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Valeo aposta em treinamento para a conquista do sucesso


O cotidiano de uma oficina mecânica nunca esteve tão dinâmico e exigente, logo os reparadores necessitam lidar com problemas jamais vistos na infinidade de modelos de veículos existentes atualmente

Por: Da Redação - 21 de maio de 2010

O instrutor da Valeo Robson Ferreira observa os participantes do treinamento  que puderam colocar em prática todos os ensinamentos obtidosPensando em oferecer soluções aplicáveis na prática, a fabricante autopeças Valeo realizou em abril mais um treinamento técnico sobre sistemas de embreagem, ministrado pelo gestor da qualidade da empresa e instrutor técnico, Robson Ferreira, em espaço cedido pela Mecânica do Gato, de propriedade do empresário e membro da diretoria do Sindirepa-SP, César Samos.

Na ocasião pude conferir alguns macetes para que a troca da embreagem não se torne um pesadelo dentro da oficina. 

O veículo utilizado como ‘sala de aula’ foi um Volkswagen Santana 2.0 ano 2000.

Sob as orientações e olhar atento de Robson, efetuamos a remoção da caixa de marchas, análise dos componentes, limpeza, instalação de uma nova embreagem Valeo e remontagem. Durante a prática os ensinamentos foram sendo repassados gradativamente “e desta maneira o reparador jamais esquecerá as premissas para a correta execução deste tipo de serviço”, comentou o gestor.

Este treinamento prático torna-se fundamental para o aperfeiçoamento do profissional ligado a oficina e que deseja incrementar a qualidade de seus serviços.

Na prática
Para que a troca de uma embreagem seja realizada com sucesso e sem retrabalho, em primeiro lugar temos que ter bom senso.

Por exemplo: Ao trocar um kit em um veículo com apenas 20 mil km rodados, ou acima dos 100 mil km, alguns cuidados diferentes deverão ser atentados.

No primeiro caso sugiro primeiramente conversar com o condutor, ou até mesmo andar como passageiro e prestar atenção ao modo como esta pessoa dirige, pois esta quilometragem é precoce para a troca do componente. Caso a condução esteja perfeita, uma revisão completa do sistema de acionamento deverá ser efetuada, quanto à dificuldade do retorno de fluído ao desacionar o pedal ou cabo excessivamente regulado (enforcado), etc.

No segundo caso será necessário orientar o cliente que não apenas o kit de embreagem deverá ser trocado (platô, disco e rolamento), mas sim que outros componentes também poderão apresentar final de vida útil. Faça uma revisão geral de todas as peças satélites, como pedal de acionamento, cabo de acionamento ou atuador hidráulico, buchas do garfo (quando equipado), coxins do motor e câmbio (quanto a rupturas), regulagem do trambulador, troca preventiva do óleo da caixa de marchas, etc.

Inscrições
Para os interessados em participar deste tipo de evento, a Valeo colocou a disposição do mercado uma série de palestras e treinamentos sobre as diversas linhas de produtos produzidas pelo grupo. Como exemplo, podemos citar alguns temas como climatização, sistemas de iluminação, sistemas modulares e de segurança, entre outros.

Para mais informações acesse www.valeo.com.br ou ligue 0800 012 15 11.

Dicas
- Sempre que trocar o kit de embreagem (platô, disco e rolamento), lembre-se de contemplar também o cabo de acionamento, garfo e buchas (quando equipado), ou o atuador hidráulico / cilindros mestre e escravo.

Amauri Cebrian Domingues Gimenes é proprietário da Vicam Centro Técnico Automotivo e membro do Conselho Editorial do jornal Oficina Brasil desde 2009. vicam.amauri@yahoo.com.br
- Para saber se o cabo de embreagem está em boas condições de uso, com ele em mãos deixe-o em formato de ‘8’. Em seguida empurre e puxe o cabo interno de aço e verifique a resistência ao deslocamento. Em caso de ‘dureza’, troque por um original ou paralelo de marca conhecida no mercado.

- Evite lubrificar o eixo piloto com excesso de graxa. Lembre-se que o estriado do disco de embreagem percorre apenas algo em torno de 10 mm sobre o eixo. Utilize apenas graxa do tipo grafitada ou com bissulfeto de molibdênio na composição. Evite graxa a base de sabão de lítio, que poderá ocasionar oxidação nas partes metálicas com o passar do tempo.

- Ao trocar a embreagem, remova o volante do motor sempre que houver marcas escuras ou quando a superfície estiver ligeiramente ‘espelhada’. Encaminhe-o para uma retífica que possua o rebolo com pedra. Evite retificá-lo em tornos.

- Verifique as molas de retorno do platô, localizadas na lateral do mesmo. Os veículos da linha leve geralmente possuem três delas. Caso uma delas esteja empenada, significa que a montagem não deverá ser efetuada. Os sintomas mais comuns apresentados por esta avaria são dificuldade de engate e trepidação ao arrancar com o veículo.

- Efetue a montagem do cambio somente com o auxílio do macaco hidráulico, para evitar danos às molas membranas do platô e as estrias do eixo piloto.