Notícias
Vídeos
Fórum
Assine
A demanda pelo segmento de hatchs médios cresceu acima da média de mercado em 2008. De olho nesta lacuna a Citroën traz via Mercosul o modelo que disputará vendas com Focus Hatch, Golf, Stilo, Tiida e Vectra GT
A partir deste mês a família C4 está completa com a chegada da versão Hatch 4 portas, um lançamento mundial da marca, sendo que a versão esportiva VTR 2 portas a gasolina continuará a ser comercializada.
O veículo está disponível no Brasil com as motorizações 1.6 16v Flex GLX com transmissão manual e 2.0 16v Flex, GLX ou Exclusive, com opção manual ou automática AL4. Podemos citar como itens de segurança e acessórios que vêm de série: freios ABS+ REF + Ajuda à Frenagem de Urgência (AFU), air bag duplo, vidros elétricos, ar-condicionado, entre outros.
Como opcionais estão à disposição faróis de xenon direcionais de dupla função (alto e baixo), sistema de estabilidade ESP + ASR (antipatinagem), climatização individualizada, sistema Bluetooth integrado ao autorádio, sensores de estacionamento (dianteiro e traseiro), cruise control (regulador de velocidade), dispositivo perfumador de ambiente etc. Os preços variam de R$ 53.800 na versão de entrada, podendo chegar a R$ 73.750 na versão Exclusive.
Transmissão
Para a versão 1.6L o diferencial da transmissão recebeu redução na ordem dos 15% e a primeira e segunda marchas foram encurtadas, tudo para deixar o peso extra do modelo adequado à performance do propulsor citado. A versão 2.0L dispõe da velha conhecida transmissão AL4, este um projeto originado na década de 1990 na planta do grupo PSA (Peugeot e Citroën), localizada na cidade de Trémery, França.
Aliás, as respostas para desvendar o excelente desempenho dela, aliado ao motor 2.0 16v Flex do C4, mesmo tendo apenas quatro velocidades, vêm à tona nesta edição: apesar do nome de projeto permanecer o mesmo, trata-se de uma transmissão completamente renovada ao longo dos anos. Como mudanças aplicadas, itens como corpo de válvulas, tampa traseira, solenóides, software de funcionamento foram atualizados. O modelo que equipa o C4 mostrou-se muito bem calibrado às condições do motor 2.0.
É comum ouvir o comentário de alguns reparadores e proprietários, de que os veículos equipados com esta transmissão, como os Peugeot 206, 207, 307, 406, 407, Citroën C3, Picasso, entre outros, apresentam um “tranco” característico ao diminuir a velocidade, próximo ao momento da parada.
Segundo o engenheiro da Citroën, Eduardo Grassiotto, para este veículo a equipe brasileira desenvolveu um software que permite um escorregamento maior do conversor de torque e consequentemente maior suavidade na condução. “Vale lembrar também que até então a caixa AL4 não apresentava trancos nas reduções e paradas, mas sim oferecia um freio motor mais acentuado, ao gosto do consumidor europeu”, comenta Grassiotto.
Este foi o motivo do desenvolvimento personalizado do software brasileiro, que estará disponível para os demais veículos da marca produzidos antes do mês de março de 2009 via telecarregamento (download da internet) na rede autorizada da marca, em breve. É uma caixa que agora está personalizada a pedidos do consumidor brasileiro, com comportamento operacional suave. De acordo com o tecnólogo Francisco Ivo, responsável pelo desenvolvimento da caixa AL4, além do mapeamento personalizado, existe outra melhoria técnica adotada na transmissão: o também escorregamento do conversor de torque, porém no momento da aceleração, para ganho extra de potência, quando solicitado pelo condutor. Esta ação otimiza o ganho de torque vindo do motor, que será enviado aos eixos de saída, que se interligam às rodas. É como se o condutor estivesse “queimando” a embreagem em um veículo com transmissão mecânica.
Esta novidade provoca a impressão, ao conduzir o modelo automático, de que o motor tem maior capacidade cúbica, lembrando em certos momentos um 6 cilindros. Esta estratégia é comandada pela ECU e não é utilizada a todo o momento, pois a consequência é o aumento excessivo da temperatura do fluido hidráulico. A própria ECU identifica a temperatura e se estiver no limite imposto pelos engenheiros da Citroën, a estratégia de patinação não é mais adotada, até que o fluído volte à temperatura que permita seu início novamente.
O manual de manutenção da Citroën afirma que o fluído hidráulico contido na transmissão AL4 possui vida útil “eterna”, onde a troca não é necessária, salvo se houver a necessidade de alguma intervenção corretiva. Ele é produzido pela Esso e está disponível em toda a rede autorizada da marca. A especificação é: ESSO LT71141 PENTOSIN ATF1, num total de 6,7 litros (incluindo conversor de torque). Denominado de Tiptronic System Porsche, esta caixa integra além do mecanismo automático, a possibilidade de um modo manual, graças a um comando de velocidades seqüencial. O modo manual ou seqüencial oferece ao motorista a livre escolha da passagem das velocidades.
Motor
Tanto o motor 1.6 quanto o 2.0 são também velhos conhecidos do reparador, porém aptos a rodar com álcool e gasolina.
O motor 1.6 16V Flex (TU5JP4), com 1.597 cm³, disponibiliza 110 cv quando utilizado com gasolina e 113 cv quando utilizado com álcool, sempre a 5.600 rpm. O torque máximo é alcançado a 4.000 rpm – 14,5 kgfm com gasolina, 15,8 kgfm com álcool.
O motor 2.0 16V Flex (EW10A), gera 143 cv quando utilizado com gasolina e 151 cv quando utilizado com álcool, sempre a 6.000 rpm. O torque máximo é alcançado a 4.000 rpm – 20,3 kgfm com gasolina e 21,6 kgfm com álcool. O destaque fica por conta do comando de admissão variável. Com este sistema, cerca de 85% do torque máximo (17,3 kgfm) está disponível a apenas 2.000 rpm. Além disso, utiliza acelerador eletrônico, o que garante maior suavidade e precisão de funcionamento, a favorecer a redução das emissões de gases poluentes.
Suspensão
Na dianteira, é formada por rodas independentes, eixo tipo McPherson com braços inferiores triangulados, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Na traseira, é formado por rodas independentes, eixo traseiro com braços estendidos, travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora.
Plenamente adaptado ao Brasil, o C4 é 10 mm mais alto que o C4 europeu, o que facilita a passagem sobre valetas, lombadas e irregularidades do solo. As configurações de amortecimento também foram adaptadas de maneira a otimizar a síntese entre o conforto e o comportamento do veículo. As condições para a boa dirigibilidade são completadas pelos pneus Michelin Energy 205/55 R16 (opcional na versão de entrada 1.6 GLX).
Coeficiente aerodinâmico (Cx)
Seguindo o estilo Citroën nas linhas e proporções, o C4 também faz jus à marca em um de seus valores tradicionais: a aerodinâmica. Ela resulta de um trabalho aprofundado no C4, o que permitiu obter um Cx de apenas 0,29 (pois quanto menor o número apresentado, melhor a capacidade de vencer a resistência do ar). Este valor proporciona conforto acústico e redução de consumo de combustível e emissões, e foi obtido graças à criação de uma silhueta particularmente fluída, caracterizando-se pela altura limitada (1,46 m), pára-brisa formando continuidade do capô, teto longo com caimento para trás, flancos fechando-se para trás, retrovisores tipo bandeira, painéis aerodinâmicos (que deixam a parte de baixo da carroceria mais lisa), aerofólio traseiro alongando ao máximo o final do teto, para-lamas que envolvem as rodas para canalizar as correntes de ar e limpadores de pára-brisa dianteiros integrados no final do capô para evitar perturbações aeráulicas. Foram instalados também equipamentos externos para facilitar o escoamento do ar.
Volante com o cubo central fixo
O volante com comandos centrais fixos agrupa ao alcance da mão as principais funções de conforto e de ajuda à direção. Esta disposição ergonômica – que privilegia a simplicidade de utilização dos comandos – favorece o prazer de dirigir e aumenta a segurança, já que permite a utilização de um airbag para o motorista com formato otimizado que, em caso de disparo, estará na posição de melhor performance possível, a centralizada.