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Um laboratório de eletrônica dentro da oficina é um investimento importante na reparação


Como se preparar bem para realizar serviços eletrônicos de maneira profissional no dia a dia da oficina? Quais seriam os benefícios disso? Veja o que você reparador, vai precisar para se especializar!

Por: André Miura - 05 de agosto de 2018

Bancada modelo para laboratório

Com a chegada da Eletrônica Embarcada nos veículos, as oficinas precisaram se adaptar a novas tecnologias. Devido a isso, surgiu a necessidade das oficinas mecânicas possuírem novas ferramentas que antes não eram necessárias, como por exemplo, um scanner de diagnóstico. Mas e quando o diagnóstico feito pelo scanner aponta que a origem da falha vem de uma unidade eletrônica de controle, como a central de injeção (ECU)? Nesse caso, o mecânico ou eletricista automotivo pode agregar o reparo da central eletrônica aos serviços prestados, se tiver em sua oficina um laboratório de eletrônica completo e bem estruturado. Consideraremos agora o que está envolvido em montar um laboratório na oficina.

Quanto espaço é necessário?

Uma das vantagens de se trabalhar com reparo de centrais é que o espaço não precisa ser grande. De fato, muitos reparadores usam apenas o espaço de uma ou duas bancadas em apenas uma pequena sala na oficina. É claro que o tamanho do seu laboratório vai ser definido de acordo com o número de profissionais que trabalharão nele e de seu volume de serviço, mas considerando a hipótese de um técnico apenas, uma ou duas bancadas como a da imagem já seria suficiente!

Luminária com lente de aumento

Tenha uma boa iluminação!

Os componentes eletrônicos são muito pequenos, e a tendência é que fiquem cada vez menores à medida que evoluem. Além disso, eles trazem numerações que necessitam de consulta no momento da troca ou diagnóstico. Por isso, mesmo que a sala que escolha para montar seu laboratório for bem iluminada, é importante que sua bancada também tenha iluminação própria! Também tenha disponível uma lente de aumento, que pode ser encontrada já embutida na iluminação. Uma inspeção visual bem executada é etapa vital do reparo de uma ECU, e para isso é preciso visualizar o circuito com o máximo de detalhes possíveis.

Manta antiestática e pulseira

Cuidados com a eletricidade estática

A eletricidade estática pode ser um problema sério na eletrônica, e é uma força invisível! Ao manipularmos uma central sem os devidos cuidados podemos causar danos sem nem mesmo perceber. Por isso a melhor maneira de se lidar com a eletricidade estática é a prevenção. Podemos tomar duas medidas básicas para prevenir problemas: Uma manta antiestática de borracha e uma pulseira antiestática para que nossa eletricidade possa ser descarregada, conectando essa pulseira em um aterramento.

Osciloscópios

Efetuando diagnósticos com precisão

Em muitos diagnósticos de falhas em ECUs o defeito não é aparente, como um componente visivelmente queimado ou uma trilha rompida. Nesses casos, para que seja possível visualizar onde está o problema é necessário usar equipamentos apropriados de medição, como o Multímetro e o Osciloscópio. Tais equipamentos serão imprescindíveis nos diagnósticos! Como recomendação, procure um bom multímetro e um osciloscópio de pelo menos 2 canais e frequência acima de 50Mhz.

Porém para testes em bancada usando um osciloscópio, além de apenas alimentar a central, é necessário gerar sinais corretos assim como o veículo faria. Sinais como o de rotação, fase, acionamentos de bobinas e injetores, só serão feitos com precisão com a ajuda de um simulador de centrais. Um simulador de centrais não apenas injeta sinais nos circuitos da ECU, mas também respeita as características de cada veículo, simulando em bancada um motor em perfeitas condições. Isso torna possível verificar se o defeito realmente está nos circuitos ou no veículo.

Utilizando um simulador de centrais em bancada

Efetuando o Reparo!

Após diagnosticar qual parte do circuito apresenta problemas, você provavelmente vai precisar trabalhar com a solda de componentes eletrônicos. Para isso alguns equipamentos são necessários. Para retirarmos C.I.s (Circuitos Integrados ) de uma placa, recomenda-se usar uma Estação de Retrabalho que terá vazão e temperatura de ar reguláveis.

Para soldar novamente o componente na placa, você poderá utilizar uma estação de solda com temperatura regulável ou ferro de solda.

Além dos equipamentos mencionados, durante as soldagens e outros procedimentos precisamos também usar diversas ferramentas manuais, como pinças, assistentes de soldagem, malhas dessoldadoras, sugadores, pastas para limpeza e solda e escovas.

Estação de retrabalho Imagem

Estação de solda

Procure se especializar!

Saber o que está envolvido em montar um bom laboratório é muito importante. Porém, se lendo essa matéria você reparador, percebeu que precisa investir nessa área cada vez mais crescente, invista também em conhecimento! Procure bons cursos de capacitação na área de reparo de centrais e aprenda como usar de maneira eficiente todos os equipamentos que abordamos. Seja um profissional capacitado e diferenciado!

Ferramentas manuais diversas

Uma bancada completa