
Com a popularização dos motores de menor cilindrada e maior eficiência, alguns sistemas evoluíram para oferecer melhor desempenho e menor atrito interno. Um dos sistemas mais controversos seria o sistema de correia dentada banhada a óleo, que substitui as tradicionais correias “secas” e correntes metálicas em diversos motores modernos.
Funcionamento do sistema
A correia banhada a óleo atua no sincronismo entre o virabrequim e o comando de válvulas, mas, diferentemente das versões convencionais, trabalha imersas no óleo lubrificante do motor. Essa configuração tende a reduzir o atrito, o ruído e as vibrações durante o funcionamento, para contribuir para a eficiência energética do conjunto.
Fabricadas com compostos de borracha sintética reforçada por fibras de alta resistência, essas correias são projetadas para resistir à ação química do óleo e às altas temperaturas internas do motor. A presença constante do lubrificante também favorece a dissipação de calor, prolongando a vida útil dos componentes.
Vantagens técnicas
Comparadas às correntes metálicas, as correias banhadas a óleo são mais leves, o que ajuda na redução de peso do motor e melhora o consumo de combustível. Além disso, o intervalo de substituição pode ter casos superando os 200 mil quilômetros, dependendo do projeto e das recomendações do fabricante, o que representa menor frequência de manutenção e redução de custos a longo prazo.
Manutenção e cuidados essenciais

Apesar de algumas vantagens, esse tipo de sistema exige rigor no cumprimento das trocas de óleo e no uso de lubrificantes especificados pela montadora. A falta de manutenção adequada pode comprometer a integridade da correia e gerar danos graves ao motor.
Quando o óleo perde suas propriedades, seja por aditivos incompatíveis, contaminação ou troca fora do prazo, ele pode acelerar o desgaste da correia, causar desfiamento das fibras e até obstruir o pescador de óleo, afetando bronzinas, virabrequim e outros componentes do sistema de lubrificação.
Sinais de falha incluem acendimento da luz de óleo no painel e presença de partículas metálicas ou de borracha no lubrificante. Nesses casos, o ideal é interromper o uso e realizar diagnóstico completo do motor.
Substituição da correia
Limpeza do sistema de lubrificação e reabastecimento com óleo dentro da norma SAE e aprovação da montadora.
A compatibilidade química entre o material da correia e o lubrificante é determinante para o bom funcionamento e durabilidade do conjunto.