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Saveiro 1.6 8V Trendline Cabine Estentida 2017 é veterana no mercado, mas ainda mostra fôlego


Reparadores avaliam positivamente a reparabilidade da versátil picape, mas alertam para alguns aspectos que devem ser considerados na hora da compra

Jorge Matsushima
16 de dezembro de 2016

Lançada em 1982, a Saveiro continua sendo uma ótima opção para quem precisa de uma picape pequena, robusta e versátil. Ao longo de seus 34 anos de vida no mercado, a Saveiro já viveu momentos de glória, chegando a ocupar o topo das vendas dentro do segmento. Atualmente continua firme entre as mais vendidas da categoria, mas a recente entrada de picapes intermediárias como a Duster Oroch e Fiat Toro podem exigir novas estratégias de sobrevivência para a Saveiro.

Foto 1E para avaliar as virtudes e pontos a serem melhorados, rodamos com a nova Saveiro Trendline CE (cabine estendida) e convidamos quem mais entende do assunto, que são reparadores automotivos experientes cadastrados no Guia de Oficinas Brasil, e são eles:

Luiz Carlos Bailone (Luizinho – foto 1), 48 anos, técnico em eletrônica, reparador e empresário, atuando há 41 anos no segmento automotivo. Aos 7 anos de idade já frequentava a oficina de seu pai, brincando, aprendendo e ajudando ao mesmo tempo. A empresa Auto Elétrica Luizinho está localizada há 52 anos no bairro do Jardim Tremembé, zona norte da cidade de São Paulo-SP, e passou por toda a transição da era mecânica para a eletrônica automotiva. Luizinho é ainda um dos integrantes do GOE+.

Foto 2

Rodolfo Chinellato (foto 2 dir.), 62 anos de idade, técnico em eletrônica, reparador e empresário com 40 anos de mercado, quando fundou a Shazan Serviços Automotivos, localizada no bairro de Pirituba em São Paulo-SP. Antes de montar sua oficina, trabalhou em concessionárias e fez muitos cursos em montadoras, fabricantes de autopeças e de equipamentos, e continua se atualizando até hoje. Há 22 anos, ganhou o reforço do filho, Bruno Maganini Chinellato (foto 2 centro), 34 anos, administrador de empresas, que desde os doze anos de idade já atuava regularmente na oficina em meio período, conciliando seu tempo com os estudos. Desde cedo, Bruno optou pelo segmento da reparação automotiva, e hoje é sócio da empresa junto com seu pai. Na equipe técnica eles contam com o colaborador Nilton Pereira da Silva (foto 2 esq.), 28 anos, que trabalha há onze anos na Shazan. Nilton é formado em automobilística pelo Senai, e sempre atuou em oficinas independentes.

Foto 3

Júlio César de Faria (foto 3), 44 anos, administrador de empresas com pós-graduação em finanças, empresário e há 19 anos no segmento automotivo como proprietário da JCF Centro Automotivo, localizada na cidade de Piracaia-SP. Júlio atuava na indústria de calçados, que entrou em colapso há duas décadas atrás, e como alternativa, optou pelo empreendimento próprio, dentro do segmento automotivo. Os primeiros anos foram difíceis, mas ao longo do tempo conseguiu colocar suas ideias em prática e continua firme no segmento.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES 

Bruno aprova as novas linhas da Saveiro e comenta: “o design ficou bem atualizado e bonito, com o novo conjunto ótico dianteiro (foto 4), e a traseira (inspirada na Amarok) também ficou mais imponente (foto 5). Inicialmente as picapes leves eram veículos destinados ao trabalho pesado, mas consumidores jovens começaram a adotar este tipo de carro para o uso pessoal, pela sua versatilidade, e as montadoras começaram a oferecer modelos cada vez mais sofisticados para atender este público, e o resultado é bem interessante.”

Foto 4 e 5
Luizinho também avalia positivamente a estética e avalia: “a VW demorou um pouco para atualizar a Saveiro em relação aos concorrentes diretos, mas quando ela fez, acredito que agradou bastante o público alvo, e o carro ficou com um estilo bem arrojado e moderno, bem ao gosto do consumidor, que está mais exigente, considerando também as características técnicas e estruturais.”

Júlio elogia o design interno (foto 6), bem atualizado, e que lembra muito mais um carro de passeio, e observa: “embora sejam rígidos, o painel e os acabamentos em plástico são de boa qualidade, e só o tempo vai dizer se eles se manterão firmes, sem gerar muitos ruídos internos. O desenho ficou “show de bola”, atualizado, combinando partes em preto com detalhes cromados e imitação de fibra de carbono. O conjunto agrada e transmite robustez.”

Foto 6
Luizinho elogia o bonito desenho do painel de instrumentos, mas não concorda com a eliminação do marcador de temperatura do motor, que na sua visão é uma informação essencial. Ele registra ainda que o botão de regulagem dos espelhos retrovisores é muito frágil, pois quebra com facilidade, e frequentemente atende clientes que precisam substituir o componente.

Bruno observa a presença de diversos itens de conforto como ar-condicionado, direção hidráulica, trio elétrico, um bom sistema de som com entrada USB, cartão de memória e bluetooth, quebra-sol com espelho e iluminação individual, e um prático suporte para smartphone (foto 7), mas Bruno faz uma observação: “este suporte é muito útil, mas quando não estiver em uso, melhor removê-lo para evitar quebras acidentais. O encaixe é simples, e na base dele existe um ponto USB adicional, ideal para recarregar o aparelho, principalmente se estiver usando o navegador. São pequenos detalhes que conquistam muitos consumidores.”

Foto 7
A versão testada na configuração com cabine estendida é a mais adequada na visão dos entrevistados, pois mantém uma boa caçamba, e conta com um providencial espaço atrás dos bancos (foto 8), com porta-objetos nas laterais, ferramentas, tomada adicional de 12 V, e pontos de ancoragem para fixação de rede para acomodar melhor algumas bagagens. O espaço é ideal também para transportar malas, bolsas, mochilas e objetos pessoais, que ficam mais protegidos na parte interna do veículo.

Foto 8
Luizinho aprova o conjunto, mas pondera: “o preço sugerido de R$ 62.746,00 é muito alto para uma versão intermediária, embora bem equipada. A versão Cross que é a top de linha, é ainda mais cara e o seu preço fica acima de picapes maiores como por exemplo a Duster Oroch.”

DIRIGINDO A SAVEIRO 

Luizinho elogia a boa visibilidade, incluindo os retrovisores externos e interno e complementa: “a posição para dirigir é muito boa, pois o banco com regulagem de altura é anatômico, te deixa muito bem encaixado, e mantém o corpo firme, mesmo em manobras mais extremas. O sensor de ré ajuda muito nas manobras de estacionamento, pois a caçamba é alta. E para completar, o retrovisor do lado direito tem a função tilt-down, muito útil, que aponta para a guia nas manobras de ré.”

Com potência de 104 CV e torque de 15,6 kgf.m (a 2.500 rpm), a performance do motor flex 1.6 de 8 válvulas foi aprovada pelos reparadores, que destacam o bom torque em baixas rotações e a elasticidade do motor nas acelerações e retomadas. Outro item percebido e elogiado foi o assistente de troca de marchas, que ajuda o condutor a dirigir de forma mais econômica. Júlio e Bruno observam e relatam outra característica interessante deste recurso: “o assistente é dinâmico, ou seja, é capaz de reconhecer pela forma de aceleração, se o condutor está em condições normais de rodagem, sugerindo trocas em rotações mais baixas, ou se está em uma situação de ultrapassagem, na qual a troca deve ser feita em rotações mais elevadas. Ele avisa também que o condutor não deve ficar acelerando com o carro parado!”

A transmissão manual de 5 marchas, segundo os entrevistados, está muito bem escalonada e apresenta engates curtos, precisos e bastante confortáveis para o condutor.

O resultado de economia de combustível, segundo dados apurados pelo Inmetro dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, aponta para a classificação “A” dentro da categoria e “B” na geral, que a coloca entre as mais econômicas no segmento. O nível de emissões de poluentes também é satisfatório.

Os reparadores notaram uma grande evolução no comportamento da suspensão, e chamam a atenção para alguns aspectos como a boa absorção das irregularidades do piso, ausência de batidas secas no final de curso, redução do nível de ruído transmitido para a cabine, calibração firme que mesmo assim proporciona um bom índice de conforto mesmo com a caçamba vazia, e um excelente comportamento dinâmico na estrada, com ótima estabilidade e dirigibilidade, apesar da discreta oscilação da parte traseira, considerada normal para uma picape. A sensação transmitida é de plena segurança e o controle do carro sempre à mão. Bruno observa ainda que a altura livre do solo e o desenho dos para-choques oferecem um bom ângulo de ataque e de saída, ou seja, o carro não fica raspando em lombadas, valetas e em uso off road leve.

Outro item que mereceu destaque entre os reparadores foi a evolução e eficiência do sistema ABS nas frenagens. Luizinho testou a eficiência em pisos irregulares e molhados e comenta: “o ABS substituiu com vantagens as problemáticas válvulas equalizadoras. O aumento da segurança em situações críticas de frenagem é inquestionável.” Bruno aponta outras questões pertinentes ao sistema: “a vibração no pedal quando o ABS está atuando é bem mais sutil e suave do que nas versões anteriores, e isso é muito importante. Frequentemente atendemos clientes que passaram pela experiência de acionar os freios em situação de emergência, e quando o pedal começou a vibrar, assustados, tiraram o pé do pedal achando que algo estava errado. Cabe a nós reparadores, explicarmos com calma o funcionamento e a finalidade do sistema. Nesta versão mais evoluída do ABS, acredito que os condutores não terão mais receios, e o sistema vai cumprir a sua função.” Júlio concorda com estas avaliações, e reforça a importância e eficácia do sistema ABS: “no teste freamos forte com dois pneus no asfalto e dois no cascalho solto, e também freamos forte no meio de uma curva, e em nenhum momento o veículo fugiu de controle ou teve as rodas bloqueadas sem controle. É uma evolução que favorece muito a segurança dos ocupantes.”

O bom isolamento acústico da cabine não passou despercebido pelos reparadores. Luizinho avalia que o ruído mais alto vem do atrito dos pneus no asfalto, e que nem o trabalho da suspensão e do motor incomodam. Júlio elogia a sensível redução de ruídos provocados por acabamentos internos e peças de plástico, muito comum nos modelos anteriores, segundo a sua percepção. Bruno lembra que em uma picape, é preciso ajustar frequentemente a calibragem dos pneus conforme o volume de carga transportado, pois isso afeta o conforto, a vida útil dos pneus e a durabilidade do carro como um todo. 

MOTOR EA 111 1.6 FLEX 8V 

Júlio avalia que os procedimentos de manutenção no motor EA 111 (foto 9) são simples, básicos e de fácil execução, pois é uma mecânica bem conhecida que não oferece nenhum tipo de complexidade. 

Foto 9
Pelo lado esquerdo, Rodolfo e Nilton elogiam os bons acessos à bateria, filtro de ar, unidade de comando e os reservatórios do lavador de para-brisa e do fluido de freio (foto 10). Bruno observa que apesar do aumento do uso de componentes elétricos e eletrônicos, um pequena bateria de apenas 44 Ah é suficiente para atender à demanda, e cita como exemplo o compacto motor de arranque, mais eficiente e que reduz sensivelmente a descarga da bateria.

Foto 10
Pela parte central, Rodolfo aprova os acessos livres à bobina de ignição, velas e cabos, injetores e TBI com TPS integrado (foto 11).

Foto 11
Luizinho e Júlio reforçam um alerta sobre os cuidados na manutenção do motor EA111, que pode se tornar problemática quando as revisões periódicas não forem rigorosamente executadas, principalmente a troca de óleo, e eles reforçam: “ é preciso utilizar o óleo correto especificado pela montadora. A tampa de válvulas por exemplo, que é de alumínio, também atua como mancal do eixo comando de válvulas (foto 12), e se a película de óleo lubrificante entre as peças não estiver correta, haverá atrito entre o alumínio da tampa e aço do eixo, e o desgaste será inevitável. Os tuchos hidráulicos também apresentam problemas quando o proprietário se descuida da troca de óleo.” Nilton complementa com uma boa sugestão para evitar estes problemas: “muitos proprietários de um Volkswagen estão acostumados com o tempo em que podiam adicionar qualquer óleo de motor que estava tudo bem. É preciso orientá-lo que os motores modernos são diferentes, e que trabalham com folgas (tolerâncias) menores, e por isso precisam de óleos lubrificantes muito mais eficientes, que devem ser substituídos rigorosamente no prazo estipulado pela montadora.” Finalizando, todos entrevistados concordam que quando os prazos de troca do óleo são respeitados pelos usuários, o motor EA111 é robusto e não apresenta maiores problemas.

Foto 12
Na parte de ignição, Bruno alerta que a bobina costuma apresentar problemas, e sugere: “sempre que houver troca de velas e cabos de vela, é importante testar e avaliar as condições da bobina, pois em muitos casos ela está no limite da vida útil, e a troca somente das velas e cabos, dá apenas uma pequena sobrevida ao componente, mas que vai falhar na sequência, gerando um retorno. Portanto quando velas e cabos estiverem muito gastos, é bom considerar também a troca da bobina.”

Pelo lado direito do cofre do motor (foto 13), Luizinho observa que também há bons espaços e acesso para o alternador e os reservatórios da direção hidráulica, expansão do arrefecimento e lavador de para-brisa. Destaca ainda a troca da correia dentada do tipo elástica, que exige um procedimento específico, começando pela ferramenta (chapa guia) apropriada que costuma vir junto com a correia nova. Nilton lembra que o procedimento envolve dois técnicos, pois é preciso que um vire o motor manualmente, enquanto o outro posiciona a correia e o dispositivo para o encaixe correto. Luizinho sugere que o ideal é remover as velas de ignição para facilitar a rotação manual do motor. 

Foto 13
Bruno analisa que as correias elásticas, embora eliminem a necessidade do uso de esticadores, são mais caras do que as correias convencionais. Outra desvantagem é a impossibilidade de reaproveitamento em caso de desmontagem do cabeçote ou de outros componentes, pois uma vez soltas, precisam ser substituídas. Isso vale para a correia dentada, e para as duas de acessórios, sendo uma específica para o compressor do ar-condicionado, e a outra para os demais componentes.

Rodolfo critica o antiquado recurso do sistema de partida a frio, com tanquinho, motorzinho e válvula de 3 vias, e Bruno emenda: “essa tubulação de combustível do sistema é bem frágil, e muito difícil de remover sem quebrá-la.  Na troca de um amortecedor por exemplo, é preciso soltá-la e ela costuma quebrar. E frequentemente nas revisões, precisamos drenar e trocar a gasolina envelhecida no tanquinho.”

Júlio considera que os coxins do motor e da transmissão são bem resistentes e não quebram com frequência, mas quando é preciso, a substituição não é complexa.

Pela parte de baixo do motor (foto 14), os reparadores compreendem que as questões de segurança, melhoria na refrigeração do motor e alívio de peso, tendem a eliminar o uso do protetor de cárter, mas consideram que nas condições precárias da maioria de nossas vias, é um componente que faz falta.

Foto 14
Em contrapartida, Rodolfo valoriza o excelente acesso que agiliza diversas rotinas de manutenção. Todos concordam com ele, a apontam a facilidade para proceder a troca de óleo do motor, mas também por unanimidade, criticam o mau posicionamento do filtro de óleo (foto 15), em um espaço apertado e muito próximo do catalisador, que inviabiliza a troca do componente com o motor quente.

Foto 15
Rodolfo e Nilton avaliam que as rotinas de manutenção no sistema de arrefecimento serão fáceis, com bom acesso ao radiador e ventoinha (foto 16), e comentam: “essa frente parece um pouco maior e liberou mais espaço. A remoção do radiador também é tranquila.” 

Foto 16
Saindo das rotinas de manutenção preventiva, Luizinho aponta que alguns motores EA111 têm apresentado uma incidência de problemas de vazamento de água entre o tubo de água e o conjunto carcaça da válvula termostática (foto 17). Nilton relata algumas manutenções corretivas feitas para eliminar vazamento junto aos parafusos de fixação da bomba de óleo do motor. 

Foto 17
Para as rotinas de manutenção no sistema de ar-condicionado, Luizinho anota: ”os pontos de recarga estão bem posicionados e próximos (foto 18). O acesso às válvulas block também é muito favorável (na parede corta-fogo), e aqui temos uma providencial etiqueta com as especificações do gás e a quantidade correta (foto 19), que diminui sensivelmente em relação aos modelos anteriores (de 700 para 400g). O compressor é menor, mais eficiente, e o acesso muito tranquilo pela parte de baixo do motor.” 

Foto 18 e 19     

TRANSMISSÃO MQ200

Nas rotinas de manutenção do sistema de transmissão (foto 20) e troca da embreagem, Luizinho e sua equipe preferem soltar o agregado e abaixar a transmissão com o macaco hidráulico para facilitar o acesso aos componentes. 

Foto 20
Já Rodolfo prefere trocar a embreagem ou mexer na transmissão sem soltar o quadro, e justifica: “a gente ganha tempo, e também não mexe na geometria da suspensão. A troca do óleo de transmissão também é bem fácil. O atuador da embreagem é hidráulico e posicionado externamente, muito fácil para trabalhar. A troca dos coxins do motor, lado direito e inferior é tranquila, mas o coxim do lado esquerdo (transmissão), fica embaixo da bateria e é mais complicado, pois precisamos remover a bateria, suporte da bateria e caixa do filtro de ar.”

FREIO, SUSPENSÃO E DIREÇÃO 

A suspensão dianteira é independente do tipo Mc Pherson, com amortecedores telescópicos e molas helicoidais (foto 21). Os freios são a disco ventilados e contam com sistema ABS (antibloqueio), EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e ESS (alerta de frenagem de emergência). O acesso ao módulo e corpo de válvulas (foto 22) é fácil e conta com bom espaço para manuseio.

Foto 21 e 22
Luizinho credita as novas buchas de fixação da bandeja no quadro da suspensão como as grandes responsáveis pela correção dos problemas que aconteciam nos modelos mais antigos. 

Nilton e Rodolfo consideram a manutenção e troca dos componentes tranquila, mas citam que o amortecedor dianteiro tem acesso livre pela parte de cima, mas sofre interferência na parte inferior, e é preciso remover alguns componentes como o semi-eixo, por exemplo, para liberar o espaço necessário.

Júlio aprova a troca da junta deslizante (‘bolachão’) no semieixo pela tulipa. Outra boa escolha na sua opinião são os pneus Pirelli 205/60 R15, medida padrão para reposição, de boa performance e bem aceita pelo consumidor.

A suspensão traseira (foto 23) é semi-independente com eixo de torção que dispensa a barra estabilizadora. O freio é a disco sólido. 

Foto 23
Nilton elogia a facilidade para efetuar a troca dos amortecedores traseiros, principalmente pelo coxim superior parafusado por fora (foto 24).

Foto 24
Bruno constata que o freio de estacionamento é a cabo, que aciona as pastilhas, ou seja, não um tambor e lonas auxiliares para esta finalidade. Rodolfo enaltece os efeitos positivos dos sistemas ABS e EBD, muito mais eficientes do que as problemáticas válvulas equalizadoras de frenagem. 

O ponto negativo fica por conta da fixação do estepe pela parte de baixo da caçamba, pois embora prático e racional para ganhar espaço na caçamba, deixa o componente muito vulnerável e sujeito a furtos. Reparadores confirmam que a ação dos ladrões de estepe é muito rápida, e a incidência de ocorrências é muito alta. 

A caixa de direção com assistência hidráulica fica posicionada sobre o agregado da suspensão (foto 25). Rodolfo relata as suas impressões: “o acesso para remoção e reinstalação do conjunto é bem tranquilo, e o acesso às mangueiras, conexões, reservatório de fluido e à bomba é mais fácil ainda. É um sistema que apresenta poucos defeitos, mas tem uma dica importante. Dentro da caixa existe uma porca puncionada de fixação que acaba se soltando e girando sozinha com a vibração, e com a folga a caixa começa a bater. É só reapertar esta porca e puncionar novamente para travá-la.” 

Foto 25 

ELÉTRICA E OUTROS ITENS

O acesso ao relês e fusíveis é tranquilo, uma parte fica junto à bateria (foto 26) e a outra junto ao conector OBD (foto 27).

Foto 26 E 27
Bruno avalia que a troca da lâmpada do farol alto é fácil, mas a da luz baixa é um pouco mais difícil. Do lado esquerdo é preciso remover a bateria, e do lado direito é preciso tirar o reservatório. Rodolfo porém, aponta problemas de infiltração de água no farol dianteiro direito (foto 28) e nos dois faróis de milha, que podem comprometer a vida útil de lâmpadas e do conjunto óptico.

Foto 28
Na iluminação traseira, Nilton mostra que basta remover um acabamento lateral para se ter acesso aos parafusos de fixação da lanterna (foto 29), e observa que a troca da luz de placa também é tranquila.

Foto 29
Na parte traseira do veículo, Luizinho aprova o sistema de abertura da tampa pelo emblema, o sistema de contrapeso que mantém a tampa na vertical (foto 30), evitando abertura acidental, a proteção da caçamba, a capota marítima e os sensores de ré, mas faz um alerta: “o sensor de ré é muito útil neste carro, mas o menor descuido pode danificá-lo, e como ele vem calibrado para emitir uma sinal para a rede de comunicação, só pode ser substituído por um original, que custa sozinho, um preço maior do que um conjunto paralelo completo.”

Foto 30
Pela parte de baixo do veículo, Júlio considera tranquila a troca do sistema de exaustão, dividido em duas partes fixadas por flanges nas emendas. Outro item de fácil substituição é o filtro de combustível, posicionado à direita do tanque de combustível (foto 31).

Foto 31
Para a manutenção da bomba de combustível, Nilton e Bruno mostram a tampa de acesso pela parte de cima do tanque (foto 32), e elogiam a opção da montadora em manter este importante recurso para uma manutenção mais rápida, segura e menos onerosa para o cliente.

Foto 32
Rodolfo mostra ainda o fácil acesso para troca do filtro de cabine, posicionado abaixo do porta-luvas (foto 33), mas observa que a tampa agora é fixada por parafusos, e não mais por presilhas, que eram mais práticas.

Foto 33
Finalizando, Nilton lamenta a ausência do extintor de incêndio, que deixou de ser obrigatório pela legislação, mas se trata de um item de segurança que pode fazer muita falta em um momento de emergência.

INFORMAÇÕES TÉCNICAS

Neste quesito, Luizinho faz uma boa avaliação e recorda: “durante algum tempo, a VW e sua rede tentaram reter todas as informações técnicas possíveis, e o resultado disso foi a queda de participação no mercado, e certamente eles perceberam e concluíram qu

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