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Sistema de ar-condicionado do carro elétrico está interligado com o resfriamento da bateria


A eletrificação de veículos traz muitos desafios técnicos relacionados aos sistemas de controle térmico, a bateria é uma das partes mais importantes do veículo, mas gera muito calor que deve ser controlado

Antonio Gaspar de Oliveira
16 de março de 2021

Para quem está sempre buscando conhecimento sobre as tecnologias aplicadas nos carros novos, principalmente nos carros elétricos, logo fica intrigado com o funcionamento do ar-condicionado.

Algumas mudanças logo ficam evidentes como o funcionamento do compressor que é totalmente elétrico, ou seja, não tem mais a correia para movimentar a polia e até a embreagem eletromagnética desapareceu. 

Ao acompanhar a tubulação do sistema de ar-condicionado, logo se percebe que tem uma derivação dos tubos de alta e de baixa pressão, sendo que uma parte vai para o habitáculo do carro e a outra parte é desviada para refrigerar a bateria principal que está instalada no assoalho do carro. 

Como tudo é novidade, é natural não saber que a bateria do carro elétrico precisa ser refrigerada para manter seu tempo de vida útil e o mais importante, manter a temperatura na sua faixa ideal de operação que deve estar em torno de 25 graus Celsius.

Para os nossos especialistas em ar-condicionado, a parte do habitáculo praticamente foi mantida, com exceção dos controles e displays eletrônicos no painel e do compressor que agora é elétrico, mas a refrigeração da bateria é a novidade acrescentada ao sistema de climatização do carro elétrico. 

Vários sistemas de refrigeração foram testados até concluir qual é o sistema mais eficiente e econômico, lembrando que o carro elétrico tem uma reserva limitada de energia armazenada na bateria e por isso tudo tem quer ser otimizado ao máximo. 

Durante o desenvolvimento surgiram vários sistemas de resfriamento da bateria de íons de lítio: ar, líquido indireto, líquido direto e sistemas de resfriamento de aletas. 

No sistema de refrigeração a ar ficou evidente que precisa de 2 a 3 vezes mais energia do que outros métodos para manter a mesma temperatura média, já o sistema de resfriamento líquido indireto tem o menor aumento de temperatura, no sistema de resfriamento de aleta, adiciona cerca de 40% do peso extra da bateria, sendo o que ficou mais pesado dentre os quatro tipos de métodos de resfriamento com o mesmo volume. O resfriamento líquido indireto é uma forma mais prática do que o resfriamento líquido direto, embora tenha um desempenho de resfriamento ligeiramente inferior. 

As características determinantes de um sistema de resfriamento de bateria de veículo elétrico são: faixa de temperatura e uniformidade, eficiência energética, tamanho, peso e facilidade de uso, já considerando a implementação e a manutenção.

A eficiência energética é mais difícil de alcançar, pois os efeitos do resfriamento precisam ser maiores do que o calor gerado ao alimentar o sistema de resfriamento. Além disso, um sistema com muito peso adicional consome energia do carro à medida que ele é utilizado.

O resfriamento a ar falha nos requisitos de eficiência energética e de tamanho e peso, embora possam ser tão fáceis de implementar e manter quanto o resfriamento a líquido. O resfriamento líquido é a única opção restante que não consome muita energia parasita, fornece requisitos de resfriamento e se encaixa de forma compacta e fácil no pacote de bateria. 

Apenas para acompanhar as condições atuais das baterias de íon-lítio, os veículos da Tesla, BMW i-3 e i-8, Chevy Volt, Ford Focus, Jaguar i-Pace e JAC Motors usam alguma forma de sistema de refrigeração líquida. Como os veículos elétricos ainda são uma tecnologia relativamente nova, tem havido problemas para manter a faixa de temperatura e uniformidade em temperaturas extremas, mesmo quando se usa um sistema de refrigeração líquida. Isso provavelmente se deve a problemas de fabricação.

Dentro dos sistemas de resfriamento a líquido, há outra divisão entre resfriamento direto e indireto, se as células estão submersas no líquido ou se o líquido é bombeado por meio de tubos.  

Os sistemas de resfriamento direto colocam as células da bateria em contato direto com o líquido refrigerante. Esses esquemas de gerenciamento térmico estão atualmente em fase de pesquisa e desenvolvimento, não havendo no mercado carros que utilizem este sistema. O resfriamento direto é mais difícil de conseguir, isso se deve a utilização de um refrigerante especialmente desenvolvido para este uso. Como a bateria está em contato com o líquido, o refrigerante precisa ter baixa ou nenhuma condutividade.  

Os sistemas de resfriamento indireto são semelhantes aos sistemas de resfriamento utilizado nos motores de combustão interna, em que o líquido refrigerante circula através de uma série de tubos de metal. No entanto, a construção do sistema de refrigeração é muito diferente em veículos elétricos. A estrutura do sistema de resfriamento que atinge a uniformidade máxima de temperatura depende do formato da bateria e será diferente para cada fabricante de automóveis. 

Visto que o resfriamento a líquido é o método mais eficiente e prático de resfriar os conjuntos de baterias e atualmente o mais amplamente utilizado, é necessário dar atenção ao tipo de refrigerante usado nesses sistemas. 

Os sistemas de arrefecimento tradicional recebem a proteção de aditivos com base de glicol ou poliglicol, mas o pacote de aditivos que corresponde a 1% do volume é o que separa o produto bom daquele que é uma ótima proteção e desempenho do motor. Ao circular um líquido refrigerante por toda a tubulação de metal, é importante proteger contra a corrosão e garantir o desempenho do veículo.

Para os veículos elétricos existe aditivo pronto para uso sem necessidade de adição de água, elaborado com etileno glicol sem fosfato, sem silicato, sem nitrito e sem borato, formulado com inibidores de corrosão orgânicos para fornecer proteção total do sistema de resfriamento da bateria e demais componentes elétricos do carro.

O que se sabe atualmente sobre a prevenção da corrosão em sistemas de refrigeração de motores de combustão interna pode ser facilmente aplicado ao sistema de refrigeração líquida indireta em veículos elétricos.  Embora o sistema de resfriamento indireto seja o mais comum, ele apresenta seus próprios problemas como vazamentos de fluido dentro da bateria. 

No sistema de resfriamento líquido direto existem diferentes requisitos de refrigeração. Nos sistemas nos quais a bateria fica exposta diretamente ao refrigerante, como veículos de célula de combustível ou refrigeração direta com líquido, o refrigerante precisa ser um fluido de baixa ou nenhuma condutividade. A razão para a necessidade de baixa ou nenhuma condutividade é devido à segurança: os elétrons estão fluindo pela bateria e, se forem expostos a um fluido de alta condutividade, isso causará falha e até explosão. 

Um exemplo, para manter a condutividade do refrigerante baixa, é usar água destilada como um meio para o fluido.

Algumas faixas de condutividade elétrica

O desempenho ideal de resfriamento ocorre quando o refrigerante está em contato direto com as células da bateria. Um sistema de resfriamento direto por líquido seria capaz de absorver o calor com mais eficiência, regulando a temperatura da bateria com precisão. 

O sistema de climatização dos carros elétricos é projetado para garantir um bom resfriamento da bateria, mas também é considerado o conforto necessário aos passageiros na cabine.

No carro elétrico, a bateria de alta tensão está conectada a dois motores elétricos: um para acionar o compressor do ar-condicionado e outro para movimentar o veículo. 

A bateria de baixa tensão (12volts) fornece energia ao motor elétrico que aciona a bomba centrífuga do refrigerante, o ventilador do radiador, o ventilador do evaporador e outros consumidores auxiliares.

O circuito de refrigerante resfria a bateria por meio do fluido que passa pelo resfriador (chiller) e a cabine do carro por meio do ar que é refrigerado através do evaporador. 

O resfriador (chiller) e o evaporador têm uma válvula de expansão térmica para cada um e são conectados ao circuito refrigerante em duas ramificações paralelas.

Para evitar a instalação de um circuito refrigerante adicional, um circuito duplo foi escolhido, aproveitando o sistema de ar-condicionado existente para atender às necessidades de refrigeração da cabine do motorista que agora compartilha com o sistema de resfriamento da bateria. A transferência de temperatura do circuito refrigerante da bateria ocorre no chiller. Este trocador de calor é construído em camadas de placas metálicas estampadas e tem o opcional de válvula de expansão térmica integrada, fornecendo controle eficiente de temperatura da bateria que contribui para a longevidade e maior autonomia. 

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