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A suspensão eletrônica faz parte do sistema de estabilidade veicular e implementa as seguintes funções básicas:
Suspensão Pilotada ou Eletrônica
As configurações utilizadas atualmente são:
1. Suspensão Semiativa/Adaptativa. Somente varia o fator de amortecimento (rigidez) dos amortecedores para se adequar às irregularidades do piso ou à situação dinâmica do veículo.
2. Suspensão Ativa. Utiliza atuadores hidráulicos ou pneumáticos (com controle eletrônico) para variar a altura do chassi de forma independente, em cada um dos cantos do veículo, de forma a mantê-lo o mais nivelado possível, seja nas acelerações, frenagens ou curvas.
3. Controle Ativo de Rolagem. Permite manter o veículo nivelado através do uso de barras estabilizadoras ativas, as quais compensam as forças de rolagem que surgem em curvas. Agem, basicamente, modificando a rigidez aparente do conjunto.
Nesta matéria serão abordados exemplos de suspensão semiativa com amortecedor magnetorreológico e suspensão ativa pneumática.
Suspensão Semiativa/Adaptativa
Neste tipo de suspensão o coeficiente de amortecimento (rigidez ou firmeza) dos amortecedores é regulado de forma contínua de duas formas:
Fluido MAGNETORREOLÓGICO
É um fluido especial, denominado “magnetorreológico”, que consiste em um óleo sintético com micropartículas (ferro) magnetizáveis em suspensão. São suas características mais relevantes:
Amortecedor Inteligente
Uma aplicação automotiva do fluido magnetorreológico é nos amortecedores inteligentes utilizados nas suspensões semi-ativas ou adaptativas. A figura mostra um corte parcial do amortecedor, com o pistão que separa as câmaras de alta e baixa pressão.
O ajuste da força de amortecimento pode ser realizado em questão de milissegundos, o que permite a regulação da viscosidade tanto para o ciclo de extensão como para o de compressão do amortecedor.
Suspensão Ativa
Tem por função manter o veículo em nível constante em ambos os eixos, independentemente da carga suportada. Compensa também, irregularidades (lombadas) do piso e forças desestabilizadoras em frenagens, arranques e curvas (rolagem).
Para isso, sensores de altura e acelerômetros monitoram constantemente a distância entre os eixos e a carroçaria e o deslocamento longitudinal e lateral. No caso de discrepância, a unidade de comando da suspensão liga o compressor de ar ou a bomba hidráulica para adequar, através de válvulas solenóides, a pressão nas “molas” pneumáticas ou nos cilindros hidráulicos. Desta forma, pode ser dispensado o uso de barras estabilizadoras.
Nota: Com o objetivo de simplificação, os exemplos a seguir apresentam os sensores, atuadores e as informações mais relevantes presentes na grande maioria dos sistemas de suspensão ativa. Foram deixados de lado sensores, atuadores e informações particulares a cada modelo de veículo como, por exemplo, botão de seleção de modos, lâmpadas de sinalização e outros.
Suspensão Ativa Pneumática
Neste tipo de suspensão ativa a mola de aço convencional é substituída por uma “mola” pneumática (figura 2). O exemplo a seguir corresponde a um dos sistemas de suspensão ativa utilizado em veículos VW/Audi. São os componentes principais:
Estes elementos podem estar instalados de forma concêntrica, como mostra a figura, ou separados (paralelos).
Funcionamento
As funções do sistema são:
• Com válvula solenóide de ajuste do fluxo hidráulico do amortecedor (controle eletrônico).
• Com válvula controlada pela pressão aplicada à mola pneumática (controle pneumático)
A figura 3 apresenta o circuito pneumático simplificado de uma configuração com suspensão ativa nas 4 rodas
Compressor
Tem por função manter a pressão no sistema no nível necessário ao acionamento das molas pneumáticas. A pressão máxima gira em torno de 15 bar. O tempo máximo de operação é determinado pela temperatura do compressor, monitorada constantemente, através do sensor associado.
Acumulador de pressão
Tem por função o acionamento das molas pneumáticas, para elevação da carroçaria, sem a necessidade de ativar o compressor, reduzindo assim, a sua temperatura e aumentando a disponibilidade do mesmo. Uma outra função é a correção do nível da carroçaria após a saída dos ocupantes. Dependendo do volume de ar necessário, o sistema pode possuir 1 ou 2 acumuladores. O acumulador é utilizado quando a sua pressão é 3 bar superior à da mola a ser acionada.
Válvulas solenóide niveladoras
Têm por função controlar a carga/descarga das molas pneumáticas.
Válvula solenóide do acumulador
Tem por função controlar a carga/descarga do acumulador de pressão.
Válvula solenóide de exaustão
Tem por função permitir a descarga da(s) mola(s) pneumática(s).
Válvula de ajuste do amortecedor
Tem por função controlar a abertura do orifício (interno) de passagem entre as câmaras do amortecedor (regulagem do fluxo hidráulico) com o objetivo de adequar o coeficiente de amortecimento às condições do piso.
A figura 4 apresenta o circuito elétrico do sistema através do qual é controlada a suspensão.
Sensores de altura
Informam o nível de cada canto do veículo e através da taxa de variação do sinal, a UC da suspensão determina a aceleração vertical das massas não-suspensas (rodas e eixos).
Sensor de temperatura do compressor
Instalado no cabeçote do compressor; é utilizado para determinar o tempo máximo de funcionamento.
Sensor de pressão
Mede a pressão das molas pneumáticas e do acumulador de pressão dependendo das válvulas solenóide que são acionadas.
Sensores de aceleração da carroçaria
Informam a aceleração da carroçaria (massas suspensas). Instalados 2 nos arcos das rodas dianteiras e o terceiro, no chassi, próximo ao eixo traseiro.
UC da suspensão
É o elemento central do sistema. Com base nas informações provenientes dos sensores e de outras unidades de comando, através da rede CAN, aciona o compressor e as válvulas solenóides.
As informações recebidas são: