Naquele período o mercado de caminhonetes era dominado por modelos pequenos e derivados de carros de passeio ou então grandes como a própria F1000 e a rival Chevrolet D20. O novo segmento das médias parecia promissor, tanto que a General Motors se apressou e iniciou em 1995 a produção de sua Chevrolet S10 em São José dos Campos (SP).
A Ford não poderia ficar para trás e passou a produzir a Ranger no Cone Sul em 1997, mas em Pacheco, na Argentina. Outras montadoras também iniciaram a produção regional de picapes semelhantes. No mesmo ano de 1997 a Toyota passou a produzir a Hilux em Zárate, também na Argentina. Em 1998 começou a fabricação brasileira da picape Mitsubishi L200, que inaugurou a fábrica de Catalão (GO), onde ainda é montada. Em 2002 foi a vez de a Nissan passar a fabricar a Frontier em São José dos Pinhais, no Paraná (a geração atual vem da cidade de Córdoba, na Argentina).
Note que todas elas continuam sendo concorrentes da Ford Ranger até hoje. Há também a Volkswagen Amarok, outra argentina produzida em Pacheco, mas esta começou a ser feita no país vizinho bem mais tarde, em 2009.
A Ford de Pacheco já montou nestas duas décadas e meia mais de 900 mil picapes ranger. Desse total, cerca de 360 mil vieram para o Brasil. A caminhonete feita na Argentina também é enviada para outros países da região e para o México.
No Brasil, a Ranger é vendida atualmente em versões com preço inicial de R$ 188.990 e opções que incluem cabine simples ou dupla, transmissão manual ou automática e tração apenas traseira ou 4x4. Nas concessionárias, elas dividem espaço com o SUV Territory (feito na China), o novo Bronco (fabricado no México) e o esportivo Mustang (montado nos Estados Unidos).
Até o fim de 2021 haverá o utilitário Transit (que já é feito no Uruguai) e a partir de 2022 chegará também mais uma picape, a mexicana Maverick, neste caso para concorrer com a brasileira Fiat Toro, produzida em Goiana (PE) com carroceria monobloco.
A geração atual da Ford Ranger começou a ser produzida na Argentina em 2012. Representou um salto em conforto e espaço interno, especialmente para quem viaja no banco de trás. A versão com cabine dupla tem 5,35 metros de comprimento e 3,22 metros de distância entre-eixos.
Um recurso que se destacou desde a chegada dessa geração foi o controle de descida em rampa, acionado por um botão no painel. Ele ajuda o motorista a descer ladeiras escorregadias (com lama, por exemplo) de forma segura.
Também desde 2012 as versões mais completas receberam ar-condicionado automático com duas zonas distintas de temperatura e navegador GPS integrado. A Ranger que se vê nas fotos é uma Limited 4x4, de R$ 287.790.
Os destaques atuais da caminhonete (que passou por uma grande atualização na linha 2020) são os sistemas semiautônomos de direção. Além disso, a tampa da caçamba recebeu um recurso que reduziu em quatro vezes o esforço para fechá-la (de 12 kg para 3 kg apenas).
De acordo com a Ford, toda a linha Ranger recebe um pacote de itens de segurança de série formado por controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, controle automático de descida, luzes de emergência em frenagens bruscas e diferencial traseiro blocante eletrônico.
Bancos de couro, farol alto com acendimento automático, sistema de acesso sem chave, botão de partida, tampa traseira com travamento elétrico e rodas de 18 polegadas com acabamento exclusivo são itens encontrados na Ranger Limited.