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Renault Captur Bose é o SUV com sistema de som sofisticado e mecânica de fácil manutenção


Derivado da plataforma do Renault Duster, tem boa altura em relação ao solo, suspensão confortável e vem equipado com conjunto composto pelo motor e câmbio que já são bem conhecidos pelos mecânicos

Antônio Gaspar de Oliveira
04 de dezembro de 2022

A fabricante de veículos Renault tem um bom histórico desde a sua fundação em 1899, passou por evoluções e parcerias que fortaleceram e consolidaram a marca. Tem participação acionária do governo francês, alianças com montadoras como a Nissan, Mitsubishi, Volvo e Dacia.

Com atividades na Argentina desde 1960 e no Brasil como Renault Gordini no mesmo ano, fabricava em parceria com a norte-americana Willys Overland os modelos Dauphine e Gordini até 1968, quando a Ford comprou a Willys e juntas a Renault e a Ford desenvolveram o Ford Corcel em 1968. 

Desde esta época, a Renault teve sucesso com o motor muito conhecido pela eficiência e economia, se destacando ainda com uma sobrevida com a versão CHT (High Turbulence Combustion) que equipava inclusive os carros da Volkswagen e Ford durante a fase da Autolatina.

O Brasil impôs restrições na década de 1970, quando foi impedido o comércio de veículos importados no mercado interno e como a Renault ainda não tinha fábrica no território nacional, foi obrigada a se retirar do país.

Passadas duas décadas, em 1992, a Renault foi a primeira montadora a retornar para o Brasil como importadora e em 1998 foi inaugurada a sua fábrica de automóveis no território nacional, na cidade de São José dos Pinhais, no Estado do Paraná.

Voltando agora para 2021, o modelo Captur, equipado com motor 1.6 SCe de 16 válvulas com comandos acionados por corrente e câmbio CVT de 6 marchas (simuladas), traz tecnologias que envolvem a Renault, Nissan e Dacia.

Traz apelos modernos no desenho, conectividade e um sistema de som avançado que deu o nome ao seu modelo, Captur Bose.

Para o exigente conhecedor de áudio, a marca Bose representa o que há de mais sofisticado na qualidade de som.

Tem amplificador digital de sete canais com equalização exclusiva, tweeters de 25mm com ímã de neodímio no painel dianteiro, woofers de165mm nas portas dianteiras e alto-falantes de 130mm com ímã de neodímio nas portas traseiras, além de um subwoofer de 150x230mm, também com ímã de neodímio e tecnologia exclusiva BOSE Fresh Air Subwoofer no porta-malas, em posição que não diminui o espaço para bagagem. O Subwoofer Bose Fresh Air (FAS) tem a estrutura montada fora da cabine e teve uma redução elevada no seu tamanho para proporcionar mais espaço no porta-malas. Ele também permite um aumento de dez vezes na pressão do som na faixa de frequência ultrabaixa, reproduzindo sons abaixo de 60 Hz que os subwoofers regulares não podem atingir. 

Vamos saber mais sobre o Captur durante as visitas nas oficinas que fizeram a avaliação, que teve início no bairro da Água Branca na zona oeste de São Paulo, na oficina Studio Car, onde fomos recebidos pelo Reinaldo, que ficou até surpreso pela oportunidade de conhecer o carro e dar a sua opinião sobre a manutenção. Com uma boa estrutura, a oficina conta com o apoio da Bosch Car Service e possui uma clientela bem diversificada e também muitas empresas utilizam os serviços oferecidos pela oficina. Locadoras de veículos é um exemplo de empresas atendidas pela oficina e inclusive o Reinaldo comentou que já tinha realizado serviço em um Captur em que teve que substituir os coxins dos amortecedores dianteiros que não resistem mais que 20 mil km.

Outro destaque da oficina foi a conquista do prêmio Arval em 2018, ficando em primeiro lugar. A Arval é uma empresa especializada na terceirização de frota e possui mais de 20 mil veículos à disposição pelo Brasil. Logo que a Bosch ficou sabendo da premiação, providenciou uma placa comemorativa elogiando o trabalho feito pela Studio Car. O Reinaldo é um profissional que acumulou vasta experiência durante a sua carreira, passando pela rede de concessionárias das maiores montadoras de veículos do país, até montar a sua oficina. 

A segunda oficina visitada foi a DoCar no bairro da Pompéia em São Paulo e lá estava o Renato que nos atendeu muito bem e ele tem um bom motivo para lembrar sempre do Jornal Oficina Brasil, o motivo está montado no meio da oficina e é um elevador que ele ganhou em um concurso há alguns anos no qual a melhor frase seria a vencedora. Como tinha acordado inspirado, elaborou a frase e a surpresa boa aconteceu, ele foi o vencedor. 

O Renato é um exemplo como muitos mecânicos, começou ajudando o pai na oficina desde os 15 anos, mas no início ele achava que não iria ser mecânico, tanto é que ele fez faculdade de educação física. Além da faculdade, ele também fez muitos cursos e o destaque está em deles realizado no Cefet-SP, ministrado pelo saudoso e competente professor Waldir, com apoio do Jornal Oficina Brasil. Como o tempo se encarrega de moldar e direcionar as pessoas, hoje ele tem a sua oficina construída do jeito que ele queria, bem equipada e com a ajuda de mais uma pessoa, ele segue firme na profissão de mecânico, não de professor de educação física. 

A terceira oficina foi no bairro de Pirituba também em São Paulo, onde o Carlos da Mecânica Gomes além de nos atender, aproveitou junto com o seu filho Lucas, para fazer um vídeo do Renault Captur que logo em seguida já tinha postado no youtube. Para quem chega na Mecânica Gomes, logo vê sobre o balcão de atendimento, um quadro com QR code que ao ser lido por um escaneador instalado no celular, direciona para os vídeos que eles produzem.

O Carlos tem formação em engenharia e na oficina consegue atuar em algumas áreas específicas como direção hidráulica utilizando laboratório próprio e fugindo um pouco da rotina da oficina mecânica, ele também faz manutenção em máquinas, principalmente empilhadeiras. Para este tipo de serviço, ele teve que montar uma oficina móvel utilizando uma pick-up com todas as ferramentas necessárias para executar os serviços fora da oficina.

O Lucas está fazendo faculdade de medicina veterinária, mas mesmo assim, ele ajuda o pai na oficina quando pode, por enquanto ele gosta das atividades na oficina, faz os vídeos e agora é só aguardar se ele vai preferir diagnosticar um carro ou uma vaca na fazenda, pois ele representa a quarta geração da família e desde o bisavô, seguem a tradição, sempre atuando na reparação automotiva. 

Primeiras impressões 

Antes de andar, o Carlos da Mecânica Gomes preferiu dar uma boa olhada por dentro e por fora para conhecer o carro.

Olhando de frente, logo notou as luzes diurnas de LED, no formato da letra C em volta dos faróis de neblina, que têm um detalhe interessante, acendem para ajudar na iluminação para o lado que a roda estiver esterçada, enquanto apaga a do lado oposto. Para quem não conhece esta função, pode até dizer que a luz do lado oposto está queimada. O acabamento interno também chamou a atenção do Carlos ao notar que os bancos são de couro e tem descança-braço articulado. Para ligar o carro não precisa de chave, basta estar com o chaveiro no bolso e apertar o botão start engine no painel, do lado direito da coluna de direção. O Renault Captur agradou o Carlos pela aparência moderna, que vai ao encontro do desejo dos clientes que querem carros novos e com aparência inovadora. 

Como o Reinaldo da Studio Car atende empresas de locação de veículos, teve a oportunidade de fazer um serviço neste modelo de carro, mas não foi o suficiente para conhecer com mais detalhes. Agora com mais disponibilidade para observar melhor os acabamentos interno e externo, sem deixar de perceber a facilidade ao entrar e sair do carro pela boa altura em relação ao solo, também comentou sobre o desenho atual do carro que demonstra que é grande, é imponente e agrada muito quando está sentado no banco do motorista.

A visão é bem ampla e alta, o volante ajustável tem boa posição para dirigir, o painel é bem completo com funções que facilitam a integração com celular utilizando o sistema multimídia com controles de fácil acesso no volante.

Os motoristas atuais estão sempre querendo mais, e às vezes não é a potência do motor que determina uma compra de um carro novo, mas o conforto e a conectividade podem ser os fatores que influenciam no importante momento da decisão da compra, concluiu o Reinaldo. 

Para o Renato, a primeira impressão é de um carro grande com pintura especial bicolor e o destaque do teto pintado em outra cor que chama a atenção ao andar pelas ruas. Este modelo em particular vem com apelo jovem combinando a pintura diferenciada com o sistema de som que instalaram, para o bom conhecedor de áudio, logo vai perceber que tem algo especial.

São detalhes que fazem diferença quando se compara com outro modelo que não tem esses requintes, que fazem o consumidor decidir pela compra pelos recursos que o carro oferece. A Renault se preocupou em também colocar rodas personalizadas e pneus de 17 polegadas para dar um destaque, além de proporcionar mais conforto e estabilidade, isso deixou o carro mais bonito e bem calçado. 

Ao volante

Consertar carros é a atividade principal do mecânico, mas dirigir um carro novo sempre gera uma expectativa e foi isso que o Reinaldo fez com o Renault Captur pelas ruas da Barra Funda. Para ele, o carro passa a sensação de conforto e para o público que gosta de um carro com um pouco mais de altura, o Captur atende prontamente. 

O Reinaldo observou que ao acelerar o carro a resposta é lenta e na opinião dele, isso ocorre devido a alguns fatores, o peso do carro, o motor de baixa cilindrada e o tipo de transmissão que não contribui para um melhor desempenho. É o típico carro de família que oferece espaço e conforto e para as oficinas, é um carro fácil de fazer os serviços pela mecânica já conhecida por boa parte de quem faz manutenção nos carros da marca Renault.

Falando em andar, o Renato logo foi dirigindo pelas ruas estreitas do bairro e comentou sobre a suspensão traseira que estava com um comportamento estranho e ele tinha toda razão para ter notado este detalhe no carro, mas falaremos sobre isso logo mais à frente.

Acelerando em uma subida, o Carlos também notou que o carro tem uma reação lenta, ou seja, você acelera, o carro fica pensando e depois reage de forma progressiva. O comentário foi: faz falta um câmbio mecânico, mas como tudo está mudando e o apelo do momento é o conforto, então é provável que a Renault pensou nisso e colocou este câmbio CVT que faz o motor gritar e depois começar a se mover. 

Fora isso, o carro é bem legal e pensando na manutenção, acreditamos que será fácil fazer os serviços neste modelo, pois a Renault mantém um certo padrão de mecânica nos carros dela e isso ajuda na hora de executar os serviços na oficina. 

Motor

O motor que equipa o Renault Captur é o 1.6 SCe – H4M, lançado em 2017 e a sigla SCe significa Smart Control Efficiency - Controle de eficiência inteligente.

O Renato ficou muito à vontade quando viu que o motor já era conhecido na oficina por ter feito alguns serviços básicos como a troca de filtro e óleo. Ele lembrou: tem que seguir o que fabricante do veículo recomenda, a especificação do óleo para este motor é 10W40 e a capacidade é de 4,2 litros (com filtro). Para fazer a troca do óleo, o Renato utiliza o elevador que facilita a remoção do protetor de aço do cárter para depois ter acesso ao próprio cárter que é construído em alumínio, mas tem um subcárter de chapa metálica na parte mais baixa para facilitar toda drenagem do óleo usado pelo dreno, quando o bujão é retirado.

O Carlos também é especialista em motores e na oficina há um cuidado grande com os virabrequins, que só são montados se forem novos ou no máximo na primeira retífica, montar um motor com virabrequim na segunda medida é muito arriscado, afirma o Carlos. Com o capô do Captur aberto, logo o Carlos verificou que o formato do coletor de admissão permite o acesso a apenas duas velas e bobinas e ignição, as outras duas do lado esquerdo do motor ficam encobertas pelo coletor, que tem que ser removido para completar o serviço de troca das velas. Com o coletor de admissão removido, já aproveita para verificar os injetores e assim o serviço fica completo, é assim que o Carlos gosta de trabalhar, procurando fazer um serviço por inteiro.

Na oficina Studio Car, o Reinaldo se orienta pelo plano de manutenção do carro e ele sabe que a Renault recomenda que o motor do Captur tenha manutenções periódicas a cada 10 mil Km, para manter seu bom funcionamento.

Por exemplo, aos 80 mil km tem a substituição do óleo e filtros, velas de ignição, correia de acessórios e fluido do sistema de arrefecimento. 

Para justificar a necessidade deste serviço, basta mostrar o plano de manutenção do próprio carro do cliente que ele vai entender e aprovar o serviço. O Reinaldo fez questão de mostrar que usa peças originais e por coincidência, ele estava trocando a embreagem de um carro da Renault e lá estava o kit composto pelo disco, platô e rolamento, pronto para ser instalado.

A capacidade do sistema de arrefecimento é de 4,5 litros, é recomendável adicionar dois litros de aditivo concentrado e completar o restante com água, preferencialmente desmineralizada. Também é possível utilizar o fluido de arrefecimento diluído, como ele já vem pronto e na diluição correta, bastar comprar a quantidade necessária para o completo abastecimento do sistema de arrefecimento do motor 1.6 SCe. Com o sistema abastecido, é importante conferir o nível do fluido no vaso de expansão, caso esteja abaixo, é só abastecer até que esteja no nível indicado.

Outra recomendação do Reinaldo é sobre os acessórios deste motor que são acionados por uma correia elástica (não necessita de tensionador) que, impulsionada pela polia do virabrequim, movimenta o compressor do ar- condicionado, o alternador e a bomba d’água. 

Câmbio

A Renault equipou o Captur com uma transmissão continuamente variável, CVT, e o comportamento desta transmissão é diferente do câmbio automático que ao mudar de marchas reais, dá um pequeno solavanco, as vezes é bem suave, quase imperceptível, coisa que o CVT não faz, como explica o Renato. Mesmo que no manual do carro informa que são 6 marchas virtuais, na verdade isso não existe porque dentro do câmbio CVT basicamente tem uma correia ou corrente e duas polias que variam o seu tamanho conforme a rotação do motor. 

Olhando no painel do carro é possível ver o indicador de marchas quando a alavanca do câmbio está na posição de troca de marchas manualmente. Dá para perceber que as trocas virtuais só acontecem quando a alavanca do câmbio é acionada para trás e a redução das marchas acontece acionando a alavanca para frente. Como o Renato é curioso, ele aproveitou para dar uma olhada por baixo do Captur e acabou descobrindo algumas coisas que não deveriam estar acontecendo em um carro de 2 mil km.

Assim que retirou o protetor do cárter, logo viu uma mancha de óleo entre o câmbio e o motor, e rapidamente passando o analisador digital (o dedo), cheirou e disse: é óleo do motor e só tem um componente que faz vazar óleo nesta região, é o retentor do motor, não é do câmbio. Brincando o Renato disse: aproveitando que o carro está no elevador, vamos trocar o retentor. Fora a brincadeira, foi uma situação inesperada para um carro novo e ele descobriu mais falhas que falaremos nesta matéria. 

Na avaliação do Carlos, o câmbio CVT tem a vantagem de ser confortável por não apresentar qualquer tranco nas trocas de marchas porque na verdade não há trocas de marchas, ele vai variando de forma contínua. Para o cliente que dirige um carro com este câmbio, só percebe que o carro vai avançando sem passar nenhuma indicação de troca de marchas, isso proporciona prazer e conforto ao dirigir. Para a oficina que tem foco na manutenção, é importante verificar o sistema de arrefecimento do câmbio e a troca do óleo que é recomendada pela própria Renault, com esse câmbio não dá para procurar outro tipo de óleo, de preferência tem que usar o óleo original. 

O Reinaldo também faz questão de usar peças originais da montadora na maioria dos carros, mesmo tendo uma margem reduzida nas peças, ele prefere ter tranquilidade sobre a qualidade dos componentes que são aplicados durante a manutenção. Isso se aplica no caso do óleo do câmbio CVT do Renault Captur, se tiver que fazer a troca, ele vai comprar o óleo na concessionária para ter tranquilidade e a certeza que o cliente vai rodar seguro, que não vai ter problemas com o óleo que foi trocado. 

Freio, suspensão e direção 

Nestes componentes o Renato já começou observando que o carro tem discos de freio nas rodas dianteiras e tambores nas rodas traseiras e justamente na suspensão traseira, foi que ele comentou que fez uma troca do eixo rígido igual ao do Captur que tem um formato de U invertido e com uma barra de aço soldada no seu interior. Segundo ele, o cliente chegou na oficina reclamando de um barulho forte que ocorria quando passava em lombadas ou depressões nas ruas, mas para chegar no defeito foi preciso muito trabalho e testes, a solução foi a troca completa do eixo, que é igual ao do Captur.

Novamente aproveitando a observação na suspensão traseira, o Renato, que estava motivado, encontrou um vazamento grande no amortecedor traseiro direito. Mais uma vez, isso não devia estar acontecendo com um carro de 2 mil km. Na opinião dele e sem querer falar mal do carro, mas o vazamento estava bem visível e na posição de um cliente que compra um carro novo, certamente ficaria muito aborrecido ao encontrar defeitos deste tipo. 

É comum fazer manobras de vários carros na oficina para racionalizar o uso dos espaços disponíveis e é neste momento que ocorre a percepção da eficiência do sistema de direção do carro. A referência fica entre um carro com direção mecânica e outro com direção elétrica e nesse meio ficam outros sistemas como a direção hidráulica e a eletro-hidráulica.

Quando o Carlos teve o primeiro contato com o carro fazendo manobras para sair da oficina, logo comentou que a direção poderia ser mais leve, mesmo já sabendo que o Captur utiliza um sistema com bomba elétrica.

O que mais preocupa o Reinaldo é a dificuldade na execução de serviços em alguns modelos de carros, não é o caso do Captur que herdou a mecânica de outros modelos da marca Renault. Para os mecânicos é ótimo porque mesmo tendo um carro novo na oficina, ao olhar por baixo, percebe-se que dá para fazer os serviços sem grandes dificuldades. O Reinaldo comentou que o carro deve ocupar o menor tempo possível dentro da oficina para que os espaços sejam bem utilizados, aumentando a produtividade dos serviços executados.

Elétrica, eletrônica e conectividade

Para vender um carro novo é preciso tem bons argumentos e os vendedores sabem utilizar muito bem os três itens: elétrica, eletrônica e conectividade, tudo isso é lindo para o cliente, mas para quem está na oficina, exige cuidados, conhecimento e equipamentos ade­quados para fazer os reparos que são necessários.

O Carlos sabe bem disso e às vezes o mecânico faz outra descoberta mesmo com toda preparação, pode surgir um problema na peça nova que foi o caso em que ele instalou uma sonda lambda disponível no mercado de reposição que não funcionou corretamente no Honda Civic. Como ele mesmo disse, não adianta ter equipamento bom e conhecimento sobre o sistema eletrônico do carro se a peça nova instalada não tiver qualidade, o problema vai continuar. Isso só foi um exemplo vivenciado pelo Carlos, mas serve de referência para todos os mecânicos e isso nos faz lembrar do que o Reinaldo faz na oficina dele quando decide por comprar as peças em concessionárias para ter a certeza que a peça aplicada vai funcionar.

Durante o teste pelas ruas do bairro da Pompéia, o Renato notou que o motor do Captur faz uma redução quando se tira o pé do acelerador, até parece que o carro está freando sozinho, mas isso tem uma explicação e não é mecânica, é elétrica. A Renault desenvolveu um sistema que faz o alternador carregar quando o motor não estiver sendo exigido, ou seja, quando estiver freando ou quando se tira o pé do acelerador, o sistema reconhece e ativa o alternador para carregar, isso dá a sensação de que o carro está freando sozinho.

Depois que chegou na oficina, o Renato abriu o capô e viu que no polo negativo da bateria tem um sensor que controla a carga e até a temperatura da bateria. Este sensor atua no alternador que é controlado pelo módulo da injeção eletrônica, que é mais conhecido como alternador pilotado. Aqui vai um alerta. Quando for usar um multímetro para verificar se o alternador está carregando na tensão correta, é preciso ser cuidadoso para não condenar o alternador sem saber que ele pode ter esse sistema, pode estar carregando apenas 12 volts e isso não é um defeito. 

Na Mecânica Gomes o Carlos utilizou o MOT 251 da Bosch e ele até brincou dizendo: não basta ter equipamento, tem que saber pilotar. Na tela do MOT aparecem a tensão e a corrente, isso permite observar que o alternador tem comportamentos diferentes de acordo com a necessidade de energia, principalmente quando a amperagem enviada é alta. Como exemplo de leitura, temos 40,5 amperes e 14,3 volts. 

Poder usar o celular no carro utilizando os controles instalados no volante do Captur traz conforto e segurança mesmo estando dirigindo, isso faz do carro uma extensão do celular que as pessoas fazem questão de usar 24 horas por dia independentemente de onde estejam. Além disso, o Reinaldo comentou sobre os sistemas automáticos do carro como limpador do para-brisas que liga sozinho assim que o sensor de chuva percebe a presença de água no para-brisas. O mesmo acontece com o sensor crepuscular que acende os faróis quando se entra em um túnel ou ao anoitecer, tudo isso gera conforto e mais segurança para todos os ocupantes do Captur.

Outro item observado pelos três reparadores foi o chaveiro do carro que tem um local para ser colocado no console central. Aqui vai mais uma orientação. Em situações normais de uso do carro, o chaveiro pode ficar no bolso do motorista que pode acionar o botão start engine para ligar o carro sem nenhum problema.

Existe uma condição especial para as situações em que a bateria do chaveiro ficar totalmente esgotad

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