Mini Cooper 1.5 quatro portas recebe aprimoramentos na suspensão

O novo Mini Cooper chega ao mercado com mudanças importantes: motor 1.5 turbo, com apenas três cilindros, e pela primeira vez com quatro portas. A novidade traz 136 cv de potência e 23,4 kgfm de torque quando acionado o modo esportivo (Sport) e só é movido a gasolina. O preço inicial da versão, que não conta com Sistema multimídia com tela de 6,5 polegadas e nem com GPS (Navi), é de R$ 105.950. Contudo, já é equipado com câmbio automático de 6 marchas.

Indo direto ao assunto: a sensação de estar pilotando, a poucos metros do chão, com volante na altura dos ombros, boa pegada da direção e perfeito encaixe no banco, um veículo no qual se sente o comportamento das 4 rodas, é muito prazerosa. E é esse sentimento de pilotar um Kart que o Mini Cooper desperta nos motoristas. Graças à sua suspensão adaptativa, que muda o comportamento de acordo com a escolha do modo de dirigibilidade (Green, Mid e Sport), o veículo parece cavar um trilho à sua frente e é extremamente difícil fazê-lo perder a linha. Ou seja, é um carro que engole curvas e as transforma em emoção e prazer ao dirigir. E por falar em suspensões, elas foram redesenhadas para este novo projeto e contam com sistema de controle dinâmico dos amortecedores, além da nova configuração de molas e amortecedores com suporte de apoio triplo. Só que mesmo no modo mais dócil, os motoristas mais puritanos vão estranhar: ainda há muita rigidez e os conservadores preferirão um sedã médio.

O novo eixo dianteiro conta com apoios das molas e juntas simples, rolamentos do pivô em alumínio e braços triangulares em aço de alta resistência. Isso permite uma ótima comunicação entre o que acontece no asfalto, o volante e o motorista. E como se você estivesse calçado em um sapato com solado fino, que promete pouco conforto, mas que deixa a sua percepção sobre o solo muito mais apurada e instigante. Na realidade, desperta a vontade de acelerar cada vez mais e fazer curvas a todo o vapor.

Apesar do motor de apenas 136 cv, quando utilizamos o modo Sport é possível ouvir o estouro nas trocas de marca e mesmo a baixas rotações, com seu ronco grave, é como se o escapamento ficasse dizendo: “estou aqui, acelere. Pague para ver o que tenho para te entregar...”. E perceba que esta é a versão menos potente vendida no Brasil, imagine o que seria possível de fazer com a John Cooper Works com 231 cv e 32,6 kgfm de torque! Segundo a marca, o Cooper de quatro portas acelera de 0 a 100 km/h em 8,1 segundos e alcança a velocidade máxima de 207 km/h. Comparando a mesma versão à unidade de duas portas ele é 0,3 segundo mais lento e perde em 3 km/h na velocidade máxima.

E por falar em comparação, o Mini de quatro portas é 13 cm mais comprido e seu entre-eixos é 7 cm maior que o do Mini Cooper com apenas duas portas. O velocímetro mudou de lugar: está junto com o instrumento que mostra a rotação do motor, atrás do volante.

O Mini Cooper ainda é equipado com controle de estabilidade (DSC) em todas as versões e controle de tração (DTC), controle eletrônico da trava do diferencial (EDLC), que garante a segurança em qualquer condição. E há, para a segurança passiva dos ocupantes, 6 airbags 

A diferença na parte de fora em relação ao Mini Cooper S é o para-choque dianteiro, que não tem as entradas de ar direcionadas aos freios dianteiros, para resfriamento; a falta dos contornos em LED nos faróis e também não há abertura no capô para esfriar o motor.

No nosso teste na estrada o modelo alcançou média de 13,7 km/l e seu desempenho é satisfatório. Não conseguimos medir o consumo na cidade, mas a diversão é garantida.