
Por que mudar a expressão?
De acordo com Amanda, o termo “mão de obra” tem origem na Revolução Industrial, quando trabalhadores executavam tarefas repetitivas e sem autonomia. Para ela, essa definição não representa a realidade atual das oficinas, que operam com alta tecnologia e exigem raciocínio técnico.
“Hoje, o profissional automotivo interpreta dados, realiza diagnósticos complexos, domina sistemas eletrônicos e toma decisões que impactam diretamente a segurança do veículo”.
Impacto na percepção do consumidor
Segundo o movimento, quando o cliente lê “mão de obra” no orçamento, tende a enxergar o serviço como algo simples e facilmente substituível. Isso favorece pedidos de desconto, comparações com concorrentes e desvalorização do trabalho especializado.
A proposta é que a expressão “Serviço Técnico” evidencie o conhecimento envolvido no reparo, ajudando a melhorar a percepção de valor e a comunicação entre oficinas e consumidores.
Onde aplicar a mudança
A nomenclatura sugerida pode ser adotada imediatamente em:
Exemplo proposto pelo movimento: De: “Mão de obra – troca de embreagem” Para: “Serviço Técnico – sistema de embreagem”
Movimento aberto e sem fins comerciais
O Serviço Técnico Automotivo é gratuito e colaborativo. Qualquer profissional, oficina ou empresa pode aderir apenas atualizando sua forma de comunicar os serviços.
A iniciativa também está sendo apresentada a entidades como SENAI, ABNT, sindicatos, associações da reparação, portais automotivos, distribuidores e educadores do setor, buscando padronização nacional.
Declaração da idealizadora
“A oficina de hoje exige raciocínio, técnica e responsabilidade. O trabalhador automotivo não é mais uma ‘mão de obra’. É um técnico que pensa, analisa, diagnostica e entrega segurança. A valorização começa pela linguagem”, afirma Amanda Medeiros.