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Acesso aos componentes do motor diesel, facilidade para reparos e robustez mecânica são destaques da picape Ford Ranger Limited 3.2. Porém, especialistas alertam sobre a possível dificuldade na reposição de peças devido ao fechamento de concessionárias.
Pacote de segurança completo – Controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, diferencial traseiro blocante eletrônico e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.
As atualizações mais recentes incluíram eletrônica embarcada mais avançada, com sistemas semi autônomos de assistência à condução, como:
Frenagem autônoma de emergência – Detecta pedestres e veículos à frente, freando automaticamente se necessário;
Piloto automático adaptativo – Ajusta a velocidade conforme o tráfego;
Sistema de permanência na faixa – Auxilia o motorista a manter o carro dentro da pista.
O grande destaque da Ranger Limited 3.2 está no motor diesel Duratorq 3.2 de cinco cilindros. Ele entrega 200 cv de potência e 47,9 kgfm de torque, permitindo respostas rápidas e bom desempenho tanto na estrada quanto no fora de estrada.
Motor com injeção direta – Garante melhor eficiência na queima do combustível.
Duplo comando de válvulas – Mantém o sincronismo do motor preciso e reduz perdas de potência.
Câmbio automático de seis marchas – Com possibilidade de trocas sequenciais, mas sem paddle shifts no volante.
Os mecânicos consultados elogiaram o fácil acesso aos principais componentes, como catalisador automotivo, turbina e correia de acessórios. “A turbina tem fácil acesso, mas é preciso retirar o catalisador para manutenções mais complexas”, explica Santos, da Auto Point.
A injeção direta e o avançado sistema de eletrônica embarcada tornam o motor mais eficiente e reduzem o consumo de combustível.
“Começamos a trabalhar com nosso pai há 30 anos. Foi nesta loja. O início foi desafiador por sermos duas jovens”, conta Alessandra, que assim como a irmã cursou Administração de Empresas.
“Antes a loja era focada em serviços rápidos de suspensão, freios e pneus. Depois nos especializamos em injeção, trocas de correia, caixa de direção, eliminação de vazamentos, revisões e embreagem”, recorda Alessandra. A loja tem dez funcionários.
Ao lado delas trabalha o gerente Paulo César dos Santos, de 37 anos, que começou como reparador aos 12 anos, fez 27 cursos no Senai, também cursou Administração de Empresas e tem pós-graduação em Gestão Comercial e MBA em Gestão de Vendas.
Perto dali, na R. Américo Brasiliense, 1500 (11 5181-7510), fica o Centro Automotivo Spina, dirigido por Idirlei Spina, de 48 anos. Ele herdou a oficina, os clientes e a habilidade do pai, Irineu Spina, que estaria com 80 anos atualmente.
“Cresci aqui dentro. Tenho mais de 40 anos de oficina. Aprendi na prática e com o incentivo do meu pai, mas também participei de muitos cursos e palestras. Hoje comando a oficina com a ajuda de outros três profissionais”, recorda Spina, que faz serviços gerais em motor, freios, suspensões e se destaca na região por soldar e reparar tanques de combustível.
O terceiro local visitado pela reportagem foi a Patini Peças e Serviços Automotivos, na Av. Adolfo Pinheiro, 1337 (11 5523-9393). Comandada pelos irmãos Fábio (48 anos) e Fernando (49), a casa foi inaugurada pelo pai, Ademar Patini, hoje com 75. “Começamos como oficina especializada em escape em 1975”, diz Fernando. Atualmente, a Patini faz serviços gerais em freios, suspensão, pneus, alinhamento e balanceamento, injeção, arrefecimento, troca de óleo, bateria e embreagem.O braço direito dos Patinis é o gerente Ricardo Nunes, de 47 anos, sendo os últimos 27 somente nesta oficina. “Trabalhei 18 anos como reparador e depois disso me tornei gerente”, recorda.
A atual geração da Ford Ranger foi fruto de um investimento de mais de US$1 bilhão e planejada para atender 180 países. Produzida não apenas na Argentina, mas também na Indonésia e na África do Sul, a picape representou um salto significativo em relação à geração anterior. Quem conheceu a Ranger antiga deve lembrar do espaço traseiro apertado, do encosto praticamente vertical e da linha superior do para-brisa tão baixa que dificultava a visão dos semáforos. Com a renovação de 2012, o modelo trouxe mais conforto, espaço interno e novas tecnologias, além de melhorias no sincronismo do motor e na eficiência da injeção direta. Desde 2020, a Ranger recebeu atualizações como: Suspensão aprimorada – Com nova barra estabilizadora, coxins redesenhados e longarinas reforçadas, reduzindo a movimentação da carroceria. Câmera de ré melhor posicionada – Agora projetada na central multimídia, em vez de em um canto do retrovisor. Espaço e praticidade – Todas as portas possuem porta-objetos, e os para-sóis contam com espelhos iluminados. A capacidade da caçamba é de 1.180 litros, segundo a Ford. Entretanto, Ricardo Nunes, gerente da Patini, chamou a atenção para a falta de saídas de ar-condicionado no banco traseiro, o que pode comprometer o conforto dos passageiros.Primeiras impressões da Ford Ranger 3.2 Limited
Equilibrar conforto e capacidade de carga é sempre um desafio para picapes médias. A Ranger 3.2 Limited, apesar da sua robustez, apresenta um comportamento surpreendentemente confortável em diversas situações. Destacam-se:
Direção precisa e leve – Graças à assistência elétrica, facilita manobras em espaços urbanos.
Posição de dirigir segura – Segundo Santos, da Auto Point, a ergonomia transmite sensação de segurança e aconchego.
Respostas rápidas ao acelerador – O torque elevado em baixas rotações garante agilidade nas retomadas.
A suspensão traseira, no entanto, balança bastante na cidade, especialmente em vias mal pavimentadas. Esse comportamento se deve ao eixo rígido traseiro, que prioriza resistência e capacidade de carga.
Outro detalhe apontado pelos mecânicos foi o painel de instrumentos. O conta-giros pequeno e a proximidade entre os marcadores de combustível e temperatura dificultam a leitura.
Os motores Duratorq 2.2 (quatro cilindros) e 3.2 (cinco cilindros) acompanham a Ranger desde 2012. O motor diesel 3.2 da versão Limited se destaca pelo alto torque e eficiência:
Potência: 200 cv a 3.000 rpm;
Torque: 47,9 kgfm a partir de 1.750 rpm;
Alimentação: injeção direta;
Comando de válvulas: duplo comando, acionado por corrente;
Sincronismo do motor: precisão garantida com quatro válvulas por cilindro.
Os reparadores elogiaram o acesso facilitado a componentes mecânicos, como catalisador automotivo, turbina e correia de acessórios.
Segundo Santos, da Auto Point: "Chegar até a turbina é fácil, mas é preciso remover o catalisador".
A autonomia também impressiona:
Cidade: 8,6 km/l
Estrada: 9,9 km/l
Tanque: 80 litros (autonomia de até 800 km)
O funcionamento do motor diesel da Ranger é suave, e o ruído característico do diesel é bem controlado.
A Ranger 3.2 Limited vem equipada com um câmbio automático de seis marchas, permitindo trocas sequenciais pela alavanca.
O câmbio automático de seis marchas se destaca por realizar trocas suaves e precisas, adaptando-se ao estilo de condução, seja no trânsito urbano ou em rodovias.
No entanto, a ausência de paddle shifts no volante compromete o veículo, tendo em vista que essa poderia melhorar a experiência de direção em trechos de serra.
Além disso, a troca de óleo da transmissão exige um equipamento específico, já que o cárter do câmbio não possui um bujão de escoamento, tornando o procedimento mais trabalhoso.
O modelo conta com tração 4x4 temporária e caixa de redução, acionadas eletricamente. Segundo o reparador Idirlei Spina, o motor de acionamento da tração poderia estar mais protegido.
A Ranger mantém sua capacidade off-road e pode enfrentar trechos com até 80 cm de profundidade de água.
A Ranger adota um sistema resistente e confiável de freios e suspensão:
Freios a disco ventilados na dianteira e a tambor na traseira – Divide opiniões entre os mecânicos.
Suspensão dianteira independente – Com bandejas de fácil acesso para manutenção.
Suspensão traseira com eixo rígido e molas semi elípticas – Solução econômica e durável.
Na direção com assistência elétrica, Santos destaca a facilidade de reparo, pois não é necessário remover o quadro da suspensão dianteira ou o escape.
A Ranger Limited conta com um pacote tecnológico robusto:
Central multimídia SYNC – Com navegador GPS e conectividade Android Auto/Apple CarPlay.
Faróis de xênon e luzes diurnas de LED – Melhoram a visibilidade e segurança.
Scanner automotivo integrado – Monitora falhas no motor em tempo real.
A caminhonete também possui sistema de monitoramento da bateria, prevenindo falhas elétricas.
Apesar de a Ford manter uma loja virtual desde 2019, a redução no número de concessionárias no Brasil tem gerado preocupação entre os reparadores, especialmente no que diz respeito à reposição de peças.
Muitos profissionais relatam uma dificuldade crescente na compra de componentes específicos, como buchas de barra estabilizadora, e temem que peças de acabamento e carroceria se tornem ainda mais escassas no futuro.
A montadora afirma que continuará oferecendo suporte aos clientes na América do Sul, garantindo a disponibilidade de peças e serviços. No entanto, os mecânicos entrevistados ainda demonstram incerteza sobre a reposição a longo prazo, principalmente com o fechamento contínuo de concessionárias no país.
Picapes com carroceria montada sobre chassi, como é o caso da Ranger, são veículos de trabalho e costumam ter uma construção muito resistente.
Dessa forma os reparadores não têm receio de indicar a Ford Ranger para amigos e clientes: “Eu recomendaria sim”, afirma Idirlei Spina, lembrando que motores a diesel como este 3.2 Duratorq têm alta durabilidade.
Nunes, da Patini, concorda: “Também recomendaria para um cliente porque é um carro com grande durabilidade, com motor e câmbio muito bons e acesso fácil aos principais itens de manutenção.”
Santos, da Auto Point, alerta: “Recomendaria sim, mas para uso misto. Não é um veículo para uso 100% urbano”, diz.
O motivo é o tamanho exagerado de uma cabine-dupla com esta e as dificuldades que isso traz na hora de estacionar em alguns prédios, shopping centers e até mesmo para circular por ruas e avenidas mais estreitas, ainda mais aquelas que têm grande tráfego de motocicletas.
Preço sugerido: R$ 287.790 (em setembro de 2021)
Procedência: Argentina
Garantia: 5 anos
Combustível: diesel
Motor: Ford 3.2 Duratorq TDCi
Código do motor: 3.2 Diesel Puma Duratorq
Cilindrada: 3.198 cm³
Sobrealimentação: turbo Garrett com geometria variável
Tuchos: hidráulicos
Número dos cilindros: cinco
Número de válvulas por cilindro: quatro
Diâmetro dos cilindros: 89,90 mm
Curso dos pistões: 100,76 mm
Alimentação: bomba elétrica de alta pressão
Comando de válvulas: duplo comando de válvulas acionado por corrente
Taxa de compressão: 15,5:1
Potência máxima: 200 cv a 3.000 rpm
Potência específica: 62,5 cv/litro
Peso/potência: 11,3 kg/cv
Torque máximo: 47,9 kgfm entre 1.750 e 2.500 rpm
Velocidade máxima: 175 km/h
Aceleração 0 a 100 km/h: 11,5 segundos
Código da transmissão: Auto Trans 6R80
Tipo de transmissão: automática, seis marchas, com possibilidade de trocas sequenciais
Tração: 4x4 temporária, com caixa de redução e acionamento elétrico
Direção: pinhão e cremalheira, assistência elétrica
Suspensão: independente, com molas helicoidais e barra estabilizadora (d); eixo rígido com feixe de molas longitudinais (t)
Freios: a disco (d) / a tambor (t), com ABS e EBD
Volume da caçamba: 1.180 litros
Tanque: 80 litros
Peso: 2.269 kg
Altura: 1.848 mm
Largura: 2.163 mm
Comprimento: 5