Com a nova onda do downsizing, extraindo-se mais potência de motores menores, existe a dúvida de se a durabilidade do motor pode ser afetada. Até pouco tempo, os motores desenvolviam potências específicas baixas, com cerca de 50 a 60 cv/litro na versão a gasolina e 30 a 40 cv/litro na diesel. Depois da injeção indireta, direta common-rail, turbos variáveis e computadores de alta capacidade de gerenciamento, a capacidade dos motores teve uma grande alta, passando dos 100 cv/litro na gasolina e beirando isso no diesel. Boa parte dos esforços adicionais no motor foi absorvida por limites de segurança generosos praticados no passado. Mas alguns componentes como pistões, bronzinas, anéis, sistema de resfriamento e lubrificação tiveram de ser redesenhados ou receberam novos materiais para sobreviver a essas cargas operacionais mais altas. Ao fazer motores para a Fórmula 1 com potências específicas na ordem de 315 cv/litro a 18 000 rpm, Renault, Fiat, Ferrari e Mercedes estão desenvolvendo as tecnologias que serão necessárias alguns anos à frente para serem competitivas nos modelos de rua. Alguns modelos que seguem essa tendência já foram postos à prova. Equipados com motores 1.0 de três cilindros com alta potência específica, VW Up! E Smart ForTwo terminaram os 60.000 km com seus motores em ótimas condições.