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Yamaha NMax, reforço para categoria de scooter e concorrência à altura do Honda PCX


Com números expressivos, Yamaha traz mais uma opção para quem quer fugir do trânsito com praticidade. Ela tem refrigeração líquida, motor de quatro tempos e apenas um cilindro

Por: Lucas Paschoalin - 26 de outubro de 2016

Depois ser apresentado no Salão Duas Rodas no final de 2015, a Yamaha mostrou, oficialmente, o NMax. Fomos até o autódromo Velo Citta, em Mogi Guaçu, SP, para conhecer os interessantes números do scooter - que já está nas concessionárias desde a primeira quinzena do mês de maio, inicialmente por R$ 11.390, e agora R$ 300 mais caro. Produzido em Manaus- AM, ele também tem preço fixo de seguro, R$ 750 para o Estado de São Paulo, por exemplo.


As linhas do NMax são futuristas, assim como a de toda linha Yamaha lançada nos últimos anos. Elas marcam forte presença com ângulos que transformam o pequeno scooter em uma miniatura musculosa da família de scooters da marca, os Max. Três LEDs formam o imponente farol, que ilumina muito bem. A lanterna traseira também é composta por LEDs, mas não tem o mesmo impacto visual que apresenta o conjunto dianteiro.

O banco é em dois níveis e tem espaço para uma pessoa de porte grande pilotar com tranquilidade, mas para o passageiro, resta apenas um pequeno e estreito pedaço de banco. Os pés do piloto possuem duas posições: estendidos ou a90º, com os tornozelos sendo empurrados para fora devido aos plásticos da estrutura central. As alças da garupa são discretas perante ao porte da motoneta e ficam bem coladas ao banco e nas carenagens. 


O chassi de aço do NMax tem formato Underbone, com 26º de cárter e 92 mm de trail. São dois berços triangulares, um superior e um inferior, reforçados nas laterais, mais os duplos amortecedores traseiros com 90 mm de curso e as bengalas convencionais com barras de 41 mm de espessura e 100 mm de curso, que formam a base ciclística do NMax. O motor está acoplado ao chassi por um link com coxins de borracha, que diminuem a viração do scooter. As rodas de 13” são revestidas por pneus de 110/70 na dianteira e 130/70 na traseira. O peso seco é de 120 kg, 7 kg a menos do que cheio.

Na região frontal inferior, em meio a estrutura dos tubos, se encontra o tanque de 6,6 L, que só pode ser abastecido por gasolina. No total, 1,4 L  são destinados à reserva. Para abastecer, não é preciso descer da moto, já que o bocal fica aparente entre as pernas. Não fizemos medição de consumo, afinal, ele não foi feito para andar na pista.


Primogênito entre os modelos de entrada com o utensílio do ABS, o Yamaha possui dois discos de 230 mm (dianteiro flutuante) em ambas as rodas. 

Debaixo das carenagens cinza fosca, vermelha ou branca metálicas, o NMax esconde um pequeno monocilíndrico arrefecido por líquido, de exatos 155,09 cm³. Ele é o responsável pelas cifras de 15,1 cv a 8 000 rpm e 1,46 kgf.m de torque a 6 000 rpm. A taxa de compressão é 10,5:1 e o diâmetro/curso 58 x 58,7 mm. Seu principal diferencial é o sistema exclusivo (em toda categoria) de controle da abertura das válvulas, chamado VVA. O mecanismo autodetermina, através de uma unidade eletrônica, levando em conta a rotação e a carga imposta sobre a moto, o momento e o quanto devem abrir ou fechar as quatro válvulas. Segundo a Yamaha, esta é a melhor maneira de extrair a máxima potência e o torque, sem arruinar o consumo da moto ou uma das forças. O câmbio é o tradicional automático CVT.

No bagageiro há espaço para apenas um capacete
Mas as exclusividades e diferenciais não param por aí. Alimentado por injeção eletrônica, o scooter também possui cilindro deslocado em relação ao eixo central do virabrequim. São meros 7 mm, que diminuem o atrito contra as paredes do cilindro e, consequentemente, o índice de vibração e perda de torque por atrito. Está tecnologia foi herdada da motocicleta YZ 450F de motocross.

O topo da câmara de combustão, na parte baixa do cabeçote, é em formato côncavo. Segundo os engenheiros da marca, o desenho diferenciado melhora o efeito da queima e facilita a eliminação dos gases. 

Para finalizar, outra ciência de herança, desta vez das famílias MT e das esportivas, a técnica DIaSIL, que adiciona 30% de silício ao alumínio do cilindro, e aumenta a durabilidade do motor, do pistão forjado e melhora a dissipação do calor nas paredes do motor.


Os acabamentos da Yamaha estão cada vez mais impressionantes. O cuidado pelo scooter se estende por toda a parte, e não vemos fios, cabos ou soldas aparentes. Uma das coisas que mais agrada é o guidão totalmente coberto. Na frente dos joelhos, dois “porta-trecos” fundos. Servem para guardar algo como um par de luvas.

Gire a chave para o lado oposto da ignição e o banco irá destravar. Apenas o empurre e a mola já o irá levantar e o manter aberto. Sob ele você encontrará um espaço de 25 litros, planejado para caber um capacete - só que de ponta cabeça.

O painel é totalmente digital. O velocímetro está ao centro e é acompanhado de hodômetro total, hodômetro de reserva de combustível, consumo instantâneo (em uma barra do lado oposto do marcador de gasolina), indicador de troca de óleo, de temperatura e de troca de correia. Depois da primeira substituição do fluido de motor, a luz espia do óleo só voltará a acender a cada 10 mil km, enquanto a da correia te chamará atenção a cada 30 mil km.

DADOS TÉCNICOS

Yamaha NMax

Motor: 160

Tipo: 1 cilindro, SOHC, arrefecido a líquido

Cilindrada: 155,09

Potência máx.: 15,1 cv (G) a 8.000 rpm

Torque máx.: 1,46 kgfm (G) a 6.000 rpm

Lubrificação: Cárter úmido

Transmissão: CVT

Peso: 127 kg

Comprimento: 195 cm

Largura: 74 cm

Altura: 111 cm

Distância entre-eixos: 135 cm

Tanque de combustível: 6,6 litros 

Rodas D/T: n/d

Pneus D/T: 110/70R-13 // 130/70R-13

Suspensão D/T: garfo telescópico 100 mm/ motor balança 90 mm

Freios D/T: disco hidráulico 230 mm/ disco hidráulico 230 mm

Aceleração 0 a 100 km/h: n/d

Velocidade máxima: n/d

Consumo OB (Gasolina)

Cidade: n/d

 

Estrada: n/d