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Sem muito alarde, a Nissan apresentou recentemente o Grand Livina, monovolume de sete lugares que promete brigar diretamente com o Chevrolet Zafira e, pelo preço, de R$ 54.890 a R$ 65.390, com o Citroën Picasso e a perua Grand Tour, da Renault. Ao todo, são quatro versões disponíveis ao consumidor, todas com motor 1.8L 16v bicombustível: duas com câmbio manual (acabamento básico e SL) e duas automáticas (acabamento básico e SL).
O motor 1.8L 16v bicombustível é o mesmo do Tiida e da Livina
Curva de torque e potência
A diferença entre os acabamentos é sutil, com itens de perfumaria (bancos de couro, ar-condicionado automático digital, entrada auxiliar para iPod e MP3, retrovisores pintados na cor da carroceria, seis auto falantes, entre outros). Há, porém, itens de segurança, como air bags duplos, ABS com distribuição eletrônica da força de frenagem (EBD) e assistência à frenagem (BA), que aplica toda a força no sistema quando sensores detectam que o pedal do freio foi acionado abruptamente e dispositivo I-Key, que permite a abertura das portas e a partida no motor à distância.
A base do Grand Livina é, porém, a mesma do irmão menor, a minivan Livina. Tanto que o entre-eixos é o mesmo: 2,6 metros. O Grand é 24 cm mais comprido, suficiente para a instalação de uma terceira fileira de bancos. O motor e o câmbio (automático - três marchas mais overdrive) são idênticos no hatchback Tiida e na versão mais potente do Livina. Já a versão com câmbio manual, de seis marchas, é o mesmo do Tiida.
Vista inferior do motor, sem protetor de carter;
Detalhe do radiador apoiado na longarina, um ponto fraco, segundo o conselheiro Claudio Cobeio
Detalhe da suspensão dianteira
Cobeio aponta a bieleta: muito longas, aumentam as chances de folgas
Produzido no México, recebeu nova central eletrônica (ECU), Bosch, e componentes internos para resistir à ação do álcool, como as válvulas de admissão, exaustão e vedadores de válvulas feitos com novos materiais; primeiro anel dos pistões de aço (antes eram de ferro fundido); novo desenho dos pistões (agora anodizados e com a primeira ranhura com 1,2 mm, em vez de 1,5 mm); bielas feitas de materiais mais resistentes; injetores de combustível adequados ao uso do combustível vegetal e sonda Lambda com dupla camada de proteção para resistir à umidade do álcool.
Com a adoção da tecnologia flex fuel, a estratégia da Nissan para partida a frio é injetar gasolina, oriunda de um reservatório externo, com capacidade de ½ litro, posicionado entre o capô e a base do limpador de pára-brisa, para evitar a abertura do compartimento do motor, sempre que a temperatura externa for inferior a 18°C (com 100% de álcool no tanque de combustível).
Pela avaliação do consultor técnico do jornal Oficina Brasil, Cláudio Cobeio, proprietário da CobeioCar, os coxins que sustentam o motor do Grand Livina são um dos pontos fortes do carro. “Aparentemente são bem resistentes”, afirmou Cobeio. Outro ponto que mereceu elogios do reparador foi o capricho nas tubulações, que “demonstram todo cuidado da montadora com o projeto”, avaliou.
O filtro de combustível é externo e bem protegido;
o acesso ao tanquinho dispensa abertura do capô