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Em minha trajetória na direção do CESVI BRASIL, já fiz parte de uma série de períodos de renovação, em que testemunhei a organização de profissionais na busca de novas soluções criativas para o centro de pesquisa. Todas essas mudanças, todos os novos estudos desenvolvidos pelo CESVI, tornaram-se transparentes por meio da grande vitrine que a empresa sempre teve: a Revista Cesvi.
Foi por meio desta publicação, que agora completa dez anos, que participamos da notável evolução de qualidade do setor de funilaria e pintura na última década. Demos nossa contribuição disseminando conhecimento, divulgando processos de reparo quase desconhecidos por aqui, e dando o devido destaque a equipamentos e insumos com qualidade testada e aprovada em nossa área de Pesquisa & Desenvolvimento. Nossas matérias para as oficinas, na revista, sempre serviram como uma ação complementar aos trabalhos de treinamento e consultoria realizados por nossas áreas de Treinamento e Certificação. E é com alegria que constatamos nossa influência no fato de que, hoje, gradativamente, processos condenáveis como o uso de maçarico, ou de mascaramento com jornal, entre outros exemplos, estão dando lugar a trabalhos relacionados ao que de melhor o setor de funilaria e pintura tem a oferecer.
Agora, mais uma vez, participo de um momento de renovação do CESVI. E, novamente, com a convicção de que estamos tomando o rumo correto.
Visando a concentrar um foco específico em reparação automotiva, tomamos a decisão de dividir o amplo conteúdo da revista em duas publicações distintas; decisão esta que resultou no nascimento da Auto Reparo.
A Revista Cesvi continua a existir, mas agora totalmente direcionada aos outros públicos atendidos pelo CESVI BRASIL, enquanto a Auto Reparo chega para combinar nosso conteúdo de reparação automotiva ao reconhecido profissionalismo e know-how editorial do Grupo Germinal, que edita o Oficina Brasil.
Estou certo de que esta aliança tem tudo para construir uma trajetória tão bem-sucedida quanto a da publicação que lançamos dez anos atrás. Esperamos, assim, aprimorar nosso atendimento a proprietários, chefes e gerentes de oficina, funileiros, pintores e profissionais de atendimento. Que os textos que você lê aqui sirvam como material de referência, auxiliando no seu desenvolvimento e no de sua empresa.
Foi para isto que, mais uma vez, investimos na renovação, agora na forma de nos comunicar e de proporcionar informações.
Parece-me claro que foi uma ótima decisão.
Por José Aurelio Ramalho
Diretor de operações do CESVI BRASIL
Setor da reparação requer profissionalização
Capacitação profissional e atualização constante são requisitos imprescindíveis para o momento atual do setor da reparação de veículos, que evolui a cada dia com a chegada de novos modelos no mercado. Desde que a indústria automobilística chegou ao Brasil há mais de meio século, nunca se viu tantas marcas e modelos à disposição do consumidor. Carros cada vez mais inteligentes com dispositivos eletrônicos e tecnologia embarcada de ponta. Durante décadas, a indústria automobilística se resumia a quase quatro montadoras, com modelos mais simples, carburador, motor a ar, entre outros recursos que se tornaram ultrapassados com o tempo.
O setor da reparação de veículos também precisou evoluir para acompanhar a modernidade. Uma oficina hoje precisa ter equipamentos de ponta para fazer diagnósticos com precisão. Estamos na era da eletrônica e necessitamos de profissionais altamente capacitados para dar conta do recado.
O Sindirepa-SP tem pautado as suas atividades com o propósito de melhorar a qualidade da mão-de-obra da reparação, estabelecendo convênios com o Sebrae-SP para oferecer palestras sobre gestão empresarial e com o Senai-SP para realização de cursos voltados à capacitação profissional. Sabemos que o grande diferencial do empresário do setor é equipe bem treinada e gestão de negócios adequada aos novos tempos. O empresário da reparação precisa buscar soluções para otimizar o seu negócio, e o Sindirepa-SP dá todo o suporte para isso.
Recentemente, foi apresentado o projeto 322/08, de autoria do deputado estadual Major Olímpio Gomes, que prevê a regulamentação das oficinas no Estado de São Paulo. É a primeira iniciativa de criar padrões para a atividade no País. O projeto estabelece requisitos básicos para o funcionamento de oficinas e exige carga horária de 400 horas de treinamento para profissionais ou comprovação de dois anos de experiência.
A medida tem como objetivo estabelecer padrões para a abertura e funcionamento de estabelecimentos de reparação de veículos no Estado de São Paulo. O projeto de lei define algumas medidas importantes para que as oficinas possam estar preparadas para oferecer serviços de qualidade baseados em normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, garantindo a satisfação do consumidor. A previsão é de que o projeto de lei seja aprovado até o final do segundo semestre.
Além disso, o Sindirepa-SP participa do grupo de estudos para a criação da norma de qualificação e certificação do mecânico de manutenção e reparação de veículos automotores pela ABNT, para que a categoria tenha padrões estabelecidos.
Como forma de oferecer informações importantes para o dia-a-dia das oficinas, o Sindirepa-SP lançou a “Coletânea de Literatura: Universo da Reparação Automotiva”. Distribuída gratuitamente aos associados da entidade, a coletânea é formada por dez fascículos que tratam de temas focados no negócio das empresas de reparação. A iniciativa visa a suprir a carência de informações que o setor da reparação de veículos possui, permitindo que os empresários associados tenham uma fonte permanente de consulta em seus estabelecimentos, facilitando a disseminação de informações que possam contribuir para o negócio.
Outra ação voltada para a melhoria da capacitação profissional é o programa Carro 100% e Caminhão 100%, de que o Sindirepa-SP participa junto com as outras entidades que formam o GMA – Grupo de Manutenção Automotiva: Sindipeças, Andap, Sincopeças-SP e Sicap. É uma iniciativa inédita que prevê a conscientização do motorista sobre a importância da manutenção preventiva para segurança no trânsito e redução de poluentes que também promoverá cursos e treinamentos voltados para gestão e profissionalização para reparadores.
Com todas essas mudanças e iniciativas, o setor da reparação vive um novo momento que prioriza a profissionalização e a qualidade de serviços prestados. Isso é bom para o negócio que se organiza e também para o consumidor que tem mais garantia da qualidade dos serviços.
Por Antonio Fiola