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Sob a influência da velocidade


REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Alexandre Akashi
15 de outubro de 2009

Quando o reparador automotivo Elcio Lange, da cidade de Pomerode, interior de Santa Catarina, viu o comboio de carros da Copa Peugeot de Rally de Velocidade passar pela primeira vez, em 2005, fechou a oficina. “Baixei as portas e fui atrás, já com a convicção de um dia participar do campeonato”, conta Lange.



Os carros que atraíram Lange foram os Peugeot 206, preparados pela montadora para beber gasolina de alta ocatanagem e desenvolver 130 cv de potência. No início deste ano, e com o lançamento do 207 em outubro do ano passado, a Copa Peugeot ganhou uma nova categoria, a 207 Super.
Este novo modelo ficou um pouco mais apimentado. O motor 1.6 L 16 válvulas Flex bebe álcool etílico e desenvolve 140 cavalos de potência e 16 Kgfm, a 5.000 rpm (os normais têm 113 cv e 15,5 Kgfm a 4.000 rpm). Por conta disso, a Peugeot adotou um novo bico injetor, vela de ignição com menor grau térmico (para suportar a temperatura mais alta do motor) e filtros de ar esportivos.

Como em todo bom carro de corrida, o coletor de escapamento foi redimensionado, de forma tal que a velocidade dos gases seja a mesma na ponta do escapamento, resultando em melhor fluxo de saída dos gases. Já o módulo de injeção recebeu um novo mapeamento, para o motor trabalhar em giro mais alto: 7.000 rpm.

O sistema de acionamento do câmbio é idêntico aos 207 de série, por comando por cabo, uma evolução do 206, que tem acionamento por vara. Porém, no carro de Rally, a relação das marchas mudou, ficou mais curta.
O diferencial do Rally tem relação final 4,92:1 enquanto no de série é de 4,69:1. Em média, o câmbio do Rally é 10% mais curto que o de série, por marcha. Com isso, o carro anda sempre em giro mais alto, mais próximo do limite de torque máximo, um fator determinante para retomadas de velocidade mais rápidas em curvas fechadas.

Relação de marchas    207
de Rally    207
de Série
1ª    3,42    3,41
2ª    1,95    1,8
3ª    1,37    1,28
4ª    1,05    0,97
5ª    0,85    0,76
diferencial    4,92    3,41

Outro fator determinante para o bom desempenho em estradas esburacadas de terra (e às vezes lama) é a suspensão. No 207 de Rally, a geometria é idêntica ao carro de série, porém com molas, amortecedores e bandejas da Peugeot Sport francesa, que são específicos para competições. Isso não impede, no entanto, quebras e necessidade de manutenção, muito pelo contrário, pois os pilotos levam os carros ao extremo durante as etapas, sem contar com os acidentes de percursos.

Os freios são originais, a disco nas quatro rodas de aro 14”, que são pintadas e emprestadas do 207 Escapade, que também fornece os faróis mascara negra. Os pneus 185 65 R14 foram desenvolvidos pela Yokohama, especialmente para andar na terra.

Quem tiver interesse em participar da Copa Peugeot desembolsa hoje R$ 50 mil na aquisição do 207 de Rally, e recebe um pacote de benefícios, como um par de macacões (para piloto e navegador), transporte logístico dos carros para todas as etapas do Rally (da garagem do competidor ao local de prova e retorno), venda de peças subsidiadas pela montadora e consultoria técnica. Além disso, os cinco primeiros colocados de cada categoria recebem prêmio em dinheiro, e, a melhor dupla entre todos os participantes da Copa, ganha um 207 de Rally zero Km.

 

Reparador mostra que também é bom ao volante

Apesar do lançamento do 207 de Rally, a grande maioria dos pilotos participam da Copa Peugeot com os modelos 206. São duas categorias: a 206 Máster e a 206 Light, para iniciantes. O reparador Elcio Lange participa da categoria 206 Máster, uma abaixo da 207 Super, pois em 2007 conquistou o título de campeão na 206 Light e foi “promovido”.

A trajetória de Lange rende um livro. Sem muitos recursos, o reparador iniciou a carreira como piloto de rally em 2006, e logo na primeira prova ficou em 7º lugar. Na segunda, obteve a 5ª colocação. No segundo ano, em 2007, veio o primeiro campeonato. “Já estava de mala pronta, saindo da cidade, quando me ligaram e avisaram que era para eu voltar, pois haviam encontrado um problema no carro do meu principal adversário”, conta.

De fato, o inesperado ocorreu naquele domingo, 25 de novembro de 2007, na etapa de Curitiba (PR). Pegos de surpresa pelo regulamento, a dupla gaúcha do carro 18, Geraldo Teixeira e Rosa Ribeiro, foi desclassificada por irregularidades técnicas na caixa de transmissão. “O regulamento havia sido alterado e eles não tinham a informação. Foram pegos de surpresa”, afirma Lange.

Azar de uns, sorte de outros. O catarinense se tornou campeão e as condições começaram a melhorar para ele, que literalmente vendia o almoço para pagar a janta e participar do campeonato. “Nos primeiros anos, armávamos barracas de camping e dormíamos na área de apoio”, conta o reparador, que adquiriu o primeiro carro em 2006, usado, do campeão da Copa de 2005.

Hoje, Lange disputa o campeonato na categoria 206 Máster, que este ano já tem vencedor conhecido, a dupla Marcos Tokarski (PR) e Kana Ribeiro (PR), que conquistou o título com uma etapa de vantagem, em Blumenau (SC), realizada em setembro. A convite da Peugeot, acompanhamos esta etapa, tendo, inclusive, participado de um dia competição, como navegador do piloto Tino Viana.

Nos bastidores, muito trabalho

Todos os veículos da Copa Peugeot são especialmente preparados pela montadora francesa para correr na terra. Com isso, a marca ganha experiência para aprimorar conceitos, que podem ser incorporados no futuro nos carros de passeio.

Os motores são lacrados, para manter a regularidade e competitividade, e as equipes cuidam da manutenção preventiva e corretiva dos carros nos intervalos de cada prova e depois das etapas.


Ao final da prova, mecânicos trabalham duro nos carros

Para quem pensa que se trata de trabalho fácil só porque o motor não pode ser aberto, errou. Durante a etapa, que é dividida em dois dias de provas (sábado e domingo) e por oito especiais (quatro por dia; cada especial é uma volta no circuito, demarcado previamente pela organização da competição), muitos ajustes e correções precisam ser feitos, principalmente entre a noite de sábado e a manhã de domingo, quando os carros voltam do primeiro dia de prova, para a área de apoio.

“É preciso fazer um check-list completo, além de conversar com o piloto para saber se ele sentiu algo de estranho no carro durante as especiais”, afirma Lange. Uma dica do reparador é limpar bem a lama que fica na haste do amortecedor, para evitar riscos e a entrada de poeira, o que reduz a vida útil do componente.


Uma pedra no caminho deslocou a roda dianteira esquerda para trás e entortou a bandeja

Cantador
A Peugeot mantém um carro para a imprensa participar de um dia de competição, como navegador-convidado para o piloto profissional Tino Viana. A emoção é forte. Minha participação ocorreu no domingo, segundo dia de prova. No sábado, ao final do primeiro dia, ao ver o carro voltar para a aérea de apoio, pensei que não ia mais correr: uma batida numa pedra deslocou a roda dianteira esquerda do carro de imprensa durante a prova e entortou o braço da suspensão.

O prejuízo foi grande, pois preventivamente o chefe dos mecânicos da equipe Le Lac Rally Team, que cuida da manutenção do carro de imprensa, decidiu trocar também o semi-eixo. “Melhor não arriscar”, pensei, sabendo que no dia seguinte era eu quem estaria a bordo.

Pouco mais de duas horas depois, o carro nº 74 estava pronto. A equipe tinha ainda outros carros para ‘tratar’. As condições climáticas daquele sábado não estavam muito boas; caia uma garoa constante e a pista ficou bem lisa, resultando em vários acidentes no primeiro dia de competição.
A essa altura, a equipe de mecânicos da oficina de Elcio Lange, que hoje ainda dorme na área de apoio, porém bem instalada em um ônibus transformado em motorhome/oficina, também se preparava para dar assistência aos carros da equipe. Em tempo: atualmente Lange aluga a estrutura para outras duas duplas, que contam com mão-de-obra qualificada para qualquer perrengue durante as etapas. Isso é o que eu chamo de rápida ascensão!

Domingo
Sete horas da manhã. Visto o macacão de competição e vou encontrar o piloto Tino Viana. Repasso mentalmente as instruções de navegação e entro no carro. O nervosismo é grande, assim como a ansiedade. Finalmente chegou a nossa vez. Alinhamos na primeira especial, Tino acelera fundo, segura o carro na embreagem, luz verde... começo a cantar as curvas, mas segundos depois algo inesperado ocorre e o câmbio fica bobo.

Tino consegue engatar uma segunda e com um cavalo-de-pau dá meia volta. Os mecânicos da Le Lec Team indagam o que ocorreu. Em poucos minutos, recolocam o cabo de acionamento do câmbio no lugar, que escapou, porém tarde demais para participar da primeira especial.

“Pode ter sido reflexo da batida na pedra de ontem”, avaliou Tino. Minha estréia como navegador teria de esperar um pouco mais. “Esse tipo de efeito é muito comum”, afirma Tino. “As equipes pagam na etapa seguinte pelos abusos cometidos hoje”, diz o piloto. Minutos depois lá estava eu, cantando as curvas, na segunda especial.

Antes do almoço, estávamos de volta à área de apoio. Naquele domingo, dupla Marcos Tokarski (PR) e Kana Ribeiro (PR), se consagrou campeã da categoria 206 Máster, com uma etapa de vantagem e, enquanto todos comemoravam, os mecânicos das equipes trabalhavam duro para desmontar coletores de admissão e caixas de câmbio, para passar pela inspeção técnica, a mesma que há dois anos deu o título de campeão da categoria 206 Light ao reparador Elcio Lange.

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