Quando o motor não pega ou demora muito para funcionar em dias frios pode ser um indicador de descuidos na manutenção, por isso é conveniente ver a quanto tempo a motocicleta não vai a uma oficina fazer uma manutenção preventiva.
As motocicletas Flex não contam com reservatório adicional para a gasolina como os automóveis que são equipados com o dispositivo que facilita a partida a frio, na moto o sistema é mais simples, a mistura dos combustíveis é feita diretamente no tanque, cerca de 20% de gasolina adicionada ao álcool, esta aí a explicação para o nome “Mix” que foi o primeiro nome de batismo da CG 150 bicombustível, posteriormente ela teve mudanças e passou a ser chamada de “Flex” .
Um descuido básico que prejudica o usuário em dias frios é quando o percentual de gasolina no álcool està abaixo do recomendado ou é nulo, o fabricante da motocicleta informa que quando a temperatura ambiente estiver 15°C ou menos poderá haver dificuldades na partida, em dias quentes o problema não ocorre, está aí a razão para o descuido, a temperatura ambiente despenca e a moto não quer pegar. É importante saber que a quantidade correta de gasolina adicionada ao álcool irá assegurar uma partida rápida em qualquer condição de temperatura ambiente do país. É bom lembrar que os combustíveis devem ser novos e de boa qualidade, do contrário a regra é quebrada e a moto irá apresentar uma série de dificuldades na partida, funcionamento, marcha lenta ou não irá funcionar. Alguns componentes podem ter danos causados pelo combustível inadequado, ex.: válvulas, sensor de oxigênio, catalisador e etc...
No painel da motocicleta ”Mix” há um conjunto de lâmpadas que tem o objetivo de diagnosticar, orientar e alertar o usuário da motocicleta quanto ao combustível utilizado e a necessidade de colocar mais gasolina no álcool, ou seja, uma luz “Mix” e uma “ALC”, já na versão “Flex” há somente uma lâmpada “ALC”.
No sistema PGM-FI há sempre uma estratégia de funcionamento da injeção eletrônica e ignição para cada combustível que está sendo queimado na câmara de combustão do motor, independente do percentual de mistura álcool e gasolina ou se os combustíveis estão individualmente no tanque, porém ao abastecer a motocicleta será necessário um tempo para que a módulo de injeção eletrônica ECM receba esta informação, a peça responsável em identificar o combustível ou a mistura de ambos é o sensor de oxigênio, (o componente foi estudado nas duas últimas edições do jornal).
O sensor analisa os gases no escapamento e informa ao módulo eletrônico qual combustível ou proporção de mistura está no tanque, assim as estratégias serão definidas dentro de um programa determinado para aquele combustível e o funcionamento do motor seja otimizado, garantindo melhor potência, menor índice de emissões, maior autonomia e economia no bolso.
Fique atento! De acordo com o manual de proprietário, quando houver uma pane seca, ou seja, acabar o combustível do tanque é necessário abastecê-lo com no mínimo 1 litro de gasolina e 1 litro de etanol (álcool) (50% / 50%) antes da partida do motor.
Outro ponto importante é na troca de combustível, se a motocicleta está abastecida somente com gasolina e houver necessidade de abastecer com álcool ou ao contrário, a moto está com álcool e for abastecida com gasolina, os dois exemplos requerem uma utilização da motocicleta por alguns quilômetros após o abastecimento, para que o combustível seja reconhecido e o sistema PGM-FI faça a reprogramação na ECM, só assim as próximas partidas serão facilitadas, se a motocicleta for estacionada imediatamente após o abastecimento e não der tempo do sistema reconhecer o novo combustível ou percentual da mistura, poderá ocorrer problemas na partida no dia seguinte.
Descrição do sistema
Programas do sistema “Mix” - O módulo eletrônico (ECM) possui programa exclusivo que prevê a utilização dos combustíveis e comanda o tempo de injeção e ignição em função das combinações de gasolina e álcool, são quatro condições: somente gasolina, somente álcool, mais álcool que gasolina ou mais gasolina que álcool na mistura.
Algumas causas de dificuldades na partida do motor
Recomendações para rodar bem com a motocicleta Flex em dias frios
Motocicletas “Mix”
Padrão de funcionamento das luzes de alerta “ALC” e “MIX” indicadoras de mistura gasolina álcool.
Condições:
Nenhuma luz acesa: boa quantidade de gasolina no tanque, a partida será fácil em qualquer condição de temperatura.
Luz “Mix” acesa: indica que há mais álcool que gasolina no reservatório, mas a quantidade é suficiente para garantir que a partida será normal em qualquer temperatura.
Luz “Alc” acesa: grande quantidade de álcool no tanque, o volume de gasolina está abaixo do recomendado para assegurar a partida a frio.
Luz “Alc” piscando: predominância de álcool no tanque associada à baixa temperatura (abaixo de 15ºC), provavelmente o motor não irá funcionar.
Motocicleta Titan 150 Flex: Informações compartilhadas do manual de proprietário
Indicador ALC
Este indicador está integrado ao painel de instrumentos da motocicleta. Ao ligar a chave de ignição, a luz se acenderá por alguns segundos. Esse procedimento serve para certificar-se de que o sistema está funcionando corretamente.
Após alguns instantes, o indicador se apagará para em seguida indicar a proporção aproximada de etanol (álcool) presente no tanque.
Combustível e Abastecimento: utilizar combustível comum, sendo muito importante que seja de ótima qualidade. Não utilize combustível diferente de gasolina e etanol (álcool), pois podem ocorrer danos aos componentes do
Padrão de funcionamento da luz de “ALC”.
Condições:
Luz “ALC” apagada: indica boa quantidade de gasolina no tanque, a partida a frio será fácil em qualquer condição de temperatura.
Luz “ALC” acesa: Indica que há mais álcool que gasolina no reservatório, mas a quantidade é suficiente para garantir que a partida será normal para temperaturas superiores a 16ºC.
Luz “ALC” piscando: Predominância de álcool no tanque associada à baixa temperatura (abaixo de 15ºC), provavelmente o motor não irá funcionar, coloque gasolina no tanque.