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Administrar uma oficina é simples e dá lucro – “Equipe"


Sempre que preciso mostrar como transformar funcionários em equipe uso a imagem e o texto acima

Por: Fábio Moraes - 23 de março de 2017

Meu trabalho não é pilotar o navio.

Nunca soprarei a corneta.

Não é meu lugar dizer até onde o navio irá.

Não tenho licença para ir ao convés, ou mesmo tocar o sino.

Mas se esta coisa começar a afundar,

Olha quem vai para o inferno.

Sempre que preciso mostrar como transformar funcionários em equipe uso a imagem e o texto acima. O que sempre tento mostrar é que somente conseguiremos um resultado positivo na empresa com o equilíbrio das contas, um faturamento crescente e pouca rotatividade quando tivermos equipe e não funcionários.

Fica claro na imagem que o navio é a oficina e que a simbologia do texto é mostrar para nossos funcionários que não importa a função que ele exerce e sim que ele faz parte de um todo e que por isso se o navio vai bem ele também e se o navio vai mal o funcionário também vai mal. Se o orçamento não é bem elaborado, se o comprador não comprar bem as peças, se o mecânico não tiver atenção na execução dos serviços ou ainda se o responsável pelos serviços gerais não limpar bem a oficina, uma parte da engrenagem que move o navio vai falhar e o navio sai do rumo ou começa a afundar principalmente quando existe a repetição destes erros.

É necessário e fundamental mostrarmos para nossos funcionários quando eles erram. Algumas vezes os funcionários erram por acharem que dominam o que fazem ou por darmos liberdade e autonomia demais a eles e na maioria das vezes não aceitam quando chamamos a atenção. Exatamente por isso precisamos mudar nossa abordagem e é nessa mudança que iniciaremos o processo de transformar funcionários em equipe.

01 – A mudança para transformar funcionários em equipe começa com o proprietário da oficina:

Você é o ponto de partida e somente você conseguirá fazer as coisas acontecerem na sua oficina e para isso iniciaremos um processo de mudança cultural, ou seja, entender e aceitar que eu estou acostumado a fazer as coisas de um jeito e vou ter que fazer de outro. Para ilustrar podemos citar algumas mudanças culturais simples para você:

•Separar uma hora do dia para estudar os indicadores (números) da oficina. Isso não pode ser deixado somente para sua esposa ou com quem trabalha no administrativo;

•Conversar durante o dia várias vezes com seus funcionários mostrando e explicando onde estão errando ou o que estão fazendo que está fora daquilo que você quer para a empresa;

•Não esconder dos funcionários alguns indicadores (números), principalmente se não forem bons. Aproveitar estes números para que eles entendam o rumo que você está querendo dar para o navio e que para não afundar a empresa depende de todos, independentemente do que cada um faz na oficina;

•Fazer uma reunião semanal (sempre às segundas) logo cedo. Comentar sobre algumas coisas boas da semana anterior e de algumas coisas não tão boas, não especificar ninguém (a ideia é mostrar que acertamos juntos, mas erramos juntos também). Com este posicionamento você começa a tirar do “eu” para o “nós”, da “individualidade” para a “coletividade”;

•Estabelecer uma meta diária de venda que cubra o custo (fixo + variável) da empresa e todos os dias, logo cedo, você avaliar se a meta foi ou não atingida no dia anterior. Caso a meta tenha sido atingida andar pela oficina elogiando todos. Caso a meta não tenha sido atingida parar por 2 minutos a oficina (mecânicos e orçamentista) e mostrar o que precisa ser feito para atingir a meta do dia mais a diferença do que ficou do dia anterior;

 

Sobre o autor

Fábio Moraes
CEO da empresa Ultracar, com 25 anos de experiência em gestão e administração de oficinas. Matemático, Analista de sistema e Administrador de empresas. Auditor do IQA, (Instituto de Qualidade Automotiva), consultor do IAA e consultor de várias oficinas do Brasil. Viajou o Brasil inteiro no ano de 2016 ministrando palestra com o tema “Oficina dá dinheiro, mas tem que administrar”
www.ultracar.com.br/blog