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Renault Sandero 1.0 16V enfrenta o teste definitivo nas oficinas independentes


Veja como esse hatch médio foi avaliado pelos reparadores independentes, que apontam as virtudes e os defeitos mais frequentes deste modelo

Por: Tenório Júnior - 15 de janeiro de 2016

O primeiro carro mundial da Renault produzido inicialmente fora das bases da empresa na Europa é o nosso carro da vez, o Sandero 1.0. Esse compacto de quatro portas foi desenvolvido a partir da plataforma do B0 (lê-se B zero). Essa rígida plataforma foi adotada para atender às exigências de rodagem do mercado brasileiro e dos demais países sul-americanos, priorizando robustez e amplo espaço interno - é a mesma plataforma utilizada pelo Renault Logan. 

O lançamento do Sandero no Brasil aconteceu em dezembro de 2007, desde então, a montadora francesa vem registrando aumento nas vendas e consequentemente, maior participação de mercado. Em 2015 atingiu 7,4% de market share, com 14.262 emplacamentos. Dentro deste cenário, destaca-se o produto da marca que obteve o melhor desempenho e que está entre os dez veículos mais emplacados no País, o Sandero. (fonte: Renault)

Agora resta-nos verificar como esse hatch, que teve seu visual renovado em 2012, se comporta diante daqueles que constatam no dia-a-dia das oficinas, seus pontos fortes e fracos, os reparadores independentes.

Cristiano Andrade Bastos, 33Utilizando o Guia de Oficinas do jornal Oficina Brasil, de forma aleatória, encontramos em Itapecerica da Serra o Centro Automotivo Porto Seguro, que atende em média cerca de 180 veículos multimarca, por mês. O Sr. Cristiano Andrade Bastos, 33 é quem nos concede a entrevista. Ele atua na parte administrativa e dá suporte técnico aos reparadores auxiliando-os no sentido de buscar informações técnicas para a resolução dos problemas mais complexos. “Quando temos um carro com defeito difícil de resolver, eu utilizo principalmente o site do jornal Oficina Brasil, entre outros meios, para buscar informações técnicas que irão contribuir no diagnóstico e solução do problema”, diz Cristiano.

José Natal Silva, 49

Com o mesmo critério de busca de oficinas, encontramos na Zona Sul da cidade de São Paulo no bairro do Campo Limpo, a Mega Car. Oficina multimarca que possui um total de 10 funcionários e atende em média, 120 carros por mês. A pessoa que colaborou com a nossa matéria foi o Sr. José Natal Silva, 49. Ele é o proprietário da oficina, técnico em reparação automotiva e presidente do GOE (Grupo de Oficinas Especializadas). Natal nos conta que como começou na profissão: “No início eu trabalhava em autopeças, depois eu tive a oportunidade de comprar uma Auto Elétrica com meu irmão que já era eletricista. Nessa ocasião eu só entendia mesmo de vender peças. Comecei aprendendo na prática e na raça, mas com a chegada dos carros com injeção eletrônica, eu senti a necessidade de me aperfeiçoar, fui fazer cursos e não parei mais. Hoje faz 25 anos que estou na luta”, relata o reparador.

Ivan Vasconcelos (Gerente) e  Giacomo V.Biondo (proprietário da oficina)

Para dar mais consistência à nossa avaliação, fomos visitar a Alpha Car Service na região central da cidade de São Paulo, bairro Consolação. Essa oficina, que também está no Guia de Oficinas, atende em média 160 veículos de diversas marcas, por mês. Conversamos com o Gerente da oficina, o Sr. Ivan Vasconcelos, 47. Ele começou como instalador de acessórios e aos poucos foi migrando para a reparação. “Comecei a trabalhar como aprendiz, me aperfeiçoei fazendo cursos e hoje já faz 20 anos que atuo nessa área”, conta Ivan.

Douglas Lopes de Oliveira, 20

O carro avaliado nesta matéria estava em outra oficina participante do Guia de Oficinas do jornal Oficina Brasil, a JR Mecânica Automotiva. Localizada na Zona sul da cidade de São Paulo, a oficina já está se tornando um pequeno “laboratório” para a produção das matérias, uma vez que facilita e torna viável a realização das mesmas. Contudo, é importante esclarecer que, para fazer esse tipo de matéria é necessário que tenha um veículo à disposição para a realização das fotos, e essa é a parte mais difícil, porque nem sempre o veículo que será avaliado encontra-se em uma das oficinas que irá colaborar. Desta forma, quando aparece nesta oficina o carro que pretendemos avaliar, não perdemos a oportunidade. 

Desta vez, quem colaborou com a matéria foi o jovem reparador Douglas de Oliveira, 20. Ele conta que desde criança tinha paixão por carros e gostava de mexer ou ficar perto de alguém que estivesse executando algum serviço. “Quando fiz 18 anos, decidi entrar numa oficina mecânica para aprender o ofício. Percebi que era realmente isso que eu queria e me matriculei numa escola profissionalizante para aprender a teoria. Agora que já concluí o curso, pretendo fazer outros cursos e depois cursar engenharia mecânica”, diz entusiasmado o jovem reparador. Douglas ainda está se desenvolvendo na arte de reparar, no entanto, sob supervisão do técnico responsável pela oficina, executa os serviços que são corriqueiros, com muita técnica e precisão.

O mascote da oficina diz que para trocar a embreagem do Sandero (foto 1), assim como dos outros carros, é necessário remover o câmbio (foto 2). Para tanto, é necessário retirar o quadro da suspensão juntamente com as bandejas (foto 3). “Não é difícil, mas é bem trabalhoso”, afirma ele. 

DICA TÉCNICA

Existem detalhes que fazem toda a diferença no resultado final quando se faz a substituição da embreagem: verificar o desgaste do volante (foto 3A) fazer a retífica se for necessário; verificar, limpar e lubrificar levemente as estrias do eixo piloto, garfo e o guia do rolamento de embreagem (foto 2) e trocar o cabo de embreagem preventivamente. São procedimentos que dão trabalho, mas, que garantem o ótimo funcionamento do conjunto de embreagem e aumenta a percepção de valor do cliente.

Já na troca da correia dentada, o jovem reparador dá uma dica importante: “Na hora de tensionar a correia, deve girar o tensionador no sentido anti-horário e deixá-lo na posição indicada na (foto 4). Caso contrário, a capa de alumínio da correia dentada não irá encaixar porque ficará pegando no rolamento esticador”, alerta Douglas.

INJEÇÃO ELETRÔNICA

O reparador Natal recebeu em sua oficina um Sandero com um defeito aparentemente simples: o carro perdia a força e a aceleração, típico sintoma de corpo de borboleta e pedal de acelerador. No scanner acusava Corpo de Borboleta, mas, o experiente reparador, utilizando-se de todos os recursos técnicos, conseguiu concluir que o problema não estava no corpo de borboleta nem no pedal de acelerador, mas na sonda lambda pré-catalisador.

Reforçando o relato do colega, o técnico Ivan, diz: “já pegamos vários veículos desse modelo com problema de Sonda Lâmbda, é um defeito comum”, afirma ele.

No Centro Automotivo Porto Seguro, os defeitos constatados que ocasionam falha de funcionamento do motor estão normalmente relacionados às velas, cabos de velas e bobina. 

DICA 

Natal – As duas sondas do Sandero são iguais, para fazer um teste rápido, verifique a leitura atual, marque se for necessário. Depois troque-as de posição e verifique as novas leituras, se a sonda estiver com defeito a leitura será bem diferente e a resposta do motor também. Caso não tenha nenhum defeito na sonda principal, que é a que está antes do catalisador, as leituras permanecerão as mesmas de antes.

Douglas – Remover o câmbio é imprescindível para a troca da embreagem porque permite que se faça a avaliação do guia do rolamento, retentor do eixo piloto, garfo de embreagem e também a limpeza das peças e estrias do eixo piloto. 

SUSPENSÃO 

Para o técnico Natal, a suspensão desse modelo específico da Renault está mais resistente que os outros modelos. “As manutenções que fazemos, na parte da suspensão, são apenas as comuns, nada de anormal ou crônico”, afirma.

Cristiano avalia a suspensão como boa e resistente, porém, chama a atenção para os amortecedores. “É necessário avaliar sempre as condições dos amortecedores, porque eles costumam dar problemas. Recomendamos a troca preventiva a cada 50 mil km”, alerta o técnico. (fotos 6 e 7)

O técnico Ivan não fez nenhuma ressalva a respeito da suspensão. No entanto, chama a atenção para outro componente: “os coxins quebram direto, principalmente o inferior do câmbio (foto8). Mesmo com o coxim novo, original, a alavanca de câmbio balança quando o veículo está em movimento, parece que o coxim é muito mole”, diz o reparador.

FREIOS

De acordo com Cristiano, os pinos das pinças costumam apresentar folgas que geram ruídos (o mesmo defeito apresentado nos outros modelos da montadora como Clio e Logan) a solução é trocar os pinos. Segundo ele, esses pinos não são vendidos separadamente pelas concessionárias, mas no mercado independente tem a peça de fabricante original, alerta Cristiano. (foto 11)

O freio traseiro é composto por sapatas, cilindros de rodas e tambores. (foto 12)

Os outros técnicos consultados ainda não pegaram defeitos recorrentes na parte de freio.  

REPARABILIDADE

O reparador Natal classifica como boa a reparabilidade do veículo avaliado. “Em comparação com outros carros, esse até que tem boas condições para a reparação e não requer ferramentas especiais. No entanto, é necessário que o reparador tenha conhecimento, equipamentos de diagnóstico e muita atenção na hora de efetuar os reparos”, completa o técnico.

O Jovem Douglas considera trabalhoso para trocar a embreagem e a junta da tampa de válvulas. No entanto, de uma forma geral, não vê dificuldade técnica para a execução dos serviços.

Ivan considera um pouco apertado para executar alguns reparos mas, segundo ele, não é dos piores, está na média.

Para Cristiano, o nível de dificuldade para efetuar os reparos é médio. “Se compararmos com os outros carros do mesmo porte, podemos dizer que é equivalente”, diz o técnico.

MOTOR

O reparador Douglas já verificou em alguns veículos do mesmo modelo, vazamento na junta da tapa de válvulas segundo ele, costuma vazar na parte superior, onde ficam os cabos das velas, podendo encher os alojamentos das velas, de óleo. “É preciso remover o coletor de admissão para tirar a tampa de válvulas”, diz o reparador e ainda dá uma dica: quando for trocar a junta da tampa, aproveite que o coletor está fora para fazer a limpeza e descarbonização do coletor e corpo de borboleta. 

José Divino de Almeida, 53

CÂMBIO

Para falar com propriedade sobre esse assunto específico, que é um grande vilão nesse modelo, fomos entrevistar um especialista na área, o Sr. José Divino de Almeida da oficina Câmbio Certo. Ele tem 53 anos de idade e trabalha com câmbios mecânicos há 30 anos. “Comecei com o meu pai, na época ele fazia retífica e fresa das engrenagens, porque os carros davam muito problema de escapar marcha”, conta José. A oficina localizada na região de Santo Amaro, Zona Sul da cidade de São Paulo, atende em média cinco câmbios por dia. Segundo o técnico, é muito comum chegar câmbio de Renault Sandero com graves problemas ocasionados pela falta de óleo. “A maioria absoluta chega sem nenhuma gota de óleo no câmbio. A causa é sempre a mesma, a coifa do câmbio que se rompe (foto 13A); por ela, vaza todo o óleo de uma só vez, e o cliente muitas vezes nem percebe, só vai saber que há um problema quando o câmbio começa a fazer barulho ou quebra de vez. Esse problema já acontecia no Clio e no Logan”, diz o técnico. 

Segundo José Divino, a primeira parte que é afetada é o conjunto da 5ª marcha, porque fica na extremidade do câmbio, em que a lubrificação chega com maior dificuldade, se houver pouco óleo. Além dessas peças que compõem a 5ª marcha, outras peças costumam sofrer pela falta de óleo, como: árvore primária, planetárias, satélites e engrenagem da 3ª e 4ª. 

De acordo com o técnico, essas peças não se encontram para a pronta entrega na concessionária, têm um custo alto e paralela não existe. “Eu tenho no meu estoque porque compro antecipadamente, pois já sei quais são as peças mais comuns. Na autorizada o tempo é de três a cinco dias para as peças mais comuns, algumas peças demoram até mais”, se queixa José Divino. 

DICA GERENCIAL

Ofereça a manutenção preventiva ao seu cliente e explique os benefícios que estão atrelados a ela. Quando o proprietário do carro percebe os benefícios reais que ele terá ao praticar a manutenção preventiva, saberá dar valor. No caso específico do Sandero, é de suma importância fazer uma verificação visual a cada troca de óleo, nos componentes da suspensão, coxins e, sobretudo, coifa do câmbio.

PEÇAS

É incrível! Nesse ponto da matéria, quando perguntamos aos reparadores sobre as peças de reposição para esse veículo, parece que eles combinaram as falas, todos têm a mesma opinião sobre esse tópico. As queixas são: na maioria das vezes as mesmas, não encontram as peças, custo elevado e política de comercialização.

No Centro Automotivo Porto Seguro as peças utilizadas para reposição são necessariamente peças homologadas pelas montadoras. Cristiano relata que possui grande parceria com distribuidores de autopeças independentes que trabalham com peças originais. “No caso em questão, quando precisamos de alguma peça da Renault e não encontramos no distribuidor, é um grande problema porque aqui na região não há concessionária Renault, a mais próxima está em torno de 20 a 25 km. Também por isso, nossas compras são praticamente através de distribuidores. Além disso, quando precisa de uma peça específica da concessionária, a dificuldade é grande, muitas vezes temos que encomendar. E o pior é que pode demorar de 3 até 15 dias.  No caso do Sandero, não é tão comum precisar de peças, mas para os carros mais sofisticados da mesma marca, é difícil achar as peças na concessionária e nos distribuidores também.” 

Outro problema relatado pelo Cristiano está relacionado à política de vendas adotada pela concessionária: “na hora da compra eles não facilitam, tem que pagar com cartão ou dinheiro; isso é ruim porque na maioria das vezes nós enviamos motoboy. Diante dessas dificuldades em comprar peças na concessionária, algumas vezes recorremos às empresas que importam peças, e por incrível que pareça, acaba saindo mais barato”, diz Cristiano.

Na oficina Alpha Car Service, a história se repete. Segundo o técnico Ivan, cerca de 70% das peças utilizadas na oficina são compradas no mercado independente. “Não compramos mais na concessionária por causa do preço alto e condições de pagamento que só tem duas formas: cartão de crédito ou boleto direto para 28 dias, independentemente do preço”. Comparando com as outras marcas, que dividem em boletos, duas três até quatro vezes quando o valor é alto, a Renault deixa a desejar. “Se tivesse melhores condições para nós, reparadores independentes, certamente compraríamos mais peças na concessionária”, diz Ivan.

De acordo com o técnico Ivan, além dessa questão, tem o alto preço praticado pela concessionária, o desconto que não atrai e não cobre os custos e a falta de peças em estoque. “Muitas peças comuns não têm na concessionária, precisa encomendar e demora de três a cinco dias”, arremata o técnico.

INFORMAÇÃO TÉCNICA

Nesse quesito, a realidade da falta de colaboração entre concessionária e oficina independente é um fato. No entanto, como o serviço não pode ficar parado, cada um consegue encontrar um jeito, mesmo que seja com algum conhecido de dentro da concessionária. 

O reparador Natal recorre ao Sindirepa e aos manuais técnicos especializados de empresas independentes. Segundo ele, quando precisou de informação e procurou a concessionária, não conseguiu. 

Para Ivan, essa questão não é mais um problema porque possui muitos amigos que trabalham nas concessionárias. 

Cristiano diz que a maioria das vezes que precisa de informação técnica específica, recorre ao site do jornal Oficina Brasil e outros disponíveis na internet. Mas quando não encontra, arrisca ligar na concessionária como proprietário do veículo, “assim é mais fácil conseguir algumas informações”, diz o reparador.

RECOMENDAÇÃO

Natal – “Tecnicamente eu considero um carro bom, mas dou um toque para o cliente na questão da revenda, pois não sei se ele será bem avaliado comercialmente”. 

Cristiano – “Apesar da dificuldade de encontrar determinadas peças na concessionária, eu indico porque a manutenção é relativamente simples e não apresenta grandes problemas técnicos”.

Ivan – “De forma geral, quem compra esse carro tem um perfil conservador, portanto, faz uso simples, por isso não quebra tanto. Porém, se não souber usar o carro, se der na mão de uma pessoa que não tem cuidado, não vai aguentar. A suspensão e coxins não são tão resistentes à utilização mais severa/esportiva”. 

Douglas – “É um carro bom porque tem espaço para trabalhar e a mecânica não é tão complicada. Para trocar algumas peças como a embreagem, por exemplo, dá trabalho. A única coisa é que as peças não são encontradas facilmente nas concessionárias e na maioria das vezes as autopeças não têm peças originais”. 

José Divino – “Apesar desse problema da coifa que é crônico, o carro é bom, mas, eu sempre aviso que a pessoa vai precisar de um pouco de paciência porque as peças não estão disponíveis à pronta entrega, na maioria das vezes demora de três a cinco dias. E ficar de olho na coifa do câmbio”.

CONCLUSÃO

No que tange à parte técnica, percebe-se que houve sensível evolução percebida pelos reparadores que aprovaram o carro. Pelo que se pode constatar, a aposta da Renault foi bem sucedida. No entanto, ainda há um grande abismo que separa a rede de concessionária das oficinas independentes. Esse fato, fundamentado nos relatos dos próprios reparadores independentes, é algo que não se enquadra no contexto da globalização. Estamos falando de um mercado que está cada vez mais competitivo, as empresas estão disputando seu espaço milímetro a milímetro, tudo é importante. Dentro desse cenário encontram-se as pessoas que compram os carros produzidos pela Renault; as concessionárias que oferecem a manutenção que, a princípio, é obrigatória para assegurar os direitos à garantia; e no final da linha, porém, não menos importante, estão as oficinas independentes que, seguramente a partir de um determinado tempo, darão continuidade às manutenções ora iniciadas pelas referidas concessionárias. Nesse ponto que as coisas não se encaixam. 

Se os reparadores independentes são os que irão consertar seus carros, por que não dar total apoio? Por que não somar as forças? Não está na hora de mudar o olhar? 

É sabido que as empresas estão adotando o método “Just in time” principalmente pela questão de custos, mas, até que ponto vale a pena trabalhar com um estoque tão reduzido a ponto de perder as vendas e a credibilidade? 

Existe um ponto de vista que, talvez a montadora francesa não tenha se atentado. Em determinado momento, os seus consumidores deixarão de levar o carro para fazer as devidas manutenções nas concessionárias - fato! Automaticamente, passarão a levar seus veículos para as oficinas independentes e esperam que as manutenções preservem as características originais de durabilidade e segurança. Porém, nem sempre isso é possível porque faltam as peças nas concessionárias, por isso, na maioria das vezes, o reparador se vê obrigado a instalar peças de baixa qualidade, o que deixa o proprietário inseguro e pode ser o início de seus problemas. Pois o carro não terá o mesmo desempenho, a durabilidade será reduzida, o risco de quebra prematura será acentuado e a frequência com que o veículo irá visitar a oficina certamente será maior. Logo, a percepção do cliente quanto ao carro e a marca ficará bastante comprometida. 

Por outro lado, se houvesse maior disponibilidade de peças para a reposição imediata, melhor política de desconto, prazo para pagamento e um canal para informações técnicas, certamente haveria um aumento significativo nas compras de peças genuínas, por parte das oficinas independentes garantindo assim, a satisfação do cliente e a fidelização à marca.