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Nesta edição, vamos conhecer mais alguns sistemas do carburador, como o acionamento do segundo estágio em carburadores duplos e o sistema suplementar. Veremos também como funcionam os componentes de controle de emissão de gases, como o canister, a válvula EGR e o Dash-pot.
Sistema de acionamento do segundo corpo
Os tipos de acionamentos para o segundo estágio de carburadores duplo podem ser de dois tipos:
Sistema duplo progressivo mecânico: seu controle de abertura é feito mecanicamente, através de um sistema de alavancas. O instante correto de abertura do segundo estágio é determinado pelo fabricante do carburador de acordo com a necessidade de aplicação no motor.
Obs.: A abertura acontece comandada pelo motorista, através do acelerador.
Sistema duplo progressivo com cápsula de vácuo para abertura do 2º estágio ou corpo: É o sistema com controle de abertura, efetuado por uma cápsula de vácuo que é acionada, de acordo com o regime de funcionamento do motor, onde possui uma tomada de ar acima da borboleta de aceleração, acionando a cápsula e forçando a borboleta a abrir, quando exigido potência do motor. Esse sistema torna-se mais eficiente que o de abertura mecânica, devido à abertura do 2º estágio acontecer apenas, quando a depressão atinge um valor suficientemente forte para abrir a cápsula.
Obs.: O 2º estágio do carburador a vácuo é acionado principalmente com o carro em movimento (motor com esforço). Quando o veículo está parado, a aceleração necessária para acionar o 2º estágio é muito alta.
Sistema suplementar ou de potência
Sua função é alimentar o carburador com uma quantidade extra de combustível, quando o motor necessita de sua máxima potência.
Aerodinâmico (Econostat): À medida que a borboleta de aceleração se abre, aumenta a velocidade do ar, que passa pelo tubo do econostat, localizado na tampa e arrasta (diferença de pressão) o combustível da cuba fazendo-o subir pelo canal e despejar na parte superior do venturi.
Pistão de vácuo: Esse sistema é utilizado pelos carburadores mais antigos.
Funciona da seguinte forma: quando a borboleta de aceleração do 1º estágio está em repouso, ou seja totalmente ou parcialmente fechada, o vácuo aumenta forçando o pistão do sistema a ficar recolhido e assim manter a válvula de máxima fechada.
Quando a borboleta é quase ou totalmente aberta, ou seja, o vácuo diminui, o pistão é liberado acionando assim a válvula, deixando passar combustível da cuba para o tubo misturador sem passar pelo giclê principal.
• Válvula de máxima e calibrador:
Instalada na cuba, a válvula de máxima é constituída por diafragma, mola e tampa, em forma triangular, na maioria dos carburadores e, em alguns casos, em vez de diafragma, possuem um pistão. Acionada, pneumaticamente, sua função é permitir um volume extra de combustível na câmara de mistura do carburador.
É comandada por vácuo e à mola.
Funciona da seguinte forma: quando a borboleta de aceleração do 1º estágio está em repouso, ou seja, totalmente ou parcialmente fechada, o vácuo aumenta vencendo a força da mola do sistema , recolhendo o diafragma e fechando a válvula de esfera.
Quando a borboleta é quase ou totalmente aberta, ou seja, o vácuo diminui, o diafragma é empurrado pela mola, abrindo a válvula de esfera, deixando passar combustível da cuba para o tubo misturador sem passar pelo giclê principal.
Dash pot ou amortecedor pneumático de fechamento
Consiste em uma cápsula cuja função é evitar o fechamento brusco da borboleta de aceleração do 1º estágio, evitando assim que ocorra o excesso de combustível no escapamento que provocaria o aumentando imediato de HC (Hidrocarbonetos) e CO (Monóxido de carbono) nos gases. Quando a queda da rotação é lenta, a queima do combustível torna-se mais eficiente.
Aquecimento da mistura
Com a utilização do álcool como combustível, foram criados sistemas de aquecimento da mistura para uma queima mais eficiente da mesma.
Um desses sistemas consiste em um canal de água na base do carburador, ou mesmo uma base a mais, na qual é ligado, através de mangueiras, ao líquido de arrefecimento, aquecendo de acordo com a temperatura do motor.
Alguns motores também utilizam o líquido de arrefecimento para aquecimento ou uma resistência de aquecimento no coletor logo abaixo do carburador, aquecendo a mistura assim que sai do carburador.
{module Vídeo - o carburador e a inspeção veicular - Parte 4/5}
Válvula thermac
Localizada no suporte do filtro de ar, seu objetivo é proporcionar ar quente vindo dos dutos localizados próximos ao coletor.
Funciona da seguinte forma: o ar quente passa pela válvula aquecendo-a e fechando a ligação com a cápsula de vácuo obrigando-a a abrir a borboleta, localizada na entrada do suporte do filtro de ar. Assim que a borboleta é aberta, o ar recebido é o ar de temperatura ambiente.
Resumindo:
Motor frio -> Borboleta fechada -> Captação de ar quente
Motor quente -> Borboleta aberta -> Captação de ar frio
Canister
Obrigatório em todos os veículos a gasolina, a partir de 1990, é um reservatório com um filtro de carvão ativado, cuja função é aproveitar os gases provenientes do tanque. Esses gases, em vez de serem jogados na atmosfera, são aproveitados pelo motor.
Desbulhador ou separador de vapor
Sua função é evitar a chegada de bolhas de vapor, provenientes do sistema de alimentação, até a válvula de boia do carburador, provocando falhas na alimentação. Também serve como retorno de combustível, controlando a pressão exercida pela bomba, preservando a válvula de boia.
Válvula EGR
A partir de agosto de 1990, os motores da linha VW e Ford são equipados com válvula EGR (Válvula de Recirculação de Gases). Sua função é diminuir a quantidade de NOx (Óxido de Nitrogênio), lançado pelo escapamento e atua somente quando o motor encontra-se em carga parcial.
Aplicação:
Motores AP a partir de 1990 VW e Ford
- Todos AP 1.8 Gasolina
- Todos AP 2.0 Gasolina
- AP 2.0 Alcool c/ Transmissão Automática
A válvula EGR é acionada pneumaticamente e sua abertura é comandada por um interruptor térmico que permite sua abertura após o motor ter atingido 60º C.
Instalada entre o coletor de admissão e coletor de escape ela controla a entrada de gases do escapamento no coletor de admissão, baixando a temperatura da combustão reduzindo assim a emissão de NOx.