Após um escândalo envolvendo uma fraude nos motores diesel da Volkswagen, o grupo anunciou um prejuízo de € 1,3 bilhão em 2015. O impacto negativo do episódio foi de € 16,2 bilhões (cerca de R$ 65 bilhões) no balanço da empresa, visto que em 2014, o conglomerado havia lucrado € 11 bilhões. O ano da empresa teria sido lucrativo, com aumento de 5,4% na receita, mesmo com queda de 2% no número de veículos vendidos, se não fosse o valor separado para cobrir custos do dispositivo que enganava testes de emissões de poluentes. A Volkswagen relatou que € 7,8 bilhões do impacto negativo são para recomprar e reparar os veículos fraudados. Outros € 7 bilhões devem cobrir custos com multas e processos legais no mundo todo. O presidente Matthias Mueller, que assumiu a fraude logo após a descoberta, afirma que a reparação dos veículos a diesel "serão a tarefa mais importante até que o último seja reparado". Ele pediu desculpas aos consumidores: "Nós desapontamos muitas pessoas que confiavam na Volkswagen", disse. O presidente diz que a indústria automotiva atual já não sobrevive separada de todo o resto, e é hora de abrir portas para novas parcerias, principalmente em digitalização e mobilidade. No momento, porém, ele não confirma negociação nem com o Google, nem com a Apple. Com queda de 36,3% em relação a 2014, as vendas de automóveis no mercado brasileiro afetaram o resultado geral da Volkswagen. Somente a Rússia chegou perto da retração brasileira, com 35% menos unidades entregues no ano passado.