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Parte 2 – Conheça mais detalhes técnicos sobre a Fazer 250


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Por: Arthur Gomes Rossetti - 18 de janeiro de 2010

Nesta segunda etapa da avaliação mostraremos procedimentos essenciais para serem aplicados na oficina

De dimensões externas compactas, o motor monocilíndrico dotado de exatos 249 cc (centímetros cúbicos) possui alguns diferenciais internos como o revestimento cerâmico do cilindro, que contribui para o maior desempenho, economia de combustível e arrefecimento/troca de calor, visto a tecnologia oferecer menor atrito contra o sobe e desce do pistão.
Para conseguir obter os mesmos números de performance apresentados quando o modelo ainda é zero quilômetro, o reparador preferencialmente deverá optar por adquirir o cilindro novo, ‘standard’, ao invés de encaminhá-lo a uma retífica para aplicação de passe ou encamisamento quando a peça apresentar final de vida útil ou danos na superfície de contato. 

O corpo de borboletas Mikuni 33EHS-8/1 utilizado na versão 2010 da motocicleta teve o amortecedor de pulsação eliminado, logo o reparador terá um pouco mais de dificuldade no acesso para efetuar a medição da pressão de linha, que deverá ser realizada em acordo com a seqüência a seguir:

1º Passo: Certificar-se de que há combustível (gasolina) suficiente para a aferição, algo em torno de meio tanque ou mais;

2º Passo: Com o auxílio de um multímetro na escala ‘V’ ou ‘DCV’ (voltagem), conferir se a tensão da bateria (com o motor desligado e a chave de ignição na posição ‘on’) está com 12,8 volts ou mais;

3º Passo: Instalar o manômetro na mangueira (linha) de alimentação de combustível, compreendida entre a bomba elétrica localizada abaixo do tanque e o bico injetor;

4º Passo: Funcionar a motocicleta e certificar-se de que não há vazamentos. Conferir a pressão mostrada no visor do manômetro com o motor na marcha lenta. O valor apresentado deverá ser (dependendo da escala da ferramenta): 36,3 PSI, 250 kPa, 2,5 bar ou 2,55 kgf/cm².

Obs: Qualquer um destes valores será aceito, visto serem equivalentes.
Caso a pressão seja inferior, a bomba de combustível poderá estar em más condições. Caso a pressão esteja acima do recomendado, uma verificação geral do sistema deverá ser efetuada, para que sejam descobertos os motivos da restrição do fluxo de combustível (que poderia gerar sobre pressão) ou alimentação elétrica excessiva na bomba, que poderiam ocasionar o problema.

Faça também a verificação do solenóide do bico injetor para saber se está em boas condições de utilização. Proceda da seguinte maneira:
1º Passo: Desconecte do bico injetor o conector plástico do chicote elétrico;

2º Passo: Com o auxílio de um multímetro na escala em ‘Ohms’ (resistência), encoste a ponta positiva (vermelha) no terminal do fio laranja e preto e a ponta negativa (preta) no terminal do fio vermelho e azul;

3° Passo: Conferir se a resistência apresentada é de 12 Ohms, desde que a temperatura ambiente esteja em 20°C e o motor frio. Logo, se a temperatura ambiente estiver acima de 20°C, é provável que a resistência apresentada seja um pouco maior e vice-versa. Valores muito abaixo ou acima do apresentado poderão ocasionar funcionamento irregular do bico injetor e motor.

Caso a bateria apresente sintomas de não carregamento, faça também uma verificação geral do chicote elétrico (quanto a trincas, quebras ou fuga de corrente no caso de alarmes adaptados) e o teste de voltagem de carga.

1º Passo: Verificar se há algum fusível queimado;

2º Passo: Com o auxílio de um multímetro na escala ‘V’ ou ‘DCV’, encoste a ponta positiva (vermelha) no terminal positivo da bateria e a ponta negativa (preta) no terminal negativo da bateria;

3º Passo: Ligue o motor e deixe-o funcionando a 5.000 rpm;
4º Passo: Verifique se a voltagem apresentada está compreendida entre 12,5 a 14,5 V.

Caso o valor apresentado esteja acima do especificado, troque o retificador (regulador de voltagem) localizado abaixo da carenagem lateral esquerda.

Caso o valor apresentado esteja abaixo do especificado, meça a resistência da bobina do estator da seguinte maneira:
1º Passo: Desconecte o conector plástico do magneto;

2º Passo: Com o auxílio de um multímetro na escala ‘Ohms’ encoste a ponta positiva no terminal esquerdo e a ponta negativa no terminal direito;

3º Passo: Verificar se a resistência apresentada está compreendida entre 0,42 a 0,62 Ohms a temperatura ambiente de 20°C.

Se o valor de resistência da bobina do estator estiver fora da tolerância demonstrada, o conjunto todo deverá ser trocado.

Ao substituir o óleo lu­brificante, o recomendado pela montadora Yamaha é o Yamalube 4 tempos 20W50 API SL (ou superior) norma JASO MA T903 (ou superior), num total de 1,45 litro incluindo a troca do filtro, que é do tipo ecológico (interno), sem carcaça metálica. A primeira troca deverá ser efetuada aos 1.000 km ou 6 meses e as demais a cada 5.000 km ou 6 meses, o que ocorrer primeiro.

Faça também uma ins­pe­ção visual do sistema de arrefecimento a óleo, que poderá apresentar vazamentos nas junções e anéis o’ring de vedação entre tubulações e bloco do motor com o passar do tempo e uso da motocicleta.

Após o motor superar a ‘fase fria’ de funcionamento, a rotação de marcha lenta deverá ser compreendida entre 1.300 a 1.500 rpm.

Suspensão
As bengalas da suspensão dianteira são do tipo simples, ou seja, não permitem ajustes de pré-carga e retorno através de dispositivos externos. A única maneira de deixá-la ao gosto do condutor é a substituição do óleo original de viscosidade 10W por um mais fino, de viscosidade 5W que permitirá um trabalho mais macio, a priorizar o conforto, ou um mais espesso de viscosidade 15W, ideal para tocada esportiva em pavimento liso. O total de óleo específico para suspensão é de 319 ml em cada um dos lados. Para ter a certeza que a quantidade aplicada foi à correta basta efetuar a seguinte aferição:

1º Passo: Com a bengala removida da motocicleta, retire a mola interna e posicione o cartucho verticalmente (em pé);

2º Passo: Com o tubo interno totalmente comprimido, meça a distância entre o topo e o óleo, com o auxílio da haste de profundidade de um paquímetro;

3º Passo: À distância em mm (milímetros) apresentada na escala da ferramenta deverá ser de exatos 123 mm.
A traseira conta com o sistema mono amortecido, tipo pro-link de cinco opções de ajuste na pré-carga da mola. Quanto mais comprimida, mais rígido será o comportamento da suspensão traseira da motocicleta.

Recall
Recentemente a fabricante Yamaha divulgou a convocação de um Recall na rede de concessionários autorizados para a substituição gratuita de componentes da suspensão traseira, que poderão ocasionar risco de acidente.

Veja os modelos inclusos na convocação na tabela abaixo.

Dica para o transporte de carga: A fabricante recomenda que a adaptação de baús ou bauletos para o transporte de carga na parte traseira da motocicleta não deverá exceder os 5 kg de peso total, ou seja, o peso do suporte, baú e objeto transportado. Caso este valor seja desrespeitado, os componentes envolvidos na adaptação poderão apresentar fadiga ou quebras prematuras.

Serviço:

Apinestars do Brasil
www.staracer.com.br

Oficina Gepeto’s Motorcycles
www.gepetosmotorcycles.com.br