O reparador deve estar atento aos sintomas relacionados aos componentes do sensor híbrido, até porque a peça não é vendida separadamente no balcão da concessionária, de acordo com o manual de peças do fabricante o componente só é fornecido em conjunto com o corpo de borboleta de aceleração, nesta hora o cliente torce o nariz ao receber o orçamento.
Mas, com essa matéria, o técnico que conhece as publicações do jornal Oficina Brasil terá a possibilidade de efetuar um reparo mais eficiente e com menor custo, alcançando a satisfação do cliente.
Conhecendo um pouco mais sobre o sensor híbrido - O sensor híbrido está instalado no corpo de borboleta de aceleração e é composto de três sensores: sensor de posição da borboleta de aceleração conhecido como TPS, sensor de temperatura do ar da admissão e sensor da pressão do ar da admissão (MAP).
Montar os três sensores em uma peça única foi a solução que os fabricantes encontraram para simplificar e otimizar o espaço, visto que nas motocicletas ele é reduzido, porém a desvantagem está na substituição da peça que se faz necessário quando um dos sensores está com defeito.
O componente também aparece em outras marcas de motocicletas, porém utiliza uma nomenclatura diferente.
O sensor MAP - O componente mede a pressão absoluta, ele faz o monitoramento da pressão diretamente no coletor de admissão do motor. Normalmente é previamente alimentado por uma tensão aproximada de 5V e em função da pressão a que é submetido devolve a tensão para a ECU. As informações coletadas servem para o cálculo do volume de ar do motor para o ajuste da mistura.
Sensor de posição da borboleta de aceleração – O TPS (“ThrotthePosition Sensor”), monitora a posição do acelerador por meio do ângulo de abertura da borboleta no corpo de borboleta de aceleração. As relações de mudanças no posicionamento da borboleta no abre e fecha do acelerador ajudam a ECU calcular o volume de ar do motor para o ajuste da mistura.
Sensor de temperatura do ar de admissão - Mede a temperatura do ar da admissão, a densidade do ar varia em função da mudança de sua temperatura, por isso é necessário uma compensação no volume da injeção. À baixa temperatura é necessário um volume maior de combustível para o motor.
- Acompanhado de sintomas de mal funcionamento, também pode ocorrer o código de piscadas na luz de alerta da injeção localizada no painel, com “14” piscadas ou seja uma piscada longa e quatro piscadas curtas, que corresponde ao sensor de pressão no coletor de admissão ( MAP).
Sintomas de funcionamento irregular do sensor de pressão no coletor de admissão
O sinal pode estar indicando uma possível de falta de manutenção preventiva e alguns cuidados básicos, falhas no funcionamento da injeção nem sempre tem como causa uma peça eletrônica, pode ser mecânica.
Vamos aos sintomas:
• Marcha lenta instável;
• Dificuldade na partida;
• Elevado consumo de combustível;
• Ligeiro aumento nas emissões de poluentes.
Causa provável do funcionamento irregular - Entrada de ar ocasionada pela falha na vedação do sensor híbrido
Cuidados na lavagem da motocicleta - Durante a lavagem da motocicleta, tenha cuidado para não deixar cair água nas conexões dos fios e dos demais sensores, pois a moto pode falhar enquanto houver água no sistema.
Levantamento do defeito presente por meio de um scanner - Para o levantamento do defeito presente na motocicleta não há necessidade do aparelho, visto que a luz de alerta da injeção irá apontar qual componente apresenta a pane, porém a utilização da ferramenta eletrônica é importante em alguns diagnósticos, mas não atende todos os defeitos que irão ocorrer.
Diagnóstico com o scanner do fabricante da motocicleta - No defeito apresentado em nossa matéria o diagnóstico proposto pelo manual de serviços é impreciso, não garante que o sensor está com defeito, visto que a causa trata-se apenas de uma entrada de ar.
O teste deverá se feito com a motocicleta desligada, e no menu diagnósticos do scanner só aparecerá uma opção de teste para o MAP, a ferramenta de diagnósticos irá apontar apenas a pressão do coletor de admissão, que neste caso é igual à pressão atmosférica. Conclusão: com falha na vedação do híbrido ou não, a pressão da admissão registrada no scanner será a mesma, já que o diagnóstico só pode ser elaborado com o motor desligado, portanto o caminho para o diagnóstico é outro.
Para saber se o sensor está bom, o reparador deve verificar as tensões de entrada e saída do sensor com o auxílio de um multímetro. (tensão de saída), uma voltagem que varia entre 3,4V a 3,8V
Itens que devem ser analisados antes da desmontagem do corpo de borboleta
Nota: Nunca responsabilize algum componente do sistema de injeção antes de conferir os seguintes itens abaixo:
• Qualidade do combustível;
• Pressão de combustível;
• Condição do filtro de ar;
• Vela de ignição;
• Condição de compressão do motor;
• Tensão da bateria.
Procedimento de desmontagem do corpo de borboleta - Remova as carenagens laterais e laterais do tanque, levante o reservatório de combustível, solte a conexão elétrica da bomba, ligue a motocicleta para tirar a pressão da linha de combustível, remova tubulação da bomba e por último remova o tanque . No corpo de borboleta solte: cabos do acelerador, abraçadeiras dos coletores, conectores dos sensores, atuadores e remova o ressonador para facilitar o acesso ao corpo de borboleta. Limpe os coletores e em seguida coloque um pano para que não caia nenhum objeto dentro do motor.
Retire o corpo de borboleta, no parafuso de regulagem da marcha lenta conte o número de voltas antes de removê-lo, remova também o atuador FID, injetor de combustível, finalmente tire o sensor híbrido.
Limpeza do corpo de aceleração - Podem ocorrer inúmeros problemas no funcionamento da motocicleta devido a obstruções nas passagens de ar através do corpo de borboleta, por isso este trabalho faz parte da manutenção preventiva.
O serviço deve ser efetuado com um pincel e um produto para limpeza de carburadores, a secagem deve ser feita com ar comprimido em baixa pressão, quanto aos componentes eletrônicos, limpar com um pano levemente umedecido.
Os procedimentos estão detalhados na matéria : Como ‘dar um trato’ no corpo de borboleta da Yamaha YS 250 Fazer na edição de Outubro de 2013 do jornal Oficina Brasil.