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Parte 1 - curiosidades da tecnologia: o dinamômetro


Este instrumento de aferição possui o conceito de funcionamento muito mais simples do que podemos imaginar

Por: Arthur Gomes Rossetti - 19 de outubro de 2009

Este instrumento de aferição possui o conceito de funcionamento muito mais simples do que podemos imaginar. Basicamente ele compara a força exercida por um objeto no espaço em relação a um ponto fixo de partida. O tipo mais primitivo de dinamômetro é o de carga, utilizado inicialmente como balança.

Ele consiste em uma mola calibrada (em acordo com a função escolhida), sendo que uma das extremidades é fixa e a outra móvel, a fim de comparar com o auxílio de uma escala graduada os valores obtidos. No caso da balança, o resultado pode ser obtido em gramas (quando de precisão), libras ou quilogramas.

Existe também o do tipo eletrônico, que utiliza o conceito de funcionamento semelhante ao mecânico, porém com sensores no lugar da isolada mola.

Com o pontapé acima, os engenheiros desenvolveram a versão automotiva.
Disponível inicialmente apenas nos laboratórios técnicos das montadoras de automóveis e fabricantes de autopeças, o equipamento se popularizou nos últimos dez anos e agora pode ser encontrado nas oficinas mecânicas de alto nível de todo o Brasil.

Ele oferece diversas opções de aferição, dentre eles os valores de potência, torque, aceleração de 0 a 100 km/h, velocidade máxima, eficiência de frenagem, plena carga, simulação de circuito (considerando aclives e declives), afinação de motores preparados, entre outras possibilidades.

Podemos dividir os modelos automotivos mais usuais como o de bancada e o de rolo.

Dinamômetro de bancada

Este tipo de dinamômetro é mais utilizado pelas montadoras de automóveis ou fabricantes de autopeças, visto ele ser conectado diretamente ao volante do motor, ou seja, todos os periféricos necessários ao perfeito funcionamento como por exemplo, sistema de alimentação (incluindo tanque de combustível e bomba elétrica), sistema de escapamento, arrefecimento, entre outros, são fixos e pertencem a própria sala de testes.

Esta versão também permite aos técnicos simular aclives ou carga, pois o dispositivo de acoplamento possui um freio que pode ser hidráulico ou eletromagnético e atua sobre o volante de motor. Neste caso o motor deverá estar fora do veículo.

Dinamômetro de rolo
Este tipo é conhecido também como dinamômetro plataforma ou chassis é o mais utilizado nas oficinas mecânicas devido à facilidade em efetuar a aferição. Ele é fixado ao chão e consiste na união de rolos (que podem ser simples ou duplos), sensores, chicote elétrico, freio eletromagnético (opcional) e computador.

Não é preciso remover o motor, tampouco alguma alteração nos componentes a ele pertencente. Basta posicionar o veículo sobre os rolos, amarrá-lo em pontos estratégicos a fim de evitar que saia do equipamento e manter as rodas a girar em determinada RPM constante (para calibrar o aparelho). Em seguida as rodas são freadas a zero km/h. A partir daí “tome marcha pra cima”, chegando na 3ª (no caso das transmissões automáticas de 4 velocidades) e 4ª marcha no caso das de 5 velocidades (seja automática ou mecânica). Neste momento o veículo é mantido a 2000 RPM e após o “ok” do computador, o condutor “pisa na tábua”, até a rotação de corte. Em seguida o veículo é desengatado e o equipamento coleta as informações geradas no comportamento da “puxada”.

Através da velocidade, carga e força as quais os rolos são movidos, os sensores abastecem o computador através do chicote elétrico e informa as condições resultantes da aferição, conhecida também como “puxada”. O computador por sua vez desmembra os cálculos e entrega através de um gráfico os valores obtidos.

Existe também o modelo destinado a veículos com tração 4x4; para motocicletas e automodelos radio controlados, os quais utilizam o mesmo princípio de funcionamento do automotivo, porém com dimensões menores.

Hora da verdade
No caso de motores preparados para alta performance, alguns indivíduos ainda insistem em acreditar que o total de dinheiro gasto debaixo do capô será diretamente proporcional ao resultado de potência e torque nas rodas. Isso não é verdade e o “dino” (apelido do equipamento nas oficinas) poderá fazer com que a “máscara” daquele proprietário que adora contar vantagem nas rodas de amigos não somente caia, mas despenque!

A oficina mais recente a integrar o conselho editorial do jornal Oficina Brasil é a Esther Turbo, localizada na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. O proprietário, Antonio “Tonicão” é o representante oficial em nosso país da Dynomet, fabricante dinamarquesa de dinamômetros e fornecedora para diversas montadoras de automóveis. Para aquisições ou locações, entre em contato no (11) 2942-9441 ou acesse www.estherturbo.com.br.