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A Abeiva – Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores divulgou o desempenho até fevereiro de 2010 sobre a comercialização e emplacamento de veículos importados, sendo estes, pertencentes somente a empresas independentes e que não possuem correlação a fabricantes com plantas instaladas no Brasil.
Apesar de todas as dificuldades foram emplacadas 5.596 unidades em janeiro e 6.640 em fevereiro, números que representam alta de 212,7 % em relação à igual período de 2009. Vale lembrar que o acumulado é proveniente das 22 empresas inclusas no grupo, como por exemplo, Audi, Bmw, Chrysler, Jaguar, Kia, Land Rover, Porsche, Volvo, entre outras.
Conduzida pelo presidente da entidade e também da Kia Motors do Brasil, José Luiz Gandini, a busca pelo equilíbrio sobre o recolhimento de impostos praticado pelo governo nacional e condições mais justas para a comercialização do segmento foi o pilar da apresentação, e continua a ser o desejo mais latente em seu 4º mandato consecutivo no cargo.
Segundo Gandini, atualmente o importador é um vendedor de impostos e não de carros, em menção as altas cargas tributárias as quais são recolhidas a cada venda. “Hoje o Brasil cobra a maior taxa de impostos do mundo, e competir com empresas que gozam de acordos entre países como o México (que possui isenção da alíquota inicial de importação), Mercosul, entre outros, passa a ser um cenário desleal. A alíquota inicial de 35% é a primeira de uma cascata de impostos a qual temos de amargar. Agora com a retaliação do Brasil contra os Estados Unidos, este montante poderá alcançar 50% quando a origem do veículo for norte americana.”, diz o presidente da Abeiva.
Gandini também ressaltou que o importador de veículos não deve ser visto como um vilão no segmento de veículos, devido principalmente a quantidade expressiva de empregos diretos gerados e do valor pago ao governo em forma de impostos. Até o final de 2010 após a implantação de mais de 80 concessionárias de automóveis importados pelo Brasil afora, o número de pessoas que dependerão do setor chegará a quase 10 mil. Quanto aos impostos, o valor arrecadado irá superar os R$ 2 bilhões. “Com esse quadro diretivo, pretendemos atuar fortemente junto ao Governo Federal, no sentido de diminuir a distância entre os carros com e sem alíquota de importação. O Brasil vai importar este ano cerca de 500 mil unidades, das quais a Abeiva vai representar pouco mais de 15%. O restante vem da Argentina e do México, com alíquota zero e isso é muito injusto”, analisa.
Para 2010 a previsão esperada de crescimento da categoria é de 69%, ante 2009. Segundo Paulo Kakinoff, vice-presidente da Abeiva e presidente da Audi do Brasil, “esta projeção é absolutamente conservadora, onde certamente iremos superá-la. Esperamos que o governo ouça nossas reivindicações, pois o Brasil atualmente é o 4º maior mercado consumidor de automóveis do mundo e as políticas protecionistas criadas ha mais de duas décadas precisam ser revistas. Não faz mais sentido manter estes patamares de impostos, pois os importados não chegarão a roubar mercado dos modelos nacionais, pois as fábricas inclusive não possuem escala para atender a demanda, mesmo que isso ocorresse.”