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Ford Fairlane, um modelo intermediário que conquistou muitos admiradores ao redor do planeta


Produzido durante 15 anos, o Fairlane foi uma das linhas mais importantes e completas da Ford nos Estados Unidos, e conquistou fãs também na Austrália e Argentina

Da Redação
03 de maio de 2017

O ano de 1955 foi bastante agitado nas dependências da Ford Motor Company, isso porque naquela ocasião a empresa trazia duas boas novidades para seus clientes: a primeira tratava-se do Thunderbird, anunciado como um “carro pessoal”, que tinha como meta responder ao lançamento do Chevrolet Corvette, lançado dois anos antes. A segunda estreia da marca atentava-se para o nome Fairlane.

Denominado em alusão à Fair Lane, a elegante casa de Henry Ford em Deaborn, Michigan, cidade-sede da empresa nos arredores de Detroit, o novo modelo assumia característica de topo de linha da divisão Ford em substituição à série Crestline. A renovação da linha implicava em uma nova identidade visual com uma ampla grade dianteira, para-brisa envolvente, além de discretas aletas (rabo de peixe) nos para-lamas traseiros. E pela primeira vez a Ford oferecia os cintos de segurança como uma opção (não instalado na fábrica, mas sim com o serviço sendo executado pelas concessionárias). Também nesse ano era oferecido como opcional o sistema de ar-condicionado integrado ao painel.

Havia uma ampla gama de carrocerias que começava pela Club Sedan de duas portas, Crown Victoria, Tonw Sedan (único a ter quatro portas), Convertible e Sunline (ambos conversíveis). A versão Crown Victoria, um sedã hardtop de duas portas, tinha como atração o teto dividido em duas partes: a metade dianteira era toda feita em acrílico transparente e a segunda metade era em aço. Uma faixa cromada transversal ligava por cima as colunas centrais, daí o nome Crown, coroa em inglês. Ainda que interessante a versão com a acabamento luxuoso e pintura em dois tons não obteve sucesso e logo sairia de linha após dois anos de lançado.

A gama de motores era enxuta para 1955, os Fairlanes eram oferecidos com dois motores: o seis cilindros em linha, 223 pol ³ (3,7 litros) de 120 cv e o inédito V8 de “bloco pequeno” da série Y, de 272 pol³ (4,5 litros), com 162 cv ou 182 cv. Tanto o câmbio manual quanto a caixa automática Ford-O-Matic dispunham de três marchas, sendo que o automático oferecia o novo recurso do kick-donw: bastava acelerar até o fim do curso para reduzir uma marcha.

Para a linha 1956 havia a novidade do Town Victoria, modelo hardtop de duas ou quatro portas que, juntamente com o novo Victoria Customline de duas portas hardtop, foram destinados a competir com o Chevrolet Bel Air e Plymouth Belvedere. No visual havia nova grade, as lanternas traseiras foram ampliadas e o sistema elétrico passou a ser de 12 volts. Os motores ficaram mais potentes. O seis em linha passava oferecer 137 cv. A linha Y ganhava a opção do 292 pol³ (4,8 litros), com carburador de corpo duplo e 200 cv, enquanto o topo de linha era o V8 de 321 pol³ (5,1 litros) que disponibilizava 215 cv.

No ano seguinte vinham mudanças mais abrangentes. A carroceria foi toda redesenhada e tinha uma clara inspiração nos modelos Lincoln. Entre os destaques havia um novo chassi que permitiu um ganho no comprimento e na largura, ao mesmo tempo que altura total diminuía em 7,5 cm, deixando o assoalho mais baixo. Uma infinidade de modelos e de acabamento foi introduzida, a começar com os modelos de base Custom, Custom 300, depois o intermediário Fairlane e topo linha Fairlane 500. Os dois modelos iniciais tinham uma distância entre-eixos de 2,94 metros, quando o Fairlane e modelo 500 tinham entre-eixos de 2,99 m. Vale ressaltar que o chassi curto serviu de base para o lançamento da picape Ranchero, em 1957. 

Outra novidade dessa linha era o modelo 500 Skyliner: ao invés de trazer uma capota confeccionada em lona, havia um teto rígido (de aço) retrátil, que por um complexo mecanismo era guardado sob a tampa do porta-malas, esta aberta em sentido contrário ao do acesso à bagagem. O mecanismo de rebatimento do teto incluía três motores elétricos, 10 relés e 182 metros de fio. O acionamento se dava por um botão, na coluna de direção, câmbio no ponto-motor, a tampa erguia-se, o teto levantava, a parte dianteira dobrava-se e todo conjunto era guardado no porta-malas.

Quanto à motorização o destaque da linha 1957 era a opção do Special 8V – alusão aos dois carburadores quádruplos – com 270 cv, esse trem de força também podia receber um compressor McCullough/Paxton, que liberava 300 cv. Havia também mais potência para os motores de 4,5 litros que passavam a debitar 190 cv e no 4,8 litros com 212 cv.  

Em um levantamento feito pela revista Popular Mechanics de março de 1957 com os proprietários de Ford Fairlane, apenas 6,2% deles haviam feito o pedido dos cintos de segurança às concessionárias. No campo mercadológico este modelo foi muito bem sucedido, sendo o carro mais vendido na América, ultrapassando a arquirrival Chevrolet pela primeira vez desde 1935.

No ano seguinte mudanças estéticas foram acrescentadas como a adoção dos duplos faróis, um visual dianteiro claramente inspirado no Thunderbird e na traseira grandes lanternas horizontais. A caixa automática Ford-O-Matic, ainda de três marchas, ganhava um sistema de retenção que facilitava arrancar em subidas, o que dispensava o uso do freio. Exclusiva do modelo Fairlane 500 era a suspensão traseira com molas a ar – opção que durou somente nesse ano-modelo.

MUDANÇA DE CLASSE
O Fairlane aderia à tendência por estilos mais sóbrios na década de 1960. Nesse período Detroit apostou em desenhos mais contidos, e o modelo da Ford seguia essa receita com para-brisa e vigia traseiro menos envolventes, quatro faróis, lanternas traseiras em forma de meia lua e uma saliência que ligava os para-lamas dianteiros aos de trás. Com a chegada do Falcon, para o segmento de compactos, a Ford pode remanejar sua linha de carros de passeio, assim o Fairlane era reposicionado à categoria de intermediário, acima do Falcon. Um quadro comparativo exemplificava bem essa mudança dentro do portfólio da Ford: Falcon tinha 2,78 metros de entre-eixos e pesava 1.065 kg, já o novo Fairlane media 2,93 m e 1.270 kg respectivamente e o Galaxie ostentava 3,02 m e 1.700 kg.

Essa geração do Fairlane também trazia a construção monobloco que havia aparecido em seu irmão menor Falcon e emprestava também seu motor de seis cilindros em linha de 170 pol ³ (2,8 litros), de 101 cv como opção de entrada. O leque de motores seguia com outro seis cilindros em linha de 223 pol³ com 138 cv. A novidade ficava para o compacto motor V8 de 221 pol³ (3,6 litros) e 145 cv. Um motor V8 mais potente só chegaria alguns meses depois, tratava-se do Challenger de 260 pol³ (4,3 litros) e 164 cv. Nessa geração a Ford conseguiu manter as boas vendas do modelo, superando suas compatriotas Chevrolet (com o Chevelle) e Dodge (Dodge 880).

ALTO DESEMPENHO
Em 1963 uma pequena mudança visual na dianteira foi feita, lembrando um pouco o Galaxie. As boas novas estavam debaixo do capô: o modelo 500 tinha a escolha do motor Challenger High Performance V8, conhecido como Hi-PO-de 289 pol³ (4,8 litros), que fornecia 271 cv com carburador de corpo quádruplo e peças internas como pistões e comando de válvulas especiais. Este trem de força foi codificado com a letra “K”. A identificação externa foi feita por emblemas “V” montados no para-lamas dianteiros que diziam “289 High Performance”.

No ano seguinte novos faróis, grade e capô foram introduzidos. Nas laterais traseiras o discretos rabos de peixe foram abolidos e as lanternas traseiras estavam redondas, lembrando turbina de foguete. No interior havia agora opção de bancos dianteiros individuais e o volante trazia o inédito sistema “Swing-Away”, que corria para a lateral direita, facilitando a entrada e saída do motorista. A gama de carrocerias do Fairlane consistia nos estilos: Fairlane Base e Fairlane 500 cupê de duas portas e sedã de quatro portas, Fairlane 500 e Sport Cupê de duas portas hardtop. A linha de motores foi reposicionada e saiu de cena o motor V8 3,6 litros, deixando os seis cilindros como o motor padrão. Havia agora duas opções do motor 289 V8: uma de 195 cv, com carburador de corpo duplo, e outra com 225 cv e carburador quádruplo. Já versão código “K”, de 271 cv ganhou escapes duplos.

COMEÇO DO FIM
Uma carroceria totalmente nova era apresentada em 1966, para a linha Fairlane. Seguia o mesmo visual lançado no Galaxie de 1965, no qual os quatro faróis vinha sobrepostos dois a dois, ladeados por uma ampla e chamativa grade cromada. Nas laterais próximo à coluna C uma discreta ondulação conhecida como “garrafa de coca-cola” fazia o desenho estar de acordo com o padrão estético dos carros de Detroit. As lanternas traseiras tinham posição vertical e lembravam também as usadas pelo Galaxie.

Os pacotes de acabamento XL, GT e GTA foram introduzidos, bem como um conversível para se juntar à gama existente de sedãs, hardtops e peruas. Nesse ano foi apresentado o inédito motor V8 de 390 pol³ (6,4 litros) em três níveis de potência: 275, 315 e como opcional para o GT, 355 cv, obtidos com adição do carburador quádruplo e comando de válvulas especiais.

Em 1968, o Fairlane passava o bastão para modelo Torino dentro portfólio da Ford. Com 5,10 metros de comprimento e 2,94 m de entre-eixos, exibia linhas imponentes e cinco versões de carroceria: fastback e hardtop de duas portas, hardtop de quatro portas, conversível e a perua Squire. Na linha de motores a novidade era o novo motor 302 pol³ (4,95 litros) de 210 cv, que tempos depois seria oferecido aqui no Brasil no Maverick GT. O carro foi batizado após a cidade de Turim (Torino, em italiano), ser considerada “a Detroit italiana”.

Em 1970 o Fairlane despedia-se de vez da linha de produção nos Estados Unidos. Durante seus 15 anos de carreira comercial o modelo ofereceu motores vigorosos, uma ampla gama de carrocerias e carros que souberam escrever a história da Ford fosse pelo conforto ou desempenho. Essas boas características também foram oferecidas aos Fairlanes produzidos na Argentina entre os anos de 1968 a 1973. Já na Austrália o modelo teve uma vida mais longeva. Na terra dos cangurus o Fairlane permaneceu em linha entre 1959 e 2007.

PAIXÃO PELOS CARROS MADE IN USA
Em 1964, a Ford Motor Company dos Estados Unidos produziu um total de mais de 277 mil unidades do modelo Fairlane, divididos entre as versões sedã de duas e quatro portas, sedã de duas e quatro portas hardtop, perua e conversível. Desse total o sedã Fairlane 500 de quatro portas vendeu sozinho 86 mil unidades, segundo o site My Classic Garage. Nesse ano um desses carros atravessou o oceano Atlântico aterrissando em terras verde e amarelo. Vale lembrar que a Ford do Brasil só viria a produzir seu primeiro carro de passeio, o Galaxie 500, em 1967. Logo quem desejasse um automóvel Ford tinha que partir para os importados à venda por aqui

Trata-se do Ford Fairlane 500 1964 vermelho perolado do comerciante Anderson Faria Guedes. Atuando há 30 anos no comércio de compra e venda de carros, Faria aprendeu a gostar e a trabalhar com carros por influência de seu pai. “Aprendi a gostar de carros e tornar isso uma profissão com meu pai em 1987, pois ele tinha uma loja de veículos”, diz

O Fairlane 500 que ilustra a reportagem foi pego durante uma troca por um outro veículo. Anderson, que é um apaixonado pelos carros Made in USA, tem em sua garagem um Plymouth Barracuda 1967, Dodge Dart cupê 1972 e um Opala cupê 1976. Ele diz que o Fairlane chama muita atenção por onde passa já que é um modelo pouco conhecido e a cor da pintura é outro diferencial. Por outro lado, ele ressalta gostar mais dos modelos norte-americanos de duas portas aos de quatro portas. “Eu me identifico mais com os cupês norte-americanos de duas portas, tanto que tenho um Chevrolet Impala 1960 nessa configuração”, explica o comerciante.

Nesse tempo em que está com o comerciante foi somente preciso refazer a pintura que já estava desgastada pelo tempo. O motor também teve a parte estética melhorada, aliás a parte mecânica é outro ponto a favor do carro. “O motor V8 é atração desse carro, tem um bom desempenho mesmo sendo automático, além do que esteve presente em alguns modelos do Mustang”, ressalta Guedes.

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