A Tesla informou esta semana que não pretende desativar seu sistema 'Autopilot' – piloto automático de veículos. O item, também conhecido como controle de cruzeiro, é alvo de investigação nos Estados Unidos, após acidente fatal envolvendo um usuário. O presidente da fabricante americana de veículos elétricos, Elon Musk, afirmou ao Wall Street Journal, que os proprietários precisam ser instruídos sobre como utilizar o dispositivo. "Muita gente não entende o que é nem como ativá-lo", disse o empresário. Segundo Musk, a tecnologia é classificada pela companhia como "beta", ou versão de teste avançada, para indicar que ainda não está aperfeiçoado e que, portanto, não deve ser usada sem que o motorista esteja monitorando sua operação. Em maio deste ano na Florida, um homem morreu enquanto dirigia com o 'Autopilot' ativado no carro Model S da Tesla. Nem o motorista nem o sistema conseguiram detectar a manobra de um caminhão que cruzou com o veículo, de modo que os freios não foram acionados. A NHTSA (Agência Nacional de Segurança no Trânsito em Rodovias dos Estados Unidos) investiga se outro acidente, ocorrido na Pensilvânia, também está relacionado ao piloto automático da Tesla. Neste caso, não houve vítima fatal. O controle de cruzeiro da Tesla proporciona uma condução semi-autônoma, ou seja, além de manter uma velocidade constante pré-determinada pelo usuário, ele permite que o veículo mantenha-se ou mude de faixa para ultrapassagens, e freie emergencialmente a fim de evitar uma colisão frontal. Porém, a função não é projetada para uso automático. O próprio condutor é quem deve ativadar ou anular o 'Autopilot'.