Infelizmente, ainda são poucos os que investem para acompanhar essas implementações, porém, aqueles que já estão se preparando com equipamentos adequados e conhecimentos atualizados irão, sem dúvida, se sobressair neste mercado e garantir “um lugar ao sol” num futuro bem próximo.
Como instrutor e consultor, tenho observado que muitos reparadores não dão a importância necessária quando o assunto é tecnologia, e por vezes, ouço comentários como “Injeção Eletrônica não é coisa para se preocupar agora; é coisa para daqui a cinco anos”. Enganam-se aqueles que pensam assim, pois há grandes possibilidades de que em cinco anos esses reparadores estejam fora do mercado.
Assim como ocorreu na linha de automóveis, com a introdução da injeção eletrônica, o mercado precisou obter rapidamente esclarecimentos sobre abordagem ao cliente, atendimento, métodos de trabalho, conhecimentos técnicos, etc. Agora é a vez desses assuntos serem direcionados para a linha de duas rodas.
É fundamental que os reparadores estejam atualizados para poder oferecer serviços qualificados e confiáveis e as empresas de treinamento têm a obrigação de estarem “antenadas” às tendências de mercado, a fim de transmitirem essas informações aos reparadores.
As motocicletas estão recebendo sistemas de gerenciamento eletrônico para controle de emissões, e cada montadora define o protocolo e estratégias dos sistemas utilizados por elas.
A Honda, líder de mercado, tem praticamente toda sua linha com injeção eletrônica; A Yamaha implementou melhorias no sistema de seus modelos que já eram injetados; a Dafra lançou seu segundo modelo que, além de injetado, traz um novo conceito em Scooter (Citycom 300cc) e a Kasinski, que está crescendo e se consolidando cada vez mais no mercado, já conta com grandes investidores estrangeiros e hoje define o Brasil como n° 1 para futuros investimentos.
A montadora inaugurou mais uma fábrica com modernidade suficiente para alcançar os objetivos focados em qualidade e quantidade. Trouxe para o Brasil a Scooter elétrica e tenham a certeza de que assim que o consumidor enxergar o custo/benefício desse tipo de veículo ocorrerá uma explosão nas vendas. É só identificar o foco de utilização a que este veículo se destina.
A Shineray, ainda muito tímida no mercado nacional, está entrando com dois novos modelos injetados, a XY 200-5 e a XY 200-5 - praticamente a mesma motocicleta, apenas com diferenças de estilo Naked e Sport.
Se observarmos, todas as montadoras de motocicletas estão se preocupando em manter em sua lista de produtos modelos injetados que atendam às normas de emissões. Ou seja, o que antes era uma tendência, hoje é uma realidade e também uma prioridade para atender o mercado.
E assim será na reparação: a necessidade de informação não será daqui a cinco anos, mas é para já!
Acredito que, em curto espaço de tempo, a maioria dos modelos circulantes em nossas ruas será injetada. Basta observar o crescimento de motocicletas novas em nossa frota.
Fica um alerta para aqueles que acham que daqui cinco anos ainda há tempo para começar.