O profissional Edilson José da Silva teve o primeiro passo na carreira de reparador independente encorajado pelo pai: “eu comecei em oficinas com 11 anos de idade. O meu pai tinha uma preocupação com o futuro dos filhos. Não queria deixar os filhos na rua e quis encaminhá-los numa profissão”, contou Silva. Ele que, à época, pouco entendia de mecânica, começou com serviços de funilaria: “meu pai nunca mexeu com nada de mecânica, ele era funcionário da prefeitura de São Paulo na área de saúde. A opção mais fácil que ele tinha foram as oficinas do bairro onde eu morava, pois lá não tinha muito comércio nem indústria. O que havia eram algumas oficinas mecânicas. Eu comecei nessas oficinas, ajudando a fazer consertos de funilaria e pintura. E isso já foi um ótimo começo, por que era preciso aprender a montar e desmontar, além de mexer com ferramentas”, relata Edilson.
O reparador nos conta com quais veículos começou a trabalhar, primeiramente: “naquele tempo eu mexia com Fusca, Brasília, Kombi, etc. eram carros bem simples.”
Quando completou 17 anos, Edilson José da Silva resolveu alçar voos maiores: “fui trabalhar numa oficina em Moema, mais moderna e sofisticada, com ferramental mais apropriado”, falou o reparador. E foi assim que Silva passou a evoluir na profissão. “Comecei a fazer cursos. Eu fiz o primeiro treinamento de injeção eletrônica, depois do lançamento do Volkswagen Gol GTi. Fiz o curso em uma escola na Avenida Paulista, que se chamava Impacta. Esse foi o primeiro que fiz e não parei mais”, relembra Silva.
Edilson José da Silva saiu da oficina de Moema quando tinha 25 anos. “Antes de montar a minha própria oficina eu fazia uns ‘bicos’ em casa. Depois de um certo tempo e de experiência, eu vim para o salão comercial do meu pai, que ele alugava, e comecei a trabalhar na minha própria oficina: Auto Técnica Lincoln. Hoje somos eu, meu irmão e mais dois funcionários.
De acordo com ele, que conheceu o Fórum Oficina Brasil através do jornal, o site de colaboração é extremamente importante para quem atua na área: “o Fórum ajuda muito tanto nas informações que recebemos como na previsão dos futuros problemas que receberemos nas nossas oficinas”, alerta Silva. “Quando eu comecei não tinha informação disponível, a única forma de aprender era com os mais velhos. Não havia tecnologia para fazer pesquisas, era na raça que o sujeito aprendia”, afirma Silva.
Logo que fez seu cadastro, o que mais chamou a atenção de Edilson José da Silva foi o engajamento dos inscritos: “o que eu mais gostei no Fórum, logo no início, foi ver a participação das pessoas e integrantes muito capacitados, tanto na mecânica quanto na elétrica. Isso ajuda bastante. A diferença entre os cursos e o Fórum Oficina Brasil é que nos treinamentos nós aprendemos a teoria, e no site de colaboração, vemos a prática. E é justamente essa a importância do Fórum, porque ninguém aprende a resolver os problemas do dia a dia com o que aprende na escola, apenas com a teoria. É só com trabalho duro e com o site de colaboração que conseguimos resolver todos os casos”, explica.
“O Fórum Oficina Brasil, para quem está começando na reparação independente, é muito bom. Dá para aprender com as perguntas dos outros, é uma escola de mecânica. Não tem como não aprender”, finaliza o reparador.