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A visão dos reparadores sobre a inspeção veicular ambiental foi exposta por Celso Morila, da Tecnomotor. O palestrante falou sobre a angústia dos reparadores quanto à falta de informações, como critérios abordados pela Controlar para inspeção, a escassez de treinamentos específicos e de relacionamento entre reparador independente e institutos de inspeção. Além disso, abordou o uso correto dos analisadores de gases e a falta de treinamentos adequados voltados para reparadores sobre o uso dos equipamentos.
Harald Peter falou dos dados da inspeção em São Paulo. A intenção é que passem pela inspeção mais de dois milhões de veículos até o final do mês. Peter explicou que 20% dos carros são reprovados na primeira inspeção, a maioria no teste de emissões. “O papel da oficina é orientar o cliente para que ele saiba que o carro tem condições de ser aprovado, desde que seja feito um trabalho de manutenção”, afirmou.
Entre os assuntos abordados, os representantes da Controlar explicaram como funciona o processo de inspeção dentro dos centros de inspeção. Além disso, ressaltaram a importância do reparador na manutenção preventiva dos veículos, que resulta na aprovação ou não dos carros. Os representantes afirmaram que todas as dúvidas quanto aos carros de clientes reprovados podem ser sanadas diretamente com o responsável técnico no centro de inspeção. “Os nossos técnicos são orientados a receberem o reparador.
O mecânico que ainda ficar na dúvida pode contatar a Controlar via Sindirepa e será atendido em até 72 horas”, disse Rosin.
Antonio Gaspar, diretor do Sindirepa – SP, falou sobre as legislações que regem a inspeção veicular ambiental. Para ele, é essencial que o reparador saiba de todas as leis que se aplicam à inspeção veicular ambiental, além da obrigatoriedade em se seguir os padrões de emissões de cada veículo, determinados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). “Existem regras específicas para a inspeção veicular. As montadoras devem divulgá-las, porém encontrar não é fácil. Por isso, colocamos todas estão disponíveis no site do Sindirepa (www. http://www.sindirepa-sp.org.br)”, disse.
Com a palavra, as oficinas
Em depoimento, o GOE (Grupo de Oficinas Especializadas) fez o seguinte comentário: O evento foi muito bem organizado, com fácil acesso, e com uma presença grande dos grupos que trabalham a favor do setor. Fica a mensagem de quem mais cresceu neste workshop: o aftermarket.
Cresceu a importância das fábricas apoiarem as necessidades, e nisto o time da Agenda do Carro está de parabéns, cresceu o Sindirepa-SP por ter sido eleito o caminho e elo de ligação entre Controlar e Reparadores, cresceu a Controlar ao deixar claro que está aberta a conversas para melhoria e que não tem vantagem nenhuma em reprovar os veículos, e por fim cresceu o reparador que vai melhorar a comunicação, e resolver os problemas na manutenção dos veículos.
Saldo positivo para o aftermarket
Alexandre Akashi
O encontro marcou um novo começo para o relacionamento entre Controlar e oficinas mecânicas. Ficou claro que ambos têm lições de casa para fazer. Ambos estão certos e errados ao mesmo tempo.
A Controlar precisa ajustar alguns procedimentos e ficar de olhos abertos na idoneidade dos funcionários, o que não é fácil. Em um país onde ainda existe a ‘Lei de Gerson’, em que todos gostam de levar vantagem, é preciso punir com rigor desvios de conduta. É preciso, inclusive, torná-las públicas, para que sirvam de exemplo àqueles que pensam que tudo podem.
Por outro lado, as oficinas também precisam agir corretamente na hora de realizar a manutenção do veículo do cliente, evitar os ‘jeitinhos’, as gambiarras. Devem ficar também de olhos abertos, pois existem maus profissionais que insistem em tomar o caminho mais fácil.
O que realmente marcou este encontro foi a possibilidade de entendimento entre a Controlar e as oficinas, em um debate aberto, sem máscaras. A inspeção veicular ambiental é uma questão de saúde pública, que reflete de forma impactante na economia do país.
É uma necessidade que vai além das críticas, pois é salutar para toda a sociedade. Claro que precisa ser melhorada, claro que precisa ser questionada. Sempre, o tempo inteiro, mas no sentido de aprimorar o que já foi conquistado e não paralisar o que já foi iniciado.
Por isso, o saldo para o aftermarket foi positivo no final deste encontro, que determinou alguns parâmetros anteriormente fechados a sete chaves: a comunicação entre Controlar e oficinas.
Os canais estão abertos e, segundo o diretor-executivo da Controlar, Eduardo Rosin, a empresa responde os questionamentos dos reparadores em até 72 horas. Além disso, o Sindirepa-SP criou uma câmara temática para lidar com todos os imprevistos entre reparadores e Controlar. Assim, caso haja algum problema, o primeiro passo é entrar em contato com o sindicato. E, nós, do jornal Oficina Brasil, também estamos à disposição.
O primeiro encontro entre Controlar e oficinas demorou a acontecer, mas como diz o ditado, ‘antes tarde do que nunca’.