Infelizmente, o evidente uso político distorcido, comercial e interesses escusos distorcidos por natureza produzem uma tremenda incerteza em todos nós e, naturalmente, sentimos medo.
Aliás, desde os primórdios da humanidade a ignorância e as incertezas foram geradoras do medo. Ao longo da evolução da nossa civilização muitos medos foram extintos pela informação e esclarecimento.
O circulo desastroso é este: a incerteza gera o medo e o medo compromete nossa capacidade de raciocinar.
Não é a intenção de nosso editorial discorrer sobre os impactos da incerteza e do medo na marcha da civilização humana, pois este tema é explorado à saciedade por mestres, filósofos e cientistas em psicologia, psiquiatria, antropologia, sociologia, etc...
Reconhecendo nossas limitações preferimos discorrer sobre os efeitos da falta de informação e seus impactos negativos limitados ao nosso “quadrado” ou seja o aftermarket automotivo, que estudamos apaixonadamente há mais de 30 anos.
Acontece que o círculo desastroso de incerteza, medo e comprometimento intelectual também se manifesta entre os responsáveis pelas decisões em nossa cadeia automotiva, levando a posicionamentos errados ou falta de decisões (inércia) com consequências negativas para suas empresas com desfazimento de valor, prejuízos e falências.
Quem acompanha o mercado de reposição há muitos anos já assistiu à ascensão e queda de muitos modelos de negócios, desconsiderando os modelos equivocados, os problemas de gestão, obsolescência entre outros; as grandes crises também sempre representaram um teste de estresse no qual muitos empreendimentos soçobraram ou se não naufragam, perdem espaço para a concorrência e outros “miraculosamente” saíram fortalecidos desses desastres estruturais.
Novamente nosso mercado passou por um imenso desafio como ocorreu na crise de 2008 e já naquele tempo nós da CINAU procurávamos alertar aos players da reposição sobre a importância de calcar decisões no meio da tormenta alicerçados em dados e fatos evitando que a incerteza provocasse o medo que comprometeria as desejáveis decisões lógicas e racionais, que efetivamente podem livrar uma empresa de uma situação crítica e até mesmo aproveitar para se fortalecer na crise.
Neste sentido nesta primeira edição de 2021 de nossa mala direta OFICINA BRASIL em parceria com a CINAU, o PULSO DO AFTERMARKET apresenta mais uma matéria da série que iniciou em junho do ano passado trazendo informações inéditas sobre o comportamento de nosso mercado durante a pandemia.
O balanço final do ano de 2020 mostra que o mercado de reposição de veículos leves e comerciais leves confirmou crescimento - ainda que modesto - de 0,35% em relação a 2020.
O mais importante de toda esta experiência radical que foi o ano de 2020 é que aqueles profissionais do aftermarket, que acompanharam esta série de matérias sobre os efeitos da pandemia no mercado de reposição e estavam sintonizados no PULSO DO AFTERMARKET, receberam um pacote de dados que ofereceu condições concretas e úteis para atravessar esta tormenta com INFORMAÇÕES, efetivamente a melhor vacina contra o medo que nos leva a tomar decisões equivocadas e prejudiciais aos negócios.
Assim, tome mais uma dose da “vacina contra a incerteza” acessando a página 12 desta edição e continue mantendo a imunidade alta contra o medo.
Boa leitura e não se preocupe com efeitos colaterais, pois a informação vai ajudá-lo a gerar valor para seus empreendimentos e grandes realizações em 2021.