca deve ser efetuada.
Já há algum tempo a evolução dos conjuntos motrizes tanto na linha diesel e Otto assim como seus agregados, vem acontecendo quase que imperceptivelmente em alguns aspectos. Em outros, a evolução é visual. Como por exemplo, os componentes internos do motor: bielas, cilindros, pistões, bronzinas, anéis, etc. Também os componentes externos, como coletores, sistemas de alimentação, sistemas de filtração esticadores, correias, também passaram por mudanças. Estas são fáceis, pois basta comparação visual.
As evoluções que não chamam a atenção e são tão importantes quanto qualquer outra, estão relacionadas, por exemplo, à desmontagem e reaproveitamento de peças. Situações em que, em muitas ocasiões, as recomendações da montadora não são seguidas.
Um bom exemplo disso é a desmontagem das polias com elemento viscoso. Depois de aplicadas não podem ser “deitadas” porque o elemento viscoso pode se deslocar e se concentrar em um só ponto, fazendo com que a polia fique desbalanceada e cause vibração.
Vale ressaltar que o reaproveitamento dos parafusos somente é permitido quando a montadora e/ou fabricante recomendar ou quando os parafusos atenderem às recomendações e parâmetros dimensionais solicitados e informados pelas montadoras.
Os parafusos de mancal, biela, cabeçote, volante evoluíram e requerem atenção especial. Chamados de parafusos elásticos recebem dois tipos de aperto: aperto em Nm e aperto angular.
Quando os parafusos de mancal, biela, cabeçote, volante, entre outros, são reaproveitados, é preciso ter cuidado com o armazenamento. Após a retirada do alojamento, esses parafusos devem ficar imersos em recipiente com óleo lubrificante até o momento de serem reaproveitados. A imersão dos parafusos tem como objetivo evitar a formação de “crostas” na região da rosca. Não se esqueça das roscas existentes no bloco, que precisam ficar secas. Durante a utilização e montagem dos parafusos nos respectivos alojamentos, a “crosta” pode comprometer o torque aplicado e consequentemente, comprometer a vida útil de todo o conjunto motor.