A Volkswagen abriu negociação a fim de reorganizar sua fábrica de São Bernardo do Campo (SP). O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC alega que há um excedente de 3,6 mil funcionários nela. Essa reestruturação deve afetar 34% da mão de obra do local, que totaliza 10,5 mil empregados. Para que não aconteça corte em massa, a fabricante pretende promover recursos como demissões voluntárias, redução de salários e corte de benefícios. No ano passado cerca de 800 pessoas foram demitidas pela VW, que voltou atrás após 10 dias de greve. Na ocasião, um acordo foi feito garantindo o nível de emprego na planta Anchieta até 2019. Porém, a medida apenas valeria em um cenário de produção acima de 250 mil veículos por ano, marca que, segundo o sindicato, não será alcançada neste ano: "As projeções da Anfavea apontam para uma indústria de 2 milhões de veículos em 2016, uma queda de praticamente 20% comparado a 2015, e 40% comparado a 2014, quando foi estabelecido o acordo trabalhista em vigência com os empregados da Volkswagen do Brasil, para a fábrica Anchieta", afirma a empresa. "Por essa razão, a empresa retomou as discussões com o sindicato para que nas próximas semanas sejam construídas alternativas para o novo cenário que se impõe, além de outras medidas de eficiência e organização para a fábrica Anchieta”, completou a Volkswagen. As vendas de carros da Volkswagen sofreu queda de 35% no primeiro semestre deste ano. Os licenciamentos de comerciais leves da marca caíram 36% na mesma comparação.